BATER NA MADEIRA
imagem extraída de https://www.facebook.com/jornal.expresso.3/photos |
A lenda
imemorial por trás de uma expressão popular
Acredita-se que, séculos
antes de Cristo, os índios da América do Norte observaram que o carvalho era a
árvore mais atingida pelos raios. A partir daí, teriam concluído que o
imponente vegetal era morada dos deuses na Terra.
Daí a insólita conclusão:
toda vez que se sentissem culpados por alguma coisa, batiam no tronco dos
carvalhos com os nós dos dedos, forma de pedir perdão aos deuses...
Desde esses tempos
imemoriais os seres humanos recorrem ao desconhecido que os apavora e nele
buscam socorro. Outros exemplos da mesma atitude povoaram a cabeça de todas as
hordas desde a pré-história. Entre nós, os índios apelavam para Tupã e
outras entidades em busca de socorro.
O pavor sempre foi parecido,
desde a saga escandinava com Odin e Thor, até os altiplanos andinos e alpinos,
na convicção de que o recurso aos deuses amainaria punições e que os deuses
estariam atentos e pré-dispostos ao perdão pelos malfeitos humanos.
Toc, toc!
(Revista Língua
Portuguesa, ano 9 –nº 109, Novembro de 2014, p.62 - Berço da palavra).
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