sexta-feira, 7 de agosto de 2015

VOCÊ SABIA?

JUDAÍSMO

ESCRITURAS SAGRADAS 

O judaísmo é uma religião de livros, que são a base de sua fé em que o que Deus revelou  a Moisés no Monte Sinai está preservado numa Escritura Sagrada, a Torá. A Torá tem a autoridade final em questões de fé e inclui as mais importantes leis que determinam a vida judaica. Para sua aplicação prática é adicionada uma longa tradição de interpretações e comentários. A erudição é importante para os judeus para que possam ler, interpretar e compreender a "Lei de Moisés" tanto quanto possível em hebraico. A formação e a educação na vida judia, por isso, têm alta prioridade.

A TORÁ- revelação e lei
No Monte Sinai, segundo a concepção judaica, Deus se revelou a Moisés e lhe deu duas tábuas de pedra com os dez mandamentos. Moisés, de acordo com essa revelação, escreveu o Pentateuco (em hebraico, Chumash), os cinco livros de Moisés. Esses livros formam a Torá (do hebraico: "instruções", "ensino"), em sentido estrito. Num sentido mais amplo podem ser considerados todos os livros da Bíblia hebraica (Tenach). (... ) O Pentateuco  trata-se da parte mais antiga da Bíblia hebraica, o fundamento da vida e da fé judaica. Para os religiosos judeus a Torá é sagrada e suas 613 leis (245 mandamentos e 368 proibições) são, pelo menos para os judeus ortodoxos, absolutamente autênticas.


TENACH - a Bíblia hebraica
Juntamente  com a Torá, Neviim e Ketuvim formam a Bíblia hebraica. Seu nome Tenach, é uma palavra inventada,composta a partir dos primeiros nomes das três fontes (T, N e K).O Tenach  contém aproximadamente o mesmo texto que o Antigo Testamento da Bíblia cristã. Na Torá estão reunidos os cinco livros de Moisés, a doutrina de Neviim ("Profetas") abrange os livros proféticos Josué, Juízes, Samuel, Reis, Isaías, Jeremias, Ezequiel e doze outros profetas. Na terceira parte, Ketuvim ("hagiógrafos") encontram-se os Salmos, os livros de Rute, Ester, Jó, o Cântico dos Cânticos (*Cantares de Salomão) e as lamentações. No entanto, no Tenach esses textos são ordenados e contados de forma diferente que na Bíblia. Em vez de 39 livros  do Antigo Testamento da Bíblia, os judeus contam apenas 24. O tamanho do texto permanece o mesmo.

O TALMUDE - lei e interpretação
Por um cânon obrigatório dos 24 livros da Bíblia hebraica, realizaram-se, no século I d.C., reuniões  de rabinos em Jerusalém (65 d.C.) e Jabne-Jamnia (ca. 90d.C.).Por esse tempo as já há muito transmitidas interpretações orais das escrituras sagradas começaram a ser coletadas. As interpretações  tinham por objetivo encontrar orientações segundo as quais, dadas as circunstâncias do momento, se pudesse cumprir adequadamente a lei.No século II d.C., essas coletâneas foram organizadas e registradas por escrito. Uma visão abrangente das tradições jurídicas (halaká) até então vigentes surgiu nessa época na Mischná (do hebraico: "repetição verbal"). Aí, as leis para todas as áreas importantes da vida são apresentadas em conjunto: 1) Agricultura (Seraim, "sementes"); 2) Festas (Moed); 3) Mulheres (Naschim); 4) Direito Civil e Penal (Nasikin); 5)Sacrifício e sagrado (Kodaschim); 6)Puro e impuro (Toharot). Nas principais academias da Palestina e da Babilônia, estas doutrinas eram constantemente discutidas e novamente desdobradas. As discussões registradas por escrito sobre as seis ordens (seder), são escritas em aramaico e foram denominadas Gemara (do aramaico, "conclusão"). Mischna e Gemara juntas formam o Talmud (do hebraico lamad, "estudos", "ensino"). O Talmud de Jerusalém, surgido no século V d.C. distingue-se do Talmud babilônico,mais amplo e mais significativo, que foi escrito nos séculos VI/VII d.C.. O conjunto do Talmud consiste em grande parte das discussões de leis (halacha) e uma parte menor com relato  (haggada), que fornece um panorama da vida judaica naquela época. Em 1520-23 foi publicada em Veneza uma edição impressa do Talmud, que se tornou o padrão para as impressões e as citações do Talmud.









Os livros da Torá (Pentateuco)
Diferentemente do Antigo Testamento, os cinco livros de Moisés na Torá derivam seus nomes das primeiras palavras do texto original:
1. O Livro Bereschit ("No princípio")
2. O Livro Schemor ("Ele chamou")
3. O livro wajikra ("Nomes")
4. O livro Bemidbar ("No deserto")
5. O Livro Dewarim ("Discursos)




A CABALA
A tradição do misticismo judaico é transmitida por meio da cabala (em hebraico, "recebido"). As principais obras da cabala são os Sefer ha-Bahir ("Livro do Brilho"), surgido no sul da França no século XII, e o Sefer ha-Shar ("Livro do Brilho da Luz"), elaborado na Espanha nos séculos XIII/XIV. As tradições aí reunidas lidam cada qual com os sefirot, os dez elementos e dimensões da criação ("dez reflexos" ou "dez vestes da divindade"), por meio dos quais o infinito e inexplicável Deus se apresenta no mundo. O centro do movimento cabalístico foi inicialmente a Espanha. Em 1492, quando os judeus foram expulsos da Espanha, a localidade de Zefat, na Galiléia, assumiu essa função. Quem tenta alcançar o conhecimento de Deus de acordo com os ensinamentos da cabala se aprofunda nos mistérios ocultos da Torá e de Deus, tal como podem ser encontrados nas tradições secretas e no esoterismo judaico. Uma maneira de fazer isso é concentrar-se em palavras individuais de um texto cabalístico e sua estrutura. Em hebraico cada letra tem um valor numérico e por isso uma soma pode ser atribuída a cada palavra. Palavras que têm o mesmo valor numérico, mas que inicialmente não parecem estar relacionadas, segundo a mística numérica cabalística têm uma misteriosa relação entre si. 
Para os místicos da cabala, no entanto, o caminho mais importante para Deus é a oração. Para isso assumia-se uma atitude de introspecção da qual eram parte o recolhimento, o vazio interior e a serenidade. A doutrina da cabala, que hoje caracteriza principalmente o hassidismo, fascinou as pessoas em todos os tempos. Desde o século XV os estudiosos cristãos se interessaram por ela, desejando descobrir pistas para as verdades da fé cristã. No século XX o cientista judeu Gershom Scholem (1897-1982) estabeleceu a investigação da cabala como uma disciplina acadêmica.


(Fonte: Uma Breve História de Religião e Fé (Revista), editora escala, parte judaísmo).



você sabia?

SABIA
OS MÓRMONS PRATICAVAM A POLIGAMIA.


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Os mórmons, afinal, são polígamos?

   A mesma igreja que defende, hoje, a castidade até o matrimônio, foi, durante várias décadas, adepta da poligamia. O fundador Joseph Smith introduziu o “casamento  plural” entre seus mandamentos. Embora existem muitas explicações para a prática da poligamia, segundo o profeta, havia uma só razão  para isso: Deus disse aos mórmons para fazê-lo.
   A divulgação dessa premissa causou comoção no século 19, período em que reinava o puritanismo. O profeta Smith e seus seguidores foram perseguidos e os bens  da Igreja chegaram a ser confiscados. Todos os praticantes da poligamia foram presos. Em 1890, o profeta Wilford Woodruff, “buscando conselho de Deus sobre o assunto”, recebeu uma revelação, posteriormente inserida nas escrituras religiosas, encerrando a prática da poligamia.
   Hoje, existem mais de  30 mil praticantes da poligamia nos Estados Unidos, dizendo-se mórmons e seguidores de Smith, embora tenham sido excomungados há mais de  20 anos da igreja. Ainda há medidas do governo de Utah contra a poligamia e também negociações sobre o livre exercício de crença religiosa, incluindo os casamentos plurais. Em 2001, Tom Green, um dos líderes do grupo rebelde, foi condenado a cinco anos de prisão por bigamia.    “A poligamia é uma ferida não cicatrizada no mormonismo”, diz o sociólogo André Ruz Neves. “Essa prática, considerada um mandamento instituído e suspenso por ordem divina, mas jamais condenado, até hoje causa um desconforto nos fiés.”

Por Juliana Bastos

(Parte do texto “Mórmons, uma grande família”, da Super Interessante “Religiões, o mundo da fé” – Edição 6, fevereiro/2004, editora abril).

1. PARA SABER COMO FOI FUNDADA A IGREJA DOS MÓRMONS CLIQUE AQUI.
2. PARA SABER AS DIVERGÊNCIAS ENTRE O LIVRO DE MÓRMON E A BÍBLIA CLIQUE AQUI.
3. PARA SABER O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE O MORMONISMO CLIQUE AQUI.

VOCÊ SABIA?

VOFESTA DERAELCÊ SABIA?
FESTAS DE ISRAEL
 imagem extraída de https://www.bing.com/images


   No passado como no presente, os filhos de Israel comemoravam suas festas. Eram prescritas pela Lei de Moisés. Algumas mais importantes, outras mais simples, mas todas com um objetivo, qual seja, o de glorificar a Deus. O Livro de Levítico, o terceiro de Moisés, guarda o registro de todas elas. (...)
O Israel de hoje comemora suas festas, com o seguinte calendário:

ROSH HASHAN - (Ano Novo ou Lua Nova) de 1 a 3 de Tishrei (outubro).

YOM KIPUR - (Dia do Perdão) 10 de Tishrei (outubro).

JANUCÁ - (Das Candeias) 25 de Kislev (novembro) a 2 de Tewet ( dezembro).

TU-BESHVAT - (Também chamada de Rosh Hashana Leilanot = (dia da árvore) - 15 de Shevat (fevereiro).

PURIM - (Da sorte) Comemorava a libertação dos judeus do poder de Hamã, ao tempo da Rainha Ester. 14 de Adar (março).

LAG-BAOMER - (O 33º dia de OMER, isto é, as primeiras espigas oferecidas no Templo) 6 de Sivã - (julho).

KAF-TAMUZ - (Aniversário da morte de GTeodoro HERZL, fundador do Sionismo e profeta do novo Estado de Israel) 20 de TAMUZ (julho).

TISHA-BE-AV - (Aniversário da destruição do Templo de Jerusalém pelos romanos em 70 d.C.) 9 de Av (agosto).

YOM HATZMAUT - (Dia da Independência e proclamação do Novo Estado de Israel) - 5 de IYAR, para nós, 14 de maio de 1948.

ANO- Judaico em 1978 do nosso calendário corresponde a 5738 do Judaico, que começa com a fundação do mundo.


(Texto extraído do livro "Geografia da Terra Santa", Enéas Tognini). 

VOCÊ SABIA?


O CASAMENTO E OS RITUAIS RELIGIOSOS

san-san-kudo (imagem de https://kimberlyah.files.wordpress.com)

O CASAMENTO BUDISTA
NO Budismo, o casamento tem por objetivo a evolução espiritual dos noivos.Cada escola budista tem rituais específicos. Beber o saquê é um dos momentos mais significativos das cerimônias da tradição Zen Budista. No ritual, conhecido como san-san-kudo, são servidos aos noivos três cálices da bebida - um pequeno, um médio e outro grande. Ao compartilhar do mesmo cálice, acredita-se que o noivo e  a noiva estão finalmente unidos. O incenso também está presente nas cerimônias.



O CASAMENTO ORTODOXO

imagem de http://1.bp.blogspot.com/-

Como o noivo e a noiva são coroados durante a cerimônia, o casamento ortodoxo também é chamado "sacramento da coroação". O casal dá três voltas ao redor do altar, acompanhando o sacerdote que carrega incenso e uma vela. O número 3 é uma referência à Santíssima Trindade e os círuclos simbolizam a eternidade de Deus. "Servem para que essa eternidade se mantenha na união deles", afirma o padre Gregório Teodoro.




O CASAMENTO JUDAICO

Chupá (imagem de https://upload.wikimedia.org)  

Os judeus consideram o casamento um monte de santificação e celebram suas uniões embaixo de uma tenda chamada Chupá. "Ela tem quatro cabos e um teto, mas não possui paredes. Significa a fragilidade do lar", diz o rabino Yehuda Busquilla,  da Congregação Israelita Paulista. Cabe ao casal construir as paredes do lar, ou seja, torná-lo forte e resistente.



CASAMENTO OOMOTO

o Shima-dai (imagem de http://2.bp.blogspot.com/)

Diante de um arranjo chamado Shima-dai são celebrados os casamentos da religião japonesa Oomoto. No enfeite feito com folhas de pinho, estão representadas as divindades protetoras da união. Os noivos bebem saquê e muitos trocam alianças, um costume ocidental que foi inserido na cerimônia.



CASAMENTO INDÍGENA
noiva com colar de dente de capivara (imagem de http://
1.bp.blogspot.com/)

Os índios Xerentes, de Tocantins, pintam o corpo para o cassamento. Os noivos ganham ornamentos especiais, como o cordão de dente de capivara, que simboliza a virgindade da jovem índia. O casal recebe conselhos dos anciãos da aldeia.  

(Informações extraídas de Revista das Religiões - O mundo da fé, Edição 9 - maio de 2004)


VOCÊ SABIA?

BATER NA MADEIRA


A lenda imemorial por trás de uma expressão popular

Acredita-se que, séculos antes de Cristo, os índios da América do Norte observaram que o carvalho era a árvore mais atingida pelos raios. A partir daí, teriam concluído que o imponente vegetal era morada dos deuses na Terra.

Daí a insólita conclusão: toda vez que se sentissem culpados por alguma coisa, batiam no tronco dos carvalhos com os nós dos dedos, forma de pedir perdão aos deuses...

Desde esses tempos imemoriais os seres humanos recorrem ao desconhecido que os apavora e nele buscam socorro. Outros exemplos da mesma atitude povoaram a cabeça de todas as hordas desde a pré-história. Entre nós, os índios apelavam para Tupã e outras entidades em busca de socorro.

O pavor sempre foi parecido, desde a saga escandinava com Odin e Thor, até os altiplanos andinos e alpinos, na convicção de que o recurso aos deuses amainaria punições e que os deuses estariam atentos e pré-dispostos ao perdão pelos malfeitos humanos.

Toc, toc!



(Revista Língua Portuguesa, ano 9 –nº 109, Novembro de 2014, p.62 - Berço da palavra).