sábado, 8 de agosto de 2015

ÍNDICE DOS TEXTOS DE CURIOSIDADES


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01. Os mórmos e a poligamia 























VOCÊ SABIA?


POR QUE O LANÇA-PERFUME É PROIBIDO?


Imagem extraída de Radiogazetaorlandia.com.br


Porque a droga carnavalesca pode até causar a morte de quem a inala. O princípio ativo do lança, chamado cloreto de estila, dá ao usuário uma sensação imediata de bem-estar: “Causa excitação, euforia e perturbações auditivas e visuais”, diz Oacyr Luiz Alzenstein, do Instituto de Ciências Biomédicas da USP.
Depois, vêm desorientação, depressão e até alucinações.
“Em dose maior, o lança-perfume pode provocar desmaios. Se a pessoa não for atendida, pode entrar em coma e morrer por parada respiratória”, diz Elias Murad, subsecretário estadual antidrogas de Minas Gerais. Mas o lança – cuja posse é punida com ate 15 anos de cadeia – só foi proibido  no Brasil na década de 60, quando se espalhou seu uso como entorpecente.

Nos primeiros Carnavais do século 20, ele era espirrado nas pessoas para deixar a pele gelada. “Por evaporar rápido, o cloreto de etila retira o calor da área onde foi aplicado”, diz Elisaldo Carlini, diretor do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogras Psicotrópicas.

Por Júlia Moióli


(Revista Super Interessante, Ed. 197- Fevereiro 2004).

VOCÊ SABIA?


A UM PASSO DO PARAÍSO

imagem de http://www.adf.org.br/

Na Bíblia, não há menção a um estágio intermediário entre céu e inferno, mas a tradição católica diz que os vivos podem ajudar os mortos a entrar no céu.

Católicos e protestantes divergem a respeito da existência do purgatório. Como a Bíblia não é explícita, inexiste uma concordância sobre a questão. De acordo com a doutrina católica romana, purgatório é o lugar ou a condição em que permanece a alma de uma pessoa que morreu em estado de graça, mas não pode estar totalmente purificada dos pecados. É necessária uma etapa intermediária de purificação antes de se chegar ao céu. Segundo os católicos, essas almas podem ser auxiliadas pelos fiéis vivos, por meio de orações, indulgências, sacrifícios e outros atos piedosos. A ideia de purgatório, no entanto, é negada pelas igrejas protestantes e parte das ortodoxas, que afirmam que não há  na Bíblia menções sobre o tema.
Uma das imagens mais famosas de purgatório na literatura é o da Divina Comédia, de Dante Alighieri. No cenário descrito na obra do poeta italiano, que trata também do inferno e do paraíso, o purgatório é constituído de uma montanha altíssima, que surge do mar. Nessa montanha, estão encravados terraços circulares, onde as almas cumprem suas penas e suas provações, correspondentes aos pecados praticados em vida. Só depois disso são admitidos no paraíso. O primeiro terraço é o dos orgulhosos; o segundo, dos invejoso; o quarto, dos preguiçosos; o sexto, dos gulosos; e o sétimo, dos luxuriosos.
A obra de Dante foi escrita durante a Idade Média. Nesse período, a ideia de purgatório ganhou força dentro da Igreja Católica. Foi com base nos concílios de Lyon, em 1274, de Florença, em 1439, e de Trento, no período da Reforma, que a existência do purgatório passou a ser pregada pelo Catolicismo. Segundo o teólogo Márcio Fabri, professor da Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, em São Paulo, a doutrina do purgatório não é acentuada com a mesma ênfase nos tempos atuais e a tensão sobre as questão entre católicos e protestantes já foi em boa parte ultrapassada, só sendo mantida entre grupos mais conservadores. A questão de fundo,  no entanto permanece.
“A polêmica sobre o purgatório envolve uma questão da humanidade: como se livrar das culpas e imperfeições, para gozar de uma paz total”, afirma Márcio. De acordo com o teólogo, outras religiões também tratariam da mesma questão, embora de outros modos. A reencarnação seria uma dessas formas. Aparece, por exemplo, no Espiritismo e no Hinduísmo. “No fundo, a humanidade tem dois grandes caminhos para lidar com os pecados e imperfeições. Um é culpando as faltas e fazendo pagar por elas. Outro é abrindo um horizonte de oportunidades para aprender a sabedoria capaz de garantir perfeição e felicidade.”

Por Lia Hama

(Revista das Religiões – o mundo da fé – edição 1, junho 2004).


VOCÊ SABIA?


DEUS, SEGUNDO A CRENÇA HINDU

imagem extraída de crença do hinduísmo/cultura- cultura mix

                           DEUS FOI UM PEIXE DOURADO

As encarnações de krishna são infinitas como as ondas do mar, dizem seus seguidores, e cada uma delas veio ao mundo com uma missão.

   Um ser metade homem, metade leão. Um anão. Um governante amado pelo povo. Um menino azul. São infinitas as encarnações de Krishna, segundo a Sociedade Internacional da Consciência Krishna, a Iskcon, a denominação oficial do movimento Hare Krishna. Hare significa “a energia de Deus” e Krishna é o nome de Deus em sânscrito e quer dizer “o Todo-Atrativo”. Para o movimento, Deus é um só, mas suas dimensões são várias.
   “Krisha é a suprema personalidade de Deus e manifesta-se ao longo do tempo e da história por meio de avatares, que são suas encarnações. Os avatares são infinitos como as ondas do mar porque o poder de Deus é ilimitado”, afirma Keshava Kashmiri, coordenador de um dos templos Hare Krishna em São Paulo.
   Para o adepto do Hare Krishna, muitos avatares vieram e outros ainda virão no futuro. Cada avatare em uma missão. Matsya avatare, por exemplo, é a encarnação de Deus na forma de um peixe dourado. Ele veio com a missão dupla de salvar de um dilúvio universal a humanidade e o conhecimento dos textos sagrados dos Vedas. Outra encarnação de Krishna é Buda, cujo propósito foi o de pregar a paz, a tolerância e a iluminação espiritual.
   De acordo com o antropólogo Silas Guerriero, da PUC  de São Paulo, “a ideia do avatare é  a intervenção de Deus no meio dos homens”. Avatare é aquele que desce do mundo não-material para o mundo material. O mestre Sri Caitanya Mahaprabhu, que viveu na Índia no século 15, teria sido a última encarnação de Krishna a aparecer na Terra, há 518 anos.E são os ensinamentos de sri Mahaprabhu que se tornaram a base do movimento Hare Krishna, que foi criado em 1966 por Bhaktivedanta Swami Prabhupada
 A visão hindu sobre Krishna difere um pouco da do movimento Hare Kishna. No Hinduísmo, Krishna é uma encarnação de Vishu, o deus mantenedor, e não o contrário,como quer o movimento Hare Krishna, que considera Krishna a fonte de todas as encarnações. Ainda para os hindus, Vishnu forma a sagrada trindade hindu, a chamada trimurti, ao lado de Brahma (o deus da criação) e Shiva (o deus da destruição e da recriação). Vishnu manifesta-se no mundo numa série de encarnações, como Rama, Krishna e Buda. Ele também pode aparecer na forma de animais como um javali ou uma tartaruga.

Por Lia Hama


(Revista das Religiões – o mundo da Fé, edição 01- Junho 2004).



VOCÊ SABIA?


CICATRIZES DA DEVOÇÃO   

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A Igreja tem duas visões para os que têm no corpo as chagas de Jesus: para uns, é uma graça de Deus; para outros, fruto da histeria.

No  sentido religioso, os estigmas são a reprodução no corpo de uma pessoa das marcas da paixão de Jesus Cristo. Em geral, ocorrem nas regiões das mãos e dos pés, do peito, da cabeça e das costas, nos mesmos locais onde, segundo os evangelhos, estariam as marcas e feridas de Cristo quando foi crucificado. O primeiro estigmatizado de que se tem notícia foi São Francisco de Assis. Seu propósito era orar para imitar a vida de Jesus Cristo. Conta-se que, quando ele estava numa montanha, avistou um mensageiro de Deus e, desde então, teria recebido as marcas dos cravos da crucificação de Cristo nas mãos e nos pés e a marca de uma lança no peito.
Segundo o padre Lourenço Kearns, da Congregação Missionária do Santíssimo Redentor, os estigmas são uma graça de Deus. “Não é qualquer um que tem as chagas. Há uma profunda intimidade entre as pessoas estigmatizadas e Jesus Cristo, obtida por meio de uma vida de intensa contemplação”, afirma. Um estigmatizado famoso é o padre Pio de Pietrelcina (1887-1968), da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos. Seguidor de São Francisco de Assis, padre Pio tinha feridas que não se cicatrizavam na palma das mãos. Era objeto de intensa devoção na Itália e foi canonizado pelo papa João Paulo II em 2002. “Padre Pio levou uma vida de total comunhão com o Cristo crucificado, o Cristo sofredor”, diz Lourenço.
Dentro da Igreja Católica, há outras visões. Para o padre Oscar Quevedo, diretor do centro de Parapsicologia, os estigmas podem sem explicados pela histeria, neurose caracterizada pela transformação de conflitos psicológicos em sintomas orgânicos. “São Francisco de Assis era santo, mas também histérico”, diz. Os estigmas são chamados de dermografia, que significa gravação na pele, e ocorrem por auto-sugestão. “É o poder da mente de pessoas desequilibradas sobre o organismo”, afirma.
Segundo o Padre Quevedo, uma das provas de que os estigmas ocorreriam por auto-sugestão é o fato de que muitos estigmatizados têm feridas na palma da mão. Sabe-se hoje que, se os cravos estivessem na palma das mãos, a carne se rasgaria. Para sustentar o peso do corpo pendurado na cruz, os cravos tinham de ser colocados na altura dos pulsos, numa região chamada espaço de Destot. “Como a imagem que a maioria dos estigmatizados têm é a de Cristo com os cravos na palma das mãos, é dessa forma que eles a reproduzem em seus corpos”, diz o padre Quevedo.

Por Lia Hama

(Revista das Religiões – o mundo da fé, edição 01-Junho 2004).