segunda-feira, 17 de agosto de 2015

BÍBLIA ONLINE PARA CRIANÇAS

As crianças precisam conhecer a Palavra de Deus, isso é fato! No entanto, precisam, também, que haja uma linguagem apropriada para que elas compreendam os textos bíblicos. Para resolver este problema surgiram as Bíblias para as Crianças, com desenhos e linguagem simples. Leia para o seu filho (a), ou se já for grandinho (a)  indique-lhe a leitura, pois nossas crianças também precisam se alimentar da Palavra de Deus. E você, professor(a) da EBD Infantil, pode indicar a leitura desta Bíblia como lição de casa. É uma boa ideia!



Você pode imprimir histórias para contar e  desenhos para auxiliarem na compreensão das crianças a respeito das histórias bíblicas. Clique no link abaixo e sirva-se de muito material para suas aulas.




A IMPORTÂNCIA DA FILOSOFIA NO MUNDO CRISTÃO.


extraído de: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?

A palavra Filosofia é composta de duas outras palavras de origem grega: Filos, que significa amor, amizade, e Sofia, que traduzimos como sabedoria ou conhecimento. É a Pitágoras de Samos (571 a.C. – 496 a.C.) que se atribui a invenção da palavra. Este, quando solicitado por um rei, a demonstrar seu saber, disse-lhe que não era sábio, mas filósofo, ou seja, amigo da sabedoria. 
Ainda na Grécia Antiga, e tentando definir melhor o sentido da Filosofia, Platão (428 a.C. – 347 a.C.) mostra que o amor (Filos) é carência, desejo de algo que não se tem. Logo, a Filosofia é carência, mas também recursos para buscar o que se precisa, e o filósofo não é aquele que possui o saber, mas sim quem busca conhecer continuamente.
Já no período Medieval, a Filosofia tornou-se investigação racional posta a serviço da fé. Isso porque com o advento do cristianismo e sua adoção pelo Império Romano, bem como com o surgimento da Igreja Católica, desenvolveu-se um modelo de saber em que a razão discursiva justificaria a compreensão dos textos sagrados.
No período Clássico (Renascença e Modernidade), a Filosofia se confundiu com o estudo da sabedoria entendida como um perfeito conhecimento de tudo o que o homem pode saber para conduzir sua vida (moral), para conservar sua saúde (medicina) e criar todas as artes (mecânica). Hoje, no período que chamamos de contemporâneo ou pós-moderno, a Filosofia recebe várias acepções, dentre as quais estão:
- Uma correspondência do ser na linguagem;
- Análise crítica dos métodos utilizado nas ciências;
- Instrumento de crítica às formas dominantes de poder, bem como da tomada de conscientização do homem inserido no mundo do trabalho.
Vista dessa maneira, a Filosofia não pode ser confundida nem com o mito, nem com a ciência. Isso porque ao mesmo tempo em que exige análise, crítica, clareza, rigor, objetividade (como a ciência) percebe-se que os discursos em busca do conhecimento do todo são construídos na história segundo modelos de racionalidade que vão sendo revisados e substituídos com o tempo (o que a aproxima do mito). Ela permanece numa busca constante da sabedoria.

Por João Francisco P. Cabral
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Uberlândia – UFU
Mestrando em filosofia pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP

(Texto extraído de: http://www.brasilescola.com/filosofia/a-filosofia-grega.htm).  


DUVIDAR É PRECISO: SÓ SEI QUE NADA SEI!"



Millôr Fernandes, arguto inquiridor das aparentes obviedades, tem frase que nos provoca a reflexão: “Se você não tem dúvidas é porque está mal-informado”.
O impacto da frase vem da nossa percepção usual (muitas vezes equivocada) de que a presença da dúvida é caminho para a ignorância; quando, especialmente em Ciências, é quando ela se apresenta que começamos a abandonar o desconhecido.
Cautela com gente que não tem dúvidas! Gente assim não inova, não avança, não cria; só repete e redunda. Claro que não podemos ser alguém que só tem dúvidas, pois se assim for qualquer ação e intervenção fica impossibilitada; no entanto, não ter algumas delas em alguns momentos é sinal de tolice e reducionismo mental.
A ciência só renova quando seus praticantes são capazes de colocar sob suspeita algumas das certezas às quais não expomos. Será que isto é assim mesmo? Será que não há outro modo de fazer? Será que isto não resulta mais de hábito do que de verdade? Será que aceito o argumento pela autoridade que o proclama em vez de buscar os fundamentos da veracidade do proclamador? Será?
Os “serás”, quando metódicos e  sistemáticos, ajudam-nos a dar vigor às certezas e conhecimentos que nossas teorias e práticas devem ter; em todas as situações nas quais não admitimos a presença de indagações e questionamentos, aproximamo-nos do dogmatismo, e este sempre foi o principal veículo de degradação do saber científico.
Um pessoa inteligente, com humildade e sabedoria, é aquela que consolida as certezas do que deve fazer a partir da capacidade de não supor que estas são imutáveis e invulneráveis. Afinal, sabemos, a melhor maneira de ficar vulnerável é pensar-se como invulnerável...
Em 399 a.C., em Atenas, Sócrates foi condenado ao suicídio, acusado de desprezo aos deuses do Estado; sua defesa frente ao tribunal, registrada por Platão no diálogo Apologia de Sócrates, inclui, logo no início, uma profunda reflexão sobre a sabedoria humana.
Como alguns amigos afirmavam que o oráculo de Delfos houvera dito que Sócrates era o mais sábio dos homens – e isso compôs parte da acusação -, o filósofo rebate a soberba de um adversário dizendo que “Aquele homem acredita saber alguma coisa sem sabê-la, enquanto eu, como não sei nada, também estou certo de não saber”.
A ideia é bastante inteligente e complexa e, mesmo resumido no clássico: “Só sei que nada sei”, permanece demonstrando sabedoria. É evidente que Sócrates não está afirmando que nada sabia no sentido literal, mas, isso sim, que nada sabia por completo, exceto o conhecimento que tinha sobre as suas próprias ignorâncias.
Poderíamos chamar esta postura – saber que não se sabe tudo, o tempo todo, de todos os modos – de “sábia ignorância”, ou, como denominada em obra de Nicolau de Cusa no século XV (antecipando a dúvida metódica de Descartes), a douta ignorância.
Ainda vale! A consciência dos nossos desconhecimentos e, portanto, a procura incessante por uma formação continuada, não é só sinal de necessária humildade; é, antes de tudo, poderoso antídoto às eventuais arrogâncias que vitimam mais os seus praticantes do que certos algozes involuntários.
Um poço de ignorância? Precisamos, vez ou outra, entender a máxima popular, e citá-la de novo: “Quando estiver no fundo do poço, a primeira coisa a fazer para sair dele é parar de cavar”.
Saber e admitir que não sabe interrompe a escavação...



Mário Sérgio Cortella.

(Extraído do livro Não se desespere! – provocações filosóficas).