AS DENOMINAÇÕES CRISTÃS
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Jesus
designou doze apóstolos e deu-lhes a
tarefa, como “pescadores de homens”, de continuar a sua missão, especialmente
proclamando o evangelho. Embora por meio do credo ecumênico todos os cristãos
tenham fé na “única, santa e universal igreja apostólica”, no decurso da história
eclesiástica surgiram diferenças. Como as três grandes confissões existem hoje
cristãos católicos, protestantes e ortodoxos.
A IGREJA CATÓLICA
A
Igreja Católica romana é a maior igreja do mundo e provavelmente a mais
conhecida. Em seu ápice se encontra o papa
como supremo “representante de Cristo”, secundado por uma hierarquia de bispos
e sacerdotes. O julgamento do papa em questões de fé, segundo o conceito católico,
é considerado infalível, além do que é também o juiz supremo. A doutrina
correta tem uma posição importante na Igreja Católica, de modo que esta vê como
uma das suas principais tarefas manter sua pureza.
A
devoção católica conhece ainda muitas formas diferente, que, antes de mais
nada, se mantiveram por longo tempo na religiosidade
popular. A veneração de Maria e dos santos ocupam aí um grande espaço,
porque o homem, de acordo com a visão católica, chega á relação com Deus
especialmente por meio da intermediação de pessoas adequadas. Devido ao seu
ofício e à sua sagração o padre da Igreja Católica, por exemplo, é um dos
mediadores.
A IGREJA PROTESTANTE
Através
da divisão da Igreja Católica romana surgiu, a partir de 1517, na sequência da
Reforma, a Igreja Protestante. A opinião de Martinho Lutero (1483-1545) de que,
para obter a graça divina não é necessário nenhum intermediário, porque Jesus é
agora e sempre o intermediário entre o ser humano e Deus, sobretudo, levou a
uma compreensão diferente daquela dos católicos a respeito do ofício e da
Igreja. A salvação do pecado só é concedida ao ser humano por meio da graça
divina e recebida pela fé (sola gratia,
sola fide, sola scriptura). São rejeitadas principalmente a infalibilidade
do papa, a obediência aos dignitários eclesiásticos, e a veneração dos santos.
Para os protestantes é a Bíblia a autoridade
suprema em questões de fé. As Igrejas Evangélicas pertencem a Luterana (segundo a doutrina de Lutero), a Reformada (segundo a doutrina de Calvino, 1509-1564), a Anglicana (segundo a Reforma da
Inglaterra), a Batista (pratica o
batismo de adultos) e a Pentecostal
(comunidades cristãs primitivas, orientadas pelos dons do Espírito Santo). Além
disso existem as Igrejas livres, que
se opunham à fusão (união) entre luteranos e calvinistas, no século XIX. As
igrejas luteranas, reformada e as regionais unidas se amalgamaram em Igreja
Evangélica na Alemanha (EKD – Evangelische Kirsche in Deutschland).
A IGREJA ORTODOXA
A Igreja
Ortodoxa é a mais antiga das igrejas cristãs. No cisma da Igreja Ocidental de
1054, as igrejas oriental e ocidental se separaram, porque as igrejas orientais
não reconheciam a infalibilidade do papa e sua jurisdição suprema. A Igreja
Ortodoxa se mantém ligada à liturgia original. A religiosidade também inclui os
sete sacramentos, a devoção mariana e os ícones como “imagens santas”. Na
liturgia ortodoxa é regularmente celebrada toda a história da salvação, na qual
os crentes devem ser envolvidos de modo espiritual. A espiritualidade ortodoxa,
que exerce fascínio sobre muitos crentes ocidentais particularmente por meio
dos ícones e cânticos, tem forte cunho místico. Outro fundamento da fé são as
cognições dos Pais da Igreja (os
primeiros teólogos dos séculos iniciais d.C.). A Igreja Ortodoxa é dividida em
patriarcados e Igrejas nacionais autocéfalas (autogeridas).
Você já sabia?
Juntamente com a Igreja
Católica oriental e as igrejas nacionais orientais (que já existiam
independentemente antes do cisma), a Igreja Ortodoxa forma a Igreja Oriental.
ECUMENISMO
Desde
o século XIX igrejas de todas as denominações de todo o mundo se empenharam outra
vez mais fortemente na cooperação e no acordo sobre as questões de fé. Em 1948
o Conselho Ecumênico das Igrejas (CEI)
reuniu todas as igrejas cristãs, exceto a católica. Desde o 2º Concílio
Vaticano (1962-65) o ecumenismo é uma grande preocupação também na Igreja
Católica (inclusive na conferência das Igrejas europeias e nas da associação
de trabalho das Igrejas cristãs).
(Revista Uma Breve História de
Religiões e DeFé – Ed.Escala, 1ª edição)