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sábado, 25 de junho de 2016

ENTREVISTA SOBRE A IMPORTÂNCIA DA ESCOLA BÍBLICA DOMINICA NA ATUALIDADE.

Achei  muito interessante esta entrevista que li em um site, a respeito da importância da EBD na atualidade, pois tenho a mesma opinião que o entrevistado, o Rev. Elison Amaral, presidente da Primeira Igreja Batista de Santa Cruz. 
Oxalá as igrejas tenham mais preocupação em qualificar seus professores, conceder mais espaço físico e de tempo, a fim de suprir os seus  membros no conhecimento da Palavra de Deus.

imagem extraída de ibpmaranata.com.br


LEIA A ENTREVISTA ABAIXO E TIRE PROVEITO DE SUAS DICAS:

QUAL É O PAPEL DA EBD NA VIDA DO CRISTÃO?
É tornar a Bíblia conhecida para que as pessoas possam exercitá-la com profundo conhecimento. Além disso, fazer com que o cristão seja forte para resistir aos momentos de bombardeios doutrinários que essas “novas teologias” do tempo presente lançam todos os dias sobre nós. É a EBD que fornece uma base bíblica de fortalecimento à vida cristã.

EM GERAL, OS PASTORES TÊM INVESTIDO NA EBD?
O que a gente percebe é que as igrejas estão muito preocupadas com o desenvolvimento do culto, com a quantidade de pessoas que chegam ao culto. Outras estão muito preocupadas com o rendimento financeiro Eu não vejo que os pastores estejam dando prioridade ao conhecimento da Palavra, existem igrejas que nem sala para EBD tem. Acho que hoje a evidência de investimento na EBD é realmente baixa.

E POR QUE O HORÁRIO DA EBD É O MENOS FREQUENTADO PELA MAIORIA DOS CRISTÃOS?
Porque não há um bom preparo dos professores, não existem salas adequadas, não há uma boa literatura. Então temos que priorizar o ensino da Palavra para que haja o interesse das pessoas. Hoje eu posso dizer que a frequência da Escola Bíblica Dominical pelos membros da Primeira Igreja Batista em Santa Cruz é de quase 100%. O grande problema é que se as igrejas continuarem somente com as grandes correntes de cura, libertação e comercialização da fé, o estudo da Bíblia vai permanecer em segundo plano.

ESSAS PESSOAS FICARÃO SEM RAIZES NA PALAVRA, SUSCETÍVEIS A QUALQUER VENTO DE DOUTRINA, NÃO É?
Com certeza. Sabe qual o resultado disso? Muitos crentes por aí pulando de igreja em igreja porque não tem uma afinidade com a Palavra e qualquer novidade que aparece preenche a expectativa emocional daquela pessoa.

ENTÃO O MAIOR PROBLEMA DA EBD?
A falta de preparo dos professores é um problema sério nas nossas igrejas. Por vezes escolhemos pessoas que achamos que falam bem, mas que nem sempre têm o dom de ensinar. Isso desmotiva o aluno. Uns dos fatores para fortalecimento da nossa EBD é, sem dúvida, ter professores  qualificados para ensinar. Ter criatividade, bom método de ensino. Devemos equipar os professores com melhor ensino de capacitação, investir tempo, livros e métodos que tornem o ensino prático e dinâmico.

AS IGREJAS BATISTAS ADOTAM O CULTO SEGUIDO OU PRECEDIDO PELA EBD, QUAL O PROVEITO DISSO?
Aqui nós fazemos um culto e depois a EBD. Existe uma interligação entre os dois, inclusive eu procuro fazer das minhas mensagens uma sequencia da EBD , porque é fundamental que  haja uma harmonia entre o que o pastor prega e o que a EBD ensina.

QUAL A MELHOR FORMA DE FAZER A SEPARAÇÃO ENTRE AS CLASSES DA EBD?
Cada líder deve ser capaz de identificar os grupos existentes na igreja. Por exemplo, existem pessoas com grau de escolaridade menor e maior, jovens e idosos. Para cada tipo de grupo é necessária uma linguagem diferenciada, porque cada pessoa tem limitações diferentes e é importante que todos cresçam na mesma proporção de conhecimento bíblico. Não sou a favor de separação de classes por sexo, acho que os casais precisam estar juntos.

O SEMINÁRIO TEOLÓGICO SUBSTITUI A EBD?
De forma alguma, a Escola Dominical é insubstituível. Quem faz seminário deve ser o primeiro a estar matriculado na EBD. É lamentável que existam pessoas que estudam em seminários e não estão matriculados na EBD de sua igreja. Penso que as igrejas não deveriam nem sequer indicar alguém para estudar no seminário se ele não é aluno da EBD. A Escola Dominical é a maior escola do mundo.

QUE DICA O SENHOR DÁ PARA QUE AS IGREJAS TENHAM UMA ESCOLA DOMINICAL BEM SUCEDIDA E PRÓSPERA?
Em primeiro lugar indicar as pessoas capacitadas e prepará-las da melhor forma possível. Ter espaço físico compatível para separar as salas. Fortalecer o interesse em estudar a Bíblia e levar a sério o ensino da Palavra. Ter boa literatura para capacitar os membros e ter tempo especial na igreja para este fim. Não se pode achar que poucos minutos serão suficientes para ter um estudo da Palavra. É necessário investir em tempo para que a lição seja devidamente ensinada e que vise o fortalecimento dos alunos a cada encontro. Escola Bíblica Dominical ou simplesmente Escola Bíblica é o motor que aquece os crentes no conhecimento geral da Escritura. Não abra mão da EBD, seja aluno e estudo com seriedade.

(Extraído de http://regionalevangelico.com.br/a-importancia-da-escola-biblica-dominical-nos-dias-atuais)





segunda-feira, 18 de maio de 2015

EBD - ONTEM E HOJE

HISTÓRIA DA ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL


AGORA VAMOS VER  A HISTÓRIA DA ESCOLA DOMINICAL NAS SUAS RAÍZES

A HISTÓRIA DA ESCOLA DOMINICAL
 A Escola Dominical tal como a temos hoje é uma instituição moderna, mas tem suas raízes aprofundadas na antiguidade do Velho Testamento, nas prescrições dadas por Deus aos patriarcas e ao povo de Israel. A Escola, como a temos hoje não  havia então, mas havia o princípio fundamental- o do  ensino bíblico determinado por Deus aos fiéis e aos estranhos ao seu redor. Sempre pesou sobre o povo de Deus a responsabilidade de ensinar a lei divina.
A escola Dominical é a fase presente da instrução bíblica milenar que sempre caracterizou o povo de Deus.
Estudemos, em resumo, como se desenvolveu a instituição religiosa nos tempos bíblicos e nos tempos modernos, isto é, os primórdios, que depois resultaram na origem e desenvolvimento da Escola Dominical em sua forma atual.

I.              NOS DIAS DE MOISÉS:
Examinando o pentateuco, vemos que  no princípio, entre o povo de Deus, eram os próprios pais os responsáveis pelo ensino da revelação divina no lar. O lar, então, era de fato uma escola onde os filhos aprendiam a temer e amar a Deus (Dt 6.7;11.18,19).
Havia também reuniões públicas de que participavam homens, mulheres e crianças, aprendendo a lei divina (Dt 31.12,13).

II.            NA ÉPOCA DOS SACERDOTES REIS E PROFETAS DE ISRAEL
Os sacerdotes, além do culto divino, tinham o encargo do ensino da Lei (2 Cr 15.3; Jr 18.18; Dt 24.8; 1 Sm 12.23).
Os sacerdotes eram intermediários entre o povo e Deus, assim como os profetas eram intermediários entre Deus e o povo.
Os reis de Judá, quando piedosos, aliavam-se aos sacerdotes na promoção do ensino bíblico. Temos disto um exemplo no bom rei Jeosafá que enviou líderes levitas e sacerdotes por toda  a terra de Judá para ensinarem ao povo a Lei do Senhor (2 Cr 17.7-9).

III.           DURANTE O CATIVEIRO BABILÔNICO
Nessa época, os judeus no exílio, privados de seu grandioso templo em Jerusalém, instituíram as sinagogas tão mencionadas no Novo Testamento. A sinagoga era usada como escola bíblica, casa de cultos e escola pública. O filósofo judeu, Philo de Alexandria, falecido em 50 AD, com seu testemunho insuspeito, afirma que “as sinagogas eram casas de ensino, tanto para crianças como para adultos” (Benson).
Na sinagoga a criança recebia instrução religiosa dos 5 aos 10 anos de idade; dos 10 aos 15 anos, continuava a instrução religiosa, agora com o auxílio dos comentários e tradições dos rabinos. Aos sábados, a principal reunião era a matutina, incluindo jovens e adultos.

IV.          NO PÓS-CATIVEIRO
Nos dias de Esdras e Neemias, lemos que quando o povo voltou do cativeiro, um grande avivamento espiritual teve lugar entre os israelitas. Esse grande despertamento teve origem numa intensa disseminação da Palavra e Deus e  incluiu um vigoroso ministério do ensino bíblico. É dessa época que temos o relato do primeiro movimento de ensino bíblico metódico popular similar ao da nossa Escola Dominical de hoje.
O capítulo 8 do livro de Neemias dá um relato de como era a escola bíblica popular de então – ou como chamamos hoje: Escola Dominical. Esdras era o superintendente (Nee 7.2), o livro-texto era a Bíblia (v.3), os alunos eram homens, mulheres e crianças (v3; 12.13).  Treze auxiliares ajudavam a Esdras na direção dos trabalhos (v.4), e outros treze serviam como professores, ministrando o ensino (vv. 7,8). O horário ia da manhã ao meio dia (v.3), afirma o v.8 que os professores liam a Palavra de Deus e explicavam o sentido para que o povo entendesse. É certo que aí há um problema linguístico envolvido (o povo falando o aramaico ao retornar do exílio), mas o que sobressai mesmo é o ensino bíblico patente em todo o capítulo. Por certo, o leitor gostaria de ter pertencido a uma escola assim, espiritualmente avivada.
O resultado desse movimento de ensino da Palavra foi a operação do Espírito Santo em profundidade no meio do povo, conforme atesta todo o capitulo 9 e os subsequentes do livro de Neemias. É o cumprimento da promessa de Deus em Is 55.11.

* “Assim será a minha palavra, que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia, antes fará o que me apraz e prosperará naquilo que a enviei.”

V.           NOS DIAS DE JESUS
A.   Jesus foi o Grande Mestre, glorificando assim a missão de ensinar. Das 90 vezes que alguém se dirigiu a Cristo, 60 vezes Ele é chamado de “Mestre”. Grande parte do ministério de nosso Senhor foi ocupado com o ensino. Ver Lc 20.1; Mt 4.23;9.35. Sua última comissão à Igreja foi “Ide e ensinai” (Mt 28.19,20). Sua ordem é clara.

A quem e onde Jesus ensinava?
·         Nas sinagogas (Mc 6.2).
·         Em casas particulares (Lc 5.17; Mc 2.1).
·         No templo (Mc 12.35).
·         Nas aldeias (Mc 6.6).
·         Às multidões (Mc 6.34).
·         A pequenos grupos e individualmente (Lc 23.27).

B.           O ministério de Jesus era tríplice: Ele pregava, ensinava e curava. Era, pois um ministério de poder, de milagres. Pela pregação ele anunciava as boas novas de salvação; pelo ensino, edificava a fé dos que criam, e pelos milagres, manifestava Seu pode, Sua divindade e glorificava ao Pai. Esse mesmo ministério tríplice foi ordenado e confiado à Igreja (Mc 16.15; Mt 28.19).

C.           Seus apóstolos também ensinavam (Mc 6.30; At 5.21).

D.           Aplicação. É evidente que se a Igreja de hoje cuidasse devidamente do ensino bíblico junto às crianças e novos convertidos, teríamos uma Igreja muito maior. Pecadores aos milhares convertem-se, mas poucos permanecem porque lhes falta o apropriado ensino bíblico que lhes cimente a fé. Falta-lhes raiz ou base espiritual sólida e profunda. A planta da parábola morreu, não porque o sol crestou-a, mas, principalmente porque não tinha raiz (Mt 13.6).

VI.          NOS DIAS DA IGREJA

A.           Após a ascensão do Senhor, os apóstolos e discípulos continuaram a ensinar. A Igreja dos dias primitivos dava muita importância a esse ministério (At 5.41,42).

B.           São Paulo, um grande mestre, foi maravilhosamente usado por Deus nesse mister. Ali tanto há alimento para adultos como para criancinhas espirituais. Ele e Barnabé, por exemplo, passaram u m ano todo ensinando na Igreja em Antioquia (At 11.26). Em Éfeso, ficou três anos ensinando (At 20.20,31). Em Corinto, fcou um ano e seis meses (At 18.11). Seus últimos dias em Roma foram ocupados com o ensino da Palavra (At 28.31).

C.           Mais tarde vemos que a marcha do ensino bíblico na Igreja sofreu solução de  continuidade, devido a males que penetraram no seio da mesma. Houve calmaria. A Igreja ficou estacionária. Ganhou fama mais perdeu poder. Abandonou o método prescrito por Jesus: o de pregar e ensinar. Sobrevieram a seguir as densas trevas espirituais da Idade Média.

D.           Muitos séculos depois veio a Reforma Religiosa e com ela a imperiosa necessidade de ensino bíblico para instruir os crentes, consolidar o movimento e garantir sua prossecução. Os líderes da Reforma dedicaram especial atenção ao preparo de livros de instrução religiosa, bem como reuniões destinadas a esse mister.Eles sabiam que o trabalho não consistia somente em pregar, mas também em instruir espiritualmente.

E.           Tanto  o pregador como o professor usam a Palavra de Deus, mas os ministérios são diferentes. O pregador anuncia ou expõe o Evangelho, a Palavra de Deus. Assim fazendo, ele lança a rede e a as almas perdidas são ganhas por Jesus. Já o professor, sua missão é instruir, simplificar as verdades bíblicas, ilustrá-las, dissecar o texto bíblico e repetir sempre até que todos entendam as verdades que deseja transmitir. O professor da Escola Dominical deve lembrar-se que ensinar não é pregar. Diante de sua classe, ele não é orador, mas professor.

F.           A Igreja nunca devera esquecer a amarga e desastrosa experiência resultante do descuido e abandono da instrução religiosa das crianças nos tempos que precederam a tenebrosa Idade Média.
.

(Extraído do livro “Manual da Escola Dominical”, Antonio Gilberto – Unidade III, pp. 110-114).

*Bíblia Sagrada, versão Almeida Corrigida e Revista.



 BIBLIOGRAFIA:

GILBERTO, Antonio. Manual da Escola Dominical: um curso de treinamento para professores iniciantes e atualização de professores veteranos da Escola Dominical. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 1981.