quinta-feira, 7 de julho de 2016

Ensinando as verdades bíblicas através de contos e fábulas


 CINDERELA (2)
 

Imagem extraída de fauniversidades.com.br

Tema: A inveja é uma companheira má

Texto para leitura: Gl 6.2; Hb 13.3; Fl 2.3-8; Jo 13.34,35 

Objetivo: Expor as realidades que pressupõem um sentimento de inveja e seus males contra a vítima e o invejoso. Compreender a inveja como um reflexo de baixa autoestima.

Material: Conto “Cinderela”, Bíblia, figuras sobre o conto.

Conte a estória de Cinderela. Pontue aos alunos que ela era uma menina meiga, boa e vivia feliz com o pai. Fale sobre o novo casamento do pai, de modo a lhes incutir na mente que a separação e a viuvez dele não era culpa de Cinderela, assim como a separação dos pais não é culpa da criança (trabalhe bem esse tema - leia o que puder para ter um bom argumento, pois as crianças são muito espertas). Ainda nesse tópico fale sobre o erro de se achar que toda madrasta ou padrasto são maus, ensine-lhes que, embora algumas pessoas sejam más, há muita gente boa, inclusive madrastas e padrastos muito amáveis.

Explique-lhes que o ponto central desse conto não é falar mal de madrastas, mas apontar um comportamento humano muito feio: a inveja (pergunte-lhes se sabem explicar o que é inveja – provavelmente darão exemplos de atitudes de inveja, reconheça como resposta correta).

Esclareça-lhes que a inveja da madrasta era porque ela achava Cinderela mais bonita do que ela e suas filhas. Pergunte-lhes se conhecem algum exemplo de alguém que sofreu por causa de inveja. Leve a questão para o outro lado: fale um pouco sobre pessoas que gostam de humilhar o outro porque se sentem inferiores (deixe-os falar o que pensam a respeito de tais atitudes). 

Fale sobre o que é baixa autoestima, explique-lhes que a inveja leva as pessoas a se sentirem mal com o que os outros possuem, porque o invejoso vive se comparando aos demais.

Explique-lhes o que é inveja. Faça bastante separação entre inveja e desejo, pois a primeira quer o que o outro tem por uma concorrência. Se ninguém ligasse para aquilo que é alvo da inveja de alguém, não haveria, na cabeça do invejoso, motivo para querê-lo. O invejoso é sempre um competidor que quer sempre ter mais do que o outro. Isso faz a vítima da inveja sofrer, e também o próprio invejoso, que sempre se sente humilhado e infeliz.

Depois de dar-lhes um momento para refletirem sobre as implicações referentes ao conto, leia Gl 5.16-24 e diga-lhes que a Bíblia chama a inveja de “obras da carne”, que é o contrário do fruto do Espírito. Fale sobre o mal causado pela inveja, citando o exemplo bíblico de Caim, que matou Abel, e o caso de José, que foi vendido pelos próprios irmãos por esse motivo.

Leve-os a entender que podemos “matar” ou “vender” as pessoas de uma maneira diferente. Matamos alguém quando agimos como se elas não existissem para nós, e o invejoso pode desprezar as pessoas sem motivo algum, só porque se sente incomodado em ver a alegria do outro ou por não aceitar que ela possua algo que ele não tem.

“Vendemos” as pessoas quando damos mais valor às coisas materiais do que a própria pessoa. Por exemplo: quando uma criança deixa de brincar com o antigo amiguinho para poder ficar com outro colega que tem um jogo legal, ela está trocando essa pessoa por algo que o seu dinheiro ou o do antigo amigo não pode comprar. Isso também tem um nome: traição.

Explique-lhes que traição é a quebra de lealdade, de confiança, e que foi isso que Judas fez com Jesus: entregou-o em troca de uma soma alta de dinheiro.

 Deixe claro que o problema do invejoso é que ele está sempre se comparando com os outros. Jesus ensinou que devemos nos contentar com o que temos, ao invés de ficar pensando em ter tudo (Cite textos como Jó 1.20; Rm 12.16; 1 Tm 6.7,8 etc).

Por fim, leia Fl 2. 3-8 e mostre-lhes que a inveja é um sentimento contrário ao que o cristão deve ter, porque devemos amar o próximo como a nós mesmos e desejar o melhor para ele. E isso o invejoso não consegue, pois sua obsessão é conseguir o que o outro possui a qualquer custo, inclusive com o sofrimento da pessoa que é vítima de sua inveja.

Leia Jo 13.34,35 e mostre-lhes que temos que amar a todos como Jesus amou, isto é, ele deu o que possuía de mais importante, sua própria vida, ao invés de pedir a nossa.

Assim devemos proceder: desejando ajudar o próximo com o que temos, mas jamais ficar de olho no que é dos outros, pois foi esse comportamento que fez da madrasta de Cinderela uma pessoa má.


Leila Castanha

2022

LIMPA O MEU CORAÇÃO, JESUS



Ensinando as verdades bíblicas através de contos e fábulas


CINDERELA

Imagem extraída de comofazeremcasa.net

Tema: Deus se importa com o nosso sofrimento 

Texto para leitura:  Sl 103.6; Sl 43.1

Objetivo: Tratar sobre a confiança em Deus e nas pessoas em tempos de sofrimento. Fazer um link com o conto, que explicita a exploração doméstica, visando trabalhar esse aspecto, diferenciando exploração de obrigação. Abordar o tema exploração sexual infantil.

Material: Conto "Cinderela", Bíblia, figuras sobre a estória trabalhada e vídeos, desenhos ou fotos sobre exploração sexual infantil (por exemplo: a figura de menino e menina e sinalizadores de "pode" ou "não pode" tocar). 

Conte a estória de Cinderela, chamando atenção aos maus tratos e exploração da madrasta em relação aos afazeres domésticos. Explique-lhes o que é exploração e o que não é (dê exemplos da ajuda que devem dar aos pais, como não exploração, mas obrigação). Pesquise sobre histórias de exploração infantil no contexto doméstico (Ouça essa história). Explique-lhes que para ser exploração, nem sempre tem que estar junto com maus tratos físicos, mas o sofrimento pode ser psicológico.

Deixe as crianças discutirem o assunto, mas é interessante que você conduza a discussão com perguntas, como por exemplo: você acha que Cinderela era explorada? Por quê? Qual a diferença do abuso sofrido por Cinderela e o que moça da história sofreu? O que você acha que Cinderela deveria fazer? E a moça da história? (E assim por diante), para que a discussão seja direcionada e organizada.

Após falar dessas coisas, leve as crianças ao texto bíblico do Sl 103.6, para lhes mostrar que Deus não concorda com o mal que as pessoas praticam e ele está do lado de quem sofre as injustiças. Conte-lhes histórias bíblicas como a de José do Egito que foi injustiçado, mas Deus o socorreu. Leia o Salmo 40.1 e fale sobre a providência divina para quem pede o socorro divino (em caso de comentarem sobre algum tipo de abuso, sofrido por elas ou por algum amiguinho, é importante fazer as crianças entenderem que isso é errado e que Deus não aprova essas atitudes).

Conte-lhes a história na qual os discípulos estavam tentando enxotar as crianças para não perturbarem Jesus (faça-lhes observar que os discípulos eram mais fortes porque eram adultos), mas Cristo os repreendeu dizendo: "Deixai vir a mim as criancinhas, e não as impeçais, porque das tais é o Reino dos Céus" - Mc 10.14. Reitere sempre o valor da criança para Deus e que ele não quer que ninguém as humilhe ou ignore seus sentimentos.

Depois, passe a lhes falar que há outros tipos de exploração, e, então, conte-lhes sobre a exploração sexual infantil (pergunte se alguém já ouviu falar sobre isso - é possível que sim, pois algumas escolas trabalham esse tema). Explique-lhes que pessoas más procuram as crianças porque elas são mais vulneráveis e precisam da proteção dos adultos, por isso, nunca devem sair sozinhas nem na companhia de alguém sem a permissão dos pais (mesmo com conhecidos). 

Leia o Sl 43.1 para elas e as incentive a contar tudo para Deus e para os pais ou pessoas em quem confiam. Diga-lhes que Salomão, um homem que foi mais sábio do que todos os homens do mundo, escreveu em seu livro chamado Provérbios que existem amigos que são mais chegados do que um irmão (Pv. 18.24). Por isso, quando não confiamos em um parente, sempre tem alguém em quem podemos confiar, alguém que a gente sabe que nos quer muito bem. Fale a elas sobre o papel da Igreja em ajudar o outro com seus problemas (cite Gl 6.2-51Jo 3.16-18). 

Leve-as a compreender que a Igreja tem a missão dada por Jesus de ajudar a quem precisa e que estão em um ambiente seguro (claro que é importante auxiliá-los em sua ingenuidade, portanto, é fundamental lhes instruir que procure alguém em quem confiam, pois nem todos que se dizem cristãos o são de fato).

Explique-lhes que, apesar de Jesus ensinar a perdoar os que nos fazem mal, a Bíblia nos ensina que as autoridades foram eleitas para nos proteger, por isso precisamos denunciar para um adulto afim de que eles possam fazer o que é correto - Rm 13.1-6.  Instrua-os a não temer as ameaças que essas pessoas más fazem, pois elas têm medo de que alguém descubra a coisa feia que estão fazendo, porque sabem que estão infringindo a lei, ou seja, desobedecendo a lei que protege as crianças. 

Apresente-lhes o material que fala sobre os pontos do corpo que devem ou não devem ser tocados. Evite falar o nome das partes íntimas, visto que nem todas as igrejas estão prontas para uma abordagem mais direta. Para tanto, pode usar a palavra "aqui" ao se referir às partes íntimas. Veja o exemplo do vídeo 3 abaixo.

Observação: Se uma criança que estiver sofrendo abuso quiser contar tudo na frente das demais, com jeitinho, peça que ela espere um pouquinho para você contar o resto da história e diga-lhe que, assim que terminar a história, você a chamará para um lugar reservado onde ela poderá contar só para você.

Peça a Deus sabedoria do alto para você e o ministério onde você atua como professor de EBD, a fim de conduzir essa triste realidade de modo responsável. De nada adianta você adentrar nesse assunto e depois fazer como Tiago disse a respeito dos necessitados - dizer-lhes: "vá em paz", sem lhes providenciar o que precisam. Essas crianças precisam de proteção e cuidado psicológico e, claro, uma assistência espiritual madura e sábia.

Que Deus nos capacite a proteger os pequeninos.

 Leila Castanha

2022

 

 

1. O vídeo abaixo ensina como fazer os bonecos e as bolinhas

Clique aqui e veja os moldes para fazer os bonecos


2. Olha que ideia legal para tratar o tema contra a exploração sexual infantil




3. Esse vídeo é muito bom para passar antes de abordar o assunto, para que quem não conhece o tema possa entender.