sábado, 27 de junho de 2015

A CAIXA FORTE DE DEUS

VOCÊ SABIA?




A arca da Aliança tinha muito ouro, guardava os mandamentos, eletrocutava quem a tocasse e sumiu misteriosamente.

   Para os hebreus, a Arca representava o trono de Deus na terra, a materialização da aliança entre o Povo e o Ser Supremo. Eles não davam um passo sem ela. Por onde iam, a levavam protegida sob uma tenda, chamada tabernáculo. Mesmo nas guerras, a Arca acompanhava os israelitas. Na tomada de Jericó, eles a conduziram sob o tabernáculo em sete voltas em torno das muralhas da cidade, antes de derrubá-las gritando e tocando trombetas. Nos primeiros tempos, a Arca era itinerante. Com a centralização religiosa comandada pelo rei Salomão, por volta de 970 a.C., ela foi mantida fechada no Templo de Jerusalém, até a invasão pelos babilônios.
   Os detalhes sobre o formato e conteúdo da Arca foram ditados por Deus diretamente a Moisés no alto do Monte Sinai. A Arca era de madeira, tinha 1,75 metros de comprimento, por 75 de altura. Era recoberta por uma camada de ouro. Sobre ela, havia outra lâmina de ouro, o propiciatório, na qual era aspergido sangue de animais para aplacar a ira de Deus.
   O propiciatório era enfeitado nas pontas com a figura de dois anjos, cujas asas abertas se tocavam no alto cobrindo a Arca.
Dentro dela, foi ordenado a Moisés que guardasse três objetos que deveriam servir como testemunho de sua aliança. Um vaso com maná, o "pão dos céu", enviado para salvar os hebreu da fome durante a travessia no deserto. O cajado de Aarão, irmão de Moisés, que Deus fez florescer para provar aos incrédulos que os dois eram os escolhidos para guiar Seu povo. E as duas tábuas de pedra com os dez mandamentos, estipulando o regulamento da aliança. (...).
    A Arca teria desaparecido quando Jerusalém foi invadida e o templo destruído pelo rei Nabucodonosor da Babilônia, 586 a.C. (...).


Por Anapaula Ziglio de Andrade


(Fragmento do texto "A caixa forte de Deus", extraído de “Revista das Religiões", junho/2004).