quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Ensinando as verdades bíblicas através de contos e fábulas

 A BELA E A FERA

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Tema:  Não julgue segundo as aparências
Texto para Leitura: Jo 7.24
Objetivo: Por meio desse conto, levar a criança a entender que: os contos de fada, como qualquer outro texto, tem sempre alguma coisa a nos ensinar; mostrar que, às vezes, nosso comportamento é reflexo de como somos tratados; explicar que mesmo que alguém tenha comportamentos ruim não devemos julgá-los porque não sabemos o que essa pessoa tem sofrido, então devemos orar por ela e fazer o que estiver ao nosso alcance para ajudá-la a mudar.
Material: Bíblia,  livro "A Bela e a Fera"; gravuras a respeito da fabula e da parábola bíblica; atividade: recorte palavras positivas e negativas, e as crianças deverão colar as positivas embaixo da figura da Bela e as negativas embaixo da figura da Fera. Na parte da figura da Fera escreva ÓDIO, na parte da figura da Bela escreva AMOR. 

   Leia o texto inicial, em seguida pergunte quem conhece esse conto e faça um resumo dele.
   Evidencie o comportamento inicial da Fera para com a Bela, isto é, de violência e ameaça, só porque a Bela tirou uma flor de seu jardim. Assim também somos nós: quando estamos com o coração machucado, com raiva de alguém ou de alguma coisa, acabamos descontando nossa frustração em pessoas que não fizeram nada demais para merecer nossa violência. Essa violência pode ser física, mas também pode ser verbal e gestual: palavras feias, ameaças, caretas, gestos obscenos, empurrões, etc. A raiva é sempre uma má conselheira, é por isso que Jesus ensinou que, apesar de ser normal, às vezes, sentirmos raiva, nunca devemos agir movidos por ela (leia ou cite Ef 4.26).
   Voltando a nossa história, a Fera estava com raiva porque as pessoas não gostavam dela só por causa de sua aparência, e o que mais a irritava é que ela não tinha culpa de estar assim, pois foi um bruxa que a deixou daquele jeito. É claro que bruxa desse tipo (que transforma pessoas em um monstro real) não existe, mas é uma comparação com pessoas más, que vivem para fazer o mal. Por exemplo: uma criança que vive apanhando, no futuro poderá se transformar  numa pessoa violenta; uma criança que não teve infância, que só trabalhava e era proibia de brincar, está sendo transformada num adulto mal-humorado e que, possivelmente, irá repetir o comportamento de seus opressores com outras crianças; crianças que assistem a mãe apanhando diariamente do marido, podem se transformar em meninos que baterão em mulheres ou mulheres que terão medo de homens. Percebe como nossas ações pode influenciar na formação de outros seres?
   Pois bem, a Fera, na verdade, era um belo príncipe, mas a maldade da bruxa fazia as pessoas vê-lo assim. Você entendeu agora que essa história fala sobre consequências ruins na vida de pessoas que foram amaldiçoadas por atitudes ou palavras más contra elas?
   Assim era a pobre Fera, mas as pessoas só viam a sua feiura, sem nunca se importarem de saber porque ela era assim, e se havia alguém diferente escondido por trás daquela cara tão horrível, ao contrário, por medo, as pessoas a agrediam com pedras, xingavam-na de monstro ou fugiam dela.
   Às vezes, nosso comportamento também faz com que as pessoas sintam raiva e passem a agir com violência, porque as julgá-las antes de conhecê-las, cultivamos atitudes ou palavras que ferem e suscitam nelas um sentimento ruim. Falamos ou pensamos que não gostamos de alguém só porque a pessoa é um pouco séria, ou muito tímida ou  porque é muito conversador ou brincalhão. Mas aprendemos com a Bíblia que não podemos julgar os outros só pela aparência, pois nem tudo o que parece é. Devemos dar oportunidade às pessoas de nos provarem que merecem a nossa amizade, ao invés de simplesmente evitá-las.
   O pai de Davi cometeu esse erro: quando Deus pediu a Samuel (explique o ofício de Samuel) para ungir um rei para o povo de Israel, seu pai apresentou todos os seus filhos, menos Davi. Você sabe por quê? Isso mesmo, porque, aparentemente, Davi não tinha nenhuma qualidade para ser um rei. Ele era só um pastorzinho de ovelhas, o caçula da família, nem lutar ele sabia. A verdade é que ele já havia matado um leão e um urso, mas, se ele contou para sua família, é claro que ninguém acreditou nele, né? Você já contou uma coisa que era verdade e a sua família não acreditou em você? Pois é, mas embora nem a sua família acreditasse no potencial de Davi e só o enxergarem como um simples pastor de ovelhas, Deus sabia que ele tinha o coração de um rei (ele era valente e bom), além disso amava o Senhor de todo o seu coração. Peça para uma criança ler 1 Sm 16.7 (se a sala for pequena peça para outros repetirem a leitura, lerem de novo, para que participem). 
   Como vocês observaram na leitura, Deus deu uma lição em Jessé e em Samuel: falou para eles que Ele não vê as pessoas só por fora (pela aparência), mas ele olha o coração delas. Deus não se importa se a pessoa é negra, branca ou de qualquer outra cor; ele não liga se a pessoa é alta, baixa, gorda ou magra; também não está nem aí se somos ricos ou pobres. Deus só repara em uma coisa: como é o nosso coração - se somos boas pessoas ou más; se adoramos a Ele ou o rejeitamos com as nossas atitudes. 
   E, às vezes, nos preocupamos tanto em não fazer o mal, que acabamos esquecendo de fazer o bem, não é mesmo? O apóstolo Paulo diz para não nos cansarmos de fazer o bem (Gl 6.9) - veja bem, não basta não fazermos o mal, temos também que fazermos o bem. A Bela, de nossa história,  podia apenas ficar quietinha no palácio da Fera, sem falar nada e sem fazer nada para não irritá-la, mas ela preferiu agir com sabedoria: falar palavras boas, animar a Fera, mostrar para ela que não tinha medo de estar em sua presença, cumprir com sua palavra de ir visitar o pai e voltar, fazendo a Fera confiar nela. E lembra do resultado? Isso mesmo, a Fera se tornou muito gentil e cuidava bem da Bela, até que, finalmente, o amor e paciência da Bela, fez aquele rosto horrível se transformar no rosto de um belo príncipe. O conto nos mostra o poder do amor e da amizade sincera.
 É assim que devemos agir: você pode ser usado por Deus também para ser agente de bênção na vida dos seus coleguinhas, dos seus irmãos ou de qualquer outra pessoa que se sinta inferior e mal amado, levando-lhes palavras de ânimo e agindo com cortesia e bondade, para que os rostos sérios e bravos se transformem em faces com lindos sorrisos (peça para eles fazerem caras bravas e peça para olharem para os colegas - pontue quanto ficam feios assim), depois peça para sorrirem  e pontuem a beleza de um rosto feliz. 
   O amor de Deus através de você pode transformar muitas pessoas infelizes em pessoas cheias de amor e alegria. 
   Termine recitando o texto para leitura. 


Que o Espírito Santo de Deus nos ensine a alcançar o coração de nossas crianças.
No amor de Cristo,
Leila Castanha

2024