quinta-feira, 28 de maio de 2015

Mensagem da Fundação AMAE aos professores

SE NÃO TENHO AMOR
 (insprado na 1ª carta de São Paulo aos coríntios)

Se posso encontrar a solução para todas as dificuldades que se apresentam no processo educativo, mas não tenho amor, todos os meus esforços são em vão.
Se posso explicar perfeitamente todos os conteúdos da minha disciplina aos meus alunos, mas excluo ou ignoro um deles, seria melhor falar a uma sala de carteiras vazias.
Se posso conseguir todo o apoio material e financeiro para facilitar o trabalho educativo, fazendo inclusive sacrifícios para isso, mas não tenho amor, estarei gastando mal o meu dinheiro (ou dos outros...).
Parece exagero, mas o amor verdadeiro é assim...
Ele é paciente, até mesmo quando é preciso repetir a explicação várias vezes a um aluno em dificuldades.
O amor é bondoso, mesmo quando é alvo de intrigas e injustiças que atingem a todos.
O amor não tem inveja, nem se sente diminuído quando outro professor consegue melhores resultados com a turma.
Amar também é  não se deixar levar pela vaidade, quando meus alunos conseguem significativos avanços. Amar é não ficar comparando-se a outros e assim, não há o risco de sentir-se melhor ou pior que ninguém. Amar é sentir-se humano. É reconhecer-se um eterno aprendiz do ontem, do hoje, do sempre...
Amar é estar disposto a mudar o ritmo de trabalho e até dos próprios planos para se adaptar a um aluno que precisa de um acompanhamento especial. Amar é ter tempo para ouvir alguém em dificuldades. Quantas lições são ensinadas e aprendidas depois de encerrado o horário de trabalho...
Amar é não revelar nem expor os problemas e limitações do outro. Amar é respeitar cada um e suas histórias.
Amar é continuar esforçando-se cada vez mais, mesmo quando algum aluno parece não entender a diferença entre as coisas mais simples e as mais complexas.
O amor é perseverante... Tudo espera, tudo suporta, tudo crê.
O amor verdadeiro é capaz de tudo, até de perdoar e,  olhando para frente, buscar mais.
Os métodos educativos, os livros todo, o material didático e todos os recursos pedagógicos podem tornar-se, com o tempo, ultrapassados e inúteis. O que  hoje é novidade, amanhã será peça de museu.
Mas o amor permanece... sempre!
A experiência da sala de aula ensinou-me muitas coisas. No convívio com meus alunos e colegas de magistério, aprendi a valorizar especialmente: a competência, a paciência, o amor.
Mas, de tudo, o mais importante, o que fica sempre, é o amor.

Por Eduardo Jorge Martins Machado

(Extraído de um folheto da AMAE, sobre o dia do professor: “AMAE educando”, outubro, 2001.Nº 303). 

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