sábado, 31 de outubro de 2015

COMENTÁRIO ADICIONAL DA LIÇÃO 5 - REVISTA BETEL - 4º TRIMESTRE/ 2015

JUDAS ISCARIOTES, UM APOSTOLO DOMINADO PELA CARNE


Imagem extraída de https://projetogospel.com/quem-foi-judas-iscariotes/


Figura: símbolo, representação.

Jesus sabia quem o trairia: Jo 6. 70, 71;  13. 10, 13;. Mt 26. 22, 23.

Quem era Judas Iscariotes: Um dos doze apóstolos de Jesus, tesoureiro do grupo de discípulos de Cristo, e o autor do mais famoso beijo da traição. 

Porque ele não revelou a ninguém: Embora a Bíblia não esclareça isso é fato que se Jesus revelasse que Judas o trairia alguns de seus discípulos, de temperamento explosivo, como Pedro, teria dado “um jeito” nele para evitar a traição contra o Mestre. Mas fazia parte da missão de Cristo, pois as profecias haviam predito que ele seria traído (Is 53; Dn 9.26). Veja a reação de Pedro quando Jesus lhe disse que seria morto e quando ele estava sendo preso (Mt 16. 21-23João 18.7-10).

O Príncipe deste mundo -  A Bíblia refere-se ao diabo como o Príncipe deste mundo (Jo 14. 28-30) esta era uma das designações dadas ao Adversário (Jo 16. 11), ele domina o mundo (Lc 4. 5,6; 1 Jo 5.19). Ao dizer aos discípulos que a hora de sua morte estava prestes, Jesus disse-lhes que o Príncipe deste mundo se aproxima, evidenciando com isso que Judas era instrumento do diabo, e é usado como a personificação do mal, assim como na mitologia grega os vícios e virtudes são personificados, como por exemplo:  Atena, deusa da sabedoria; Ares, deus da guerra; Afrodite, deusa do amor, etc.

Satanás entrou em Judas: (Jo 13. 21, 26,27)- Da mesma forma que o Espírito Santo apossa-se de nos para fazermos aquilo que Deus deseja, no momento exato de Judas cometer a traição contra Jesus o diabo entrou nele. Ele ficou possesso de forma visível, pois os discípulos não entenderam nada do motivo pelo qual Jesus o mandara agir logo. Pensaram que o Mestre estava mandando-lhe ir comprar alguma coisa, porque ele era o tesoureiro.
Para sermos usados por Deus precisamos estar cheios do Espírito Santo (At 2.4; 4.8; Ef 5. 18). Da mesma maneira Paulo exorta a não dar lugar ao diabo (Ef 4. 2), e Tiago adverte a resisti-lo (Tg 4.7). O diabo procura qualquer brecha para usar as pessoas contra Deus e sua obra, por isso quando Jesus estava prestes a ser entregue para morrer, ele alertou seus discípulos, dizendo-lhes: “Vigiai e orai para que não entreis em tentação”. (Mt 26.41). Embora o Inimigo já houvesse se apossado de Judas, ele ainda usou a fraqueza de Pedro (seu gênio explosivo) para tentar impedir o plano da redenção.

Judas era um pseudo discípulo: Embora Judas fosse discípulo de Cristo, ele não atentava para os ensinamentos do Mestre (Jo 13. 10, 11). Quando Jesus estava orando ao Pai, intercedendo pelos seus discípulos, ele  lhe rogou para que os santificassem (os limpassem, os purificassem), e ao mesmo em que rogava por essa santificação ele mesmo disse do que falava: Do poder purificador da Palavra de Deus (Jo 17.17). Tiago (1.22) também adverte a não sermos ouvintes esquecidos, mas cumpridores da Palavra.  Jesus disse a Nicodemos que ele deveria nascer de novo (da água e do Espírito – Jo 3. 5), a Palavra de Deus é comparada, simbolicamente, à água (Ef 5. 26. Sl 119. 9).

Judas não era convertido: Ele não cria que Jesus era Deus (Jo 6.64). Era imprescindível crer que Jesus veio de Deus (João 16. 27), aliás, esta crença era fundamental para que alguém fosse reconhecido como pertencente a Deus, e, por sua vez, vencesse o mundo (1Jo 5.1, 5) . Para ser discípulo de alguém é fundamental que se creia nas credenciais do seu mestre. A importância de Jesus como Mestre era o fato de ele não ser deste mundo. Seus discípulos estavam sendo ensinados a viver sob leis que não pertenciam a este mundo (Jo 18. 36).

Jesus utilizava-se das artimanhas de Satanás, e usava a favor de sua missão: Enquanto Satanás achava que estava na vantagem Jesus já sabia, e até alertou a Pedro que Satanás havia pedido permissão para “brincar” com os discípulos, e ele revela-lhes que pediu ao Pai que não deixasse a fé de Pedro desfalecer, por que ele sabia que Pedro não se manteria fiel o tempo todo porque ele conhecia as fragilidades de seus discípulos (Lc 22. 31, 32-34).
Quanto a Judas ele mesmo afirmara que estava escrito que seria assim, e sabia até quem cumpriria esta escritura (Mt 26. 24).

Não deis lugar ao diabo: (Ef 4. 27). O problema não é a tentação, mas o quanto estamos dispostos a ceder a ela.  O apóstolo Paulo antecede estas palavras deixando bem claro que, não há problema em nos irar, mas não podemos dar lugar à ira (v. 26). Ou seja, o diabo se aproveita não das nossas tendências (somos pecadores – Sl 51. 5), mas de nossa sedução pelo pecado, por isso Tiago nos adverte a “resitir o diabo”, porque toda a tentação que nos sobrevém tem, pelo menos,  duas realidades explicitadas em 1Co 10. 13: 1º) é de cunho humano (nada sobrenatural);  2º) Deus não nos deixa tentar acima do que podemos.
O diabo tem poder, mas este poder abrange até um determinado limite permitido por Deus. Quando ele quis investir contra Jó precisou da autorização de Deus para fazê-lo, e até onde poderia interferir na vida dele (Jó 1. 10-12). Para “brincar” com os discípulos de Cristo ele precisou pedir autorização, e Jesus intercedeu para que o Pai não permitisse que ele fosse a fundo até acabar com a fé de Pedro (Lc 22. 31, 32). Em relação à Igreja, Jesus já deixou determinado que o diabo não poderá vencê-la, embora possa guerrear contra ela (Mc 16.18).

Judas suicidou-se por remorso: Lembremo-nos que ele não cria em Jesus como Deus. Ao ver a besteira que havia feito: condenou um homem que fazia o bem, e libertou um terrível bandido (pois a morte de Cristo era um castigo severo aos piores infratores da lei), então Barrabás não era um ladrãozinho inofensivo.  
Ao dar-se conta da besteira que cometeu ele tentou lavar  a consciência devolvendo o valor que lhe pagaram para trair o seu mestre (Mt 27. 3-5).
Ele suicidou-se porque não conseguiu viver com sua consciência, mas se ele tivesse sido um verdadeiro aluno de Cristo sua reação seria como a de Pedro, pois Jesus diversas vezes ensinou que Deus não resiste um coração humilde e arrependido (Veja a reação de Pedro ao negar Jesus – Lc 22. 61, 62. O que fez Pedro se arrepender foi porque “ele lembrou-se da palavra do Senhor”.
Judas não pensou em nada do que Jesus disse, e isso o levou a pecar, e depois a fazer justiça contra si mesmo. Jesus vivia pregando sobre o pecado, o arrependimento, e o perdão, e Judas só via como saída para o seu terrível ato a autopunição com a morte.
Quando não ouvimos a Palavra de Deus, dando-lhe atenção, nas horas de dificuldades nos faltará o apoio e orientações para sairmos da situação difícil. Por isso Tiago exorta que devemos ouvir a Palavra de Deus para pô-la em prática, e não apenas ouvir sem dar-lhe ouvidos. O apóstolo Paulo diz que as Escrituras exortam a manter a Palavra de Deus junto de nós, na boca e no coração. De forma a confessarmos com a boca, e com o coração crermos (Rm 10. 8-10).

Judas estava predestinado a pecar? Tiago diz que alguém, ao ser tentado, nunca deve dizer que foi tentado por Deus, porque Deus a ninguém tenta. A tentação, segundo o escritor, é fruto de nossa própria tendência ao pecado (Tg 1. 13-15). Apesar de Deus saber que Judas era a pessoa que o trairia, ele jogou a responsabilidade de seus atos sobre ele mesmo (o próprio Judas): “Ai daquele por quem o Filho do homem é traído” (Mt 26. 24). Observe que Jesus não jogou a culpa da traição no diabo, embora soubesse que ele estava por trás de tudo (Jo 14. 30).
Quando Adão pecou, embora a serpente foi a primeira a sugerir o pecado, Deus inquiriu dele o porquê não lhe obedeceu (Gn 3. 17). Quando Caim o primogênito do primeiro casal matou seu irmão, a pergunta de Deus a ele foi: “Que fizestes?” (mesmo sendo Satanás quem estava nos bastidores) – Gn 4.10.

Faraó como vaso para o mal: Embora Deus houvesse declarado que escolheu a Faraó para vaso de sua ira, isso não significa que Faraó nasceu predestinado para o mal. A mesma Bíblia que diz sobre Deus usar alguns para vaso do mal, também afirma que ele pode fazer de tais vasos, vasos de honra (Rm 9. 16, 17; Neste texto depreendemos que Deus usa os vasos para ira, e para honra. Mas quanto aos vasos para ira, o apóstolo diz “que ele, com muita paciência, suportou” – Rm 9. 22.

Deus tem uma medida para cada pessoa – Ele disse a Abrão que quando chegasse a medida dos amorreus, então entregaria Canaã aos seus descendentes (Gn 15.16). 

Como não se tornar um Judas: Vigiando, orando, e guardando a Palavra de Deus em nosso coração são os meios de não trairmos a Cristo, por atos ou por palavras ((Mt 26.41; Sl 119. 11). Vivendo uma vida regrada por tais orientações espirituais, o Espírito Santo se apossará de nós e não haverá lugar para as investidas do Maligno, pois o Espírito de Deus nos revestirá com as  suas maravilhosas armaduras, as quais estudaremos na lição seguinte (Ef 6.10 ss).



Por Leila Castanha



sexta-feira, 30 de outubro de 2015

COMENTÁRIO ADICIONAL - LIÇÃO 5 - CPAD

CAIM ERA DO MALIGNO



Significado da palavra Gênesis: (grego) “Começo”.

O que trata o livro de Gênesis: É o livro que narra o começo de todas as coisas: da origem da raça humana (2.7,18-21), do trabalho (2,15), do pecado (3), da família (4), da bigamia (4.19), das cidades, da música (4.21).

Quem era Caim e Abel - Caim era o filho mais velho do primeiro casal, e Abel era seu irmão. Outro irmão deles que a Bíblia cita o nome é Sete, mas este só nasceu após o assassinato de Abel (Gn 4.25). Caim tornou-se lavrador, e seu irmão, Abel, era pastor de ovelhas.

Deus alertou a Caim que ele estava prestes a pecar, fazendo-lhe duas perguntas: Ao ver que Caim estava irado contra seu irmão, Deus lhe pergunta: 1º) Por que te irastes? Essa pergunta de Deus levava Caim a pensar nas suas motivações. Se parássemos para pensar no que motiva as nossas ações por certo não cometeríamos tantos pecados. No caso de Caim, a primeira coisa que ele perceberia era que sua ira estava direcionada à pessoa errada: Era Deus quem preferiu a oferta de Abel a dele. Seu irmão nada tinha a ver com isso. Caim sentiu inveja de Abel, mas se a reprovação de sua oferta veio da parte de Deus, sua ira era contra Deus, e não contra Abel.

2º) Se bem fizeres, não é certo que serás aceito? Nessa pergunta Deus estava fazendo Caim refletir em suas atitudes, ao invés de culpar o seu irmão. Em outras palavras, Deus estava dizendo a Caim: “Você está agindo mal, por isso não aceitei a tua oferta”, pois, se a sua pergunta era “Se bem fizeres”, significava que ele não estava agindo bem.

Deus alertou Caim do pecado iminente (que estava pronto a acontecer), e deu-lhe a receita de como vencê-lo: “Se não agires bem, o pecado está à porta, e sobre ti será o seu desejo (do pecado), mas sobre ele deves dominar”. Duas coisas importantes retiramos dessa advertência de Deus a Caim:

1ª) Quando a pessoa age de maneira contrária a vontade divina ele vai em direção ao pecado. Por isso Deus, incansavelmente, alertava Israel a não desobedecê-lo, pois a consequência seria pecado, isto é, “errariam o alvo” que é a santificação (separação das coisas que desagradam a ele, chamada de pecado) – Hb 12.14.

2ª) Podemos dominar nosso desejo de pecar: Tiago (4.7) afirma também esta verdade, ao mesmo tempo em que dá a receita para resisti-lo: “Sujeitai-vos, pois a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós”. Primeiramente, devemos nos sujeitar a Deus (obedecê-lo), foi aí que Caim errou feio. Deus havia lhe alertado, e mesmo assim ele foi arrogante e não ouviu a voz de Deus que lhe dizia para agir de forma correta (voltasse atrás), e ele aceitaria sua oferta. Ao não sujeitar-se a Deus o diabo encontrou campo livre para levar Caim a cometer o primeiro assassinato.  
Ao agir sob a influência da ira, Caim deu lugar ao diabo (Efésios 4.27). Assim como todo aquele que pratica o que agrada ao Adversário está dando lugar a ele (vv. 28,29).
No entanto, é importante frisarmos que, para resistir o diabo temos que, primeiramente, sujeitar-nos a Deus, pois é com ele que podemos vencê-lo (Tg 4.7).

Desde a queda de Adão e Eva o ser humano é tentado a pecar- Não nos esqueçamos de que os filhos do primeiro casal nasceram após eles haverem pecado, ou seja, já nasceram sob a influência do pecado, assim como todo o restante da raça humana (Sl 51.5).
Em 1 Co 10.13, encontramos a afirmação de que toda tentação é de procedência humana, mas Deus não nos deixa ser tentados acima do que podemos. Desde que Adão e Eva pecaram, a tentação a pecar passou a fazer parte do ser humano, e não havia problema em Caim estar irado, o problema estava na motivação dessa ira, e ainda mais, no fato dele agir sob a sua influência. Irar-se faz parte do ser humano, no entanto, somos alertados a não agir com ira – Ef 4.26. O próprio Deus se ira todos os dias (Sl 7.11), se ira porque é justo e não aceita injustiças, no entanto, em Lamentações 3.22,23 lemos que Deus age conosco com misericórdia, renovando-a a cada dia, e por isso não nos destrói. O apóstolo Paulo advertiu aos irmãos de Colossos, dizendo-lhes  que deveriam se revestir como eleitos de Deus, com entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão e longanimidade (paciência para suportar grandes ofensas). “Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, assim como Cristo vos perdoou” (Cl 3.12,13). Se não fizermos isso também nos tornaremos homicidas de nossos irmãos (por atos – literalmente- ou por palavras).
Somos alertados pela Bíblia de que aquele que não agir com misericórdia não pode esperar a misericórdia de Deus (Tg 2.13).

Deus deu chance a Caim de arrepender-se: Após ter cometido o crime contra seu irmão, Deus perguntou-lhe: “Onde está teu irmão?”. É claro que Deus sabia, no entanto, essa pergunta foi a porta que Deus abriu para Caim confessar-lhe, arrependido. Em Pv 28.13 observamos que, ainda na época do Antigo Testamento, era sabido pelos israelitas que a obtenção do perdão estava na confissão deles.
O mesmo Deus fez quando Adão pecou. Ao pecar o homem se escondeu porque viu que estava nu, embora Deus soubesse onde ele estava, porque ele é onisciente (sabe de tudo), ao chegar no Jardim, onde passeava pela viração do dia, Deus perguntou: “Adão, onde estás? E Adão respondeu-lhe: “Ouvi a tua voz soar no jardim e me escondi, porque estava nu”. E Deus insistiu: “Quem te mostrou que estavas nu? Comeste da árvore que eu te ordenei  não comeres?”.  Ao invés de confessar o seu pecado Adão culpou a sua mulher.
Embora Eva ofereceu o fruto proibido, Deus deixou claro que deu a ordem a Adão (leia Gn 2.16, 17).  Deus disse ao homem (a Adão), logo, requereu dele a ação do pecado, embora ele castigou todos os envolvidos. O mesmo fez Moisés com Arão quando, em sua ausência, permitiu o desejo do povo de fazer um bezerro. Embora Arão explicasse que foi o povo quem pedira, a pergunta de Moisés a ele foi esta: “Por que trouxestes sobre esse povo tamanho mal?”. Ele era o líder, e a ele cabia o permitir ou negar o pedido do povo (Ex 32. 19-21).

Por que Deus rejeitou a oferta de Caim? Primeiramente, devemos observar como foi dada a oferta de Abel, da qual Deus agradou-se. O escritor aos Hebreus (11.4) afirma que ela foi oferecida a Deus pela fé, ou seja, Abel cria em Deus, e em seus atributos, e ofertou-lhe de forma racional (sabendo a quem e o porquê o fazia). O mesmo escritor afirma (11.6) que “sem fé é impossível agradar-Lhe”.  João narra (1 Jo 3.12) que os dois irmãos tinham caráter diferentes (as obras de Caim eram más, e a de Abel justas).
O problema da rejeição de Deus não estava na oferta (Caim trouxe do melhor), mas no ofertante (o modo pelo qual ele ofertava a Deus).  A oferta dele era desprovida de sinceridade. Era algo ritualístico, desprovido de razão, sem propósito. Deus não aceita rituais vazios de significado. Tudo o que ordenava tinha um por que, por isso ele reprovou o culto dos israelitas, e em Isaías 1 ele repreende-os dizendo: “Quem vos pediu para fazer isso?” (v. 12), e em seguida disse-lhes o que ele pretendia do culto que ordenou (13-18). Paulo também exorta a Igreja a oferecer a Deus um culto (adoração) racional (com a razão), e não apenas ritualístico (Rm 12.1). Leia Isaias 29.11.
 Deus olha para o coração, e não para a aparência (1Sm 16.7), e o  coração de Caim era mau. Devemos ter cuidado com aquilo que deixamos entrar em nosso coração, pois dele procedem as boas e as más ações (Mt 12.35; Mc 7.21-23). Por isso o sábio Salomão adverte que de tudo o que devemos guardar, precisamos priorizar a guarda do nosso coração (Pv 4.23), e o salmista disse que, para não pecar contra Deus, escondeu a Palavra do Senhor no seu coração (Sl 119.11) , afinal,  se é de lá que saem todas as ações do homem, então do coração do salmista havia de sair somente coisas boas. Louvado seja Deus!

A inveja foi a mola propulsora para o crime: “E falou Caim com Abel, seu irmão”: Não sabemos que tipo de conversa era essa, se houve discussão, ou se teve briga entre os irmãos. O que sabemos é que após o primeiro assassinato até hoje as brigas nas famílias ainda existem, e em muitos casos, terminam em tragédia. Não houve um diálogo, inicialmente, mas um monólogo “Caim falou”, nada se diz a respeito da resposta de Abel. Parece que Caim era o tipo de pessoa de gênio explosivo, pessoas estas que tem dificuldade para ouvir, e esse tem sido o motivo de muitas desgraças, inclusive dentro da família (Pv 19.2; 14.29; 18.13).
A inveja foi a mola propulsora dessa tragédia humana:  Caim se irou porque Deus gostou da oferta do irmão, e não da dele. Caim abrigava em seu coração as obras da carne, dentre as quais está a inveja, e esse sentimento fê-lo agir de forma trágica contra seu irmão (Gl 5. 19-21). Ao lermos esse texto com cuidado, e compararmos com a atitude de Caim,  observaremos nele muitas obras da carne citadas pelo apóstolo Paulo.
Até hoje a inveja continua matando, de forma literal ou não.  Uma das armas mais comuns utilizadas para matar pessoas são as palavras. Tiago (3.1.5,6) diz que a língua é um pequeno membro, mas pode causar grande destruição, assim como uma faísca (um pequeno fogo) é capaz de incendiar uma grande floresta. E essa é a maneira que muitos se utilizam para ferir, e matar o próximo: denigrem a imagem do outro, ou lhe dizem atrocidades, em nome da sinceridade, quando, na realidade, ser sincero nada tem a ver com ser ignorante. O apóstolo Paulo tinha muita preocupação em esclarecer isso de forma que, em Colossenses 4.6, ele admoesta os irmãos a falar de forma polida – “A vossa palavra seja sempre agradável”. Também os exorta a não usarem palavras torpes (imorais, indecorosas, que ofendem). Da mesma forma o apóstolo adverte aos irmãos da Galácia a terem cuidado para não permitir ações da carne entre eles, de forma a viverem “mordendo-se” e “devorando-se” uns aos outros, e dentre as obras da carne Paulo inclui a inveja (Gl 5.13-16).
Os coríntios estavam enfrentando o mesmo problema: cobiçavam os cargos uns dos outros, de forma que o apóstolo Paulo teve de explicar-lhes que assim como o corpo, cada um tem um dom, e todos não podem executar as mesmas coisas, senão a Igreja seria imperfeita, como o corpo, se só tivesse um membro (1 Co 12).
A inveja levou Caim a matar seu irmão, porque o julgou como sendo o preferido de Deus. Da mesma forma aconteceu com José, que foi vendido por causa da inveja de seus irmãos. Quantos irmãos nós não temos matado com nossas línguas ferinas, ou com atitudes ásperas, por causa da nossa inveja?

Ao tratar sobre o sentimento de inveja Tiago (4) diz:
1º) Ela procede do pecado (o desejo do homem natural) – v. 1;
2º) A inveja e a cobiça contra os outros só existe porque os irmãos cobiçam, mas não pedem a quem pode dar – v. 2;
3º) Por outro lado, alguns pedem, mas pedem errado, para gastar com coisas que não agradam a Deus – v.3, 4;

Em seguida ele dá a receita para se receber o que se deseja (vv 8-11):
1º) Sujeitar-se a Deus (obedecer );
2º) Resistir ao Diabo;
3º) Chegar-se a Deus (voltar para ele);
4º) Purificar-se (santificar-se);
5º) Parar de ficar entre dois caminhos (escolher a Deus e ponto);
6º) Arrepender-se dos pecados;
7º) Humilhar-se a Deus;
8º) Não julgar os outros.

Como a Terra foi populada? Ao pecar Caim tornou-se peregrino na Terra, pois sendo agricultor dependia da terra, e esta não lhe produzia e viveria fugido, embora Deus  colocou nele um sinal para que ninguém o matasse  (Gn 4.12-16). A ordem de Deus ao primeiro casal era que se multiplicasse e povoasse a Terra (Gn 1.28). O assassinato de Abel ocorreu 130 depois de o homem ser criado. Também não devemos nos esquecer de que Adão viveu 930 anos (Gn 5.5), e nasceram-lhe filhos e filhas. Como na genealogia bíblica as mulheres não eram contadas, não se sabe quantas filhas ele teve, mas é certo que a primeira população do mundo foi gerada entre irmãos. Abraão também casou-se com sua irmã Sara (Gn 20.12). Essa prática só foi proibida anos mais tarde (Lv 18.6), no entanto, outros povos continuaram praticando o casamento entre irmãos (Lv 18.11, 24).
Deus marcou Caim com um sinal, ou deu-lhe um sinal para que ninguém vingasse a Abel, porque a vingança pertence a Deus, e não ao homem. A este a ordem é para não julgar ninguém, porque todos nós somos merecedores de castigo, porque todos nós pecamos (Rm 12.19; Mt 7.1).

Conclusão: Caim e Abel eram filhos dos mesmos pais, viviam no mesmo Paraíso, tinham recebido os mesmos princípios, no entanto, ambos tinham caráter diferente. O coração de Caim era mau, e ele recusou  dar ouvido à admoestação de Deus e sua arrogância culminou no assassinato do próprio irmão. Ele foi punido, e de sua descendência nasceram assassino, bígamo, e outras pessoas voltadas ao pecado que até  hoje empesta a humanidade (Leia Gn 4). Aprendemos dessa lição que Deus espera que confessemos os nossos pecados (1 Jo 1.9), e que podemos resistir a tentação de pecar. Também podemos observar que não matamos apenas por atos, mas também por palavras. Que Deus nos ajude a ser santos, pois sem a santificação ninguém o verá, conforme já lemos acima.



*Cohen, Armando Chaves. GENÊSIS - Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 1981.


Por Leila Castanha



sábado, 24 de outubro de 2015

COMENTÁRIO ADICIONAL - LIÇÃO 4 - (4º TRIMESTRE/2015)

O EXERCÍCIO DA MISERICÓRDIA MANIFESTA A GRAÇA DE DEUS



Diferença entre graça e misericóridia: Graça= favor imerecido; misericórdia= ato de compaixão, piedade.

Graça é o ato de Deus  nos dar o que não merecemos; Misericórdia é o ato de Deus não nos dar o que  merecemos.

Cânon= É uma palavra grega que significa régua. O objeto de medida dos antigos era uma cana, e como os livros bíblicos tinham de ter uma determinada regra, ou seja, sua autenticidade era “medida” de acordo com alguns padrões , ao conjunto de  livros aprovados deu-se o nome de Cânon.  Assim, o cânon sagrado é o conjunto de livros reconhecidos como inspirados (aprovados).

Conhecendo os personagens: O texto desta lição trata de três personagens: O apóstolo Paulo, autor da carta; Filemon, o destinatário, e o escravo de Filemon, Onésimo, motivo da carta.
Filemon era um homem rico, que tinha escravos, e um dos escravos, Onésimo, furtou algo de valor que lhe pertencia, e fugiu. Provavelmente ele foi preso, pois conheceu Paulo na prisão, enquanto este estava encarcerado por pregar a Jesus, pregação esta considerada blasfêmia para os judeus.

Observação: Blasfêmia é qualquer palavra ou expressão que ofende à divindade, ou àquilo que se tem por sagrado.

Onésimo se converteu na prisão: Durante o tempo em que passou preso, através do apóstolo Paulo, o escravo Onésimo tornou-se cristão. Isso implica em que ele foi ensinado pelo mestre dos gentios a não mais furtar (Ef 4. 22-24, 28).
Quem era Filemom: Um cristão que tinha bom testemunho da Igreja (5-7); Havia parte da Igreja que se reunia em sua casa, pois naquele tempo era comum a Igreja reunir-se nas casas dos irmãos (Fm 1.2; Rm 16.5, 23; 1 Co 16.19). Provavelmente a Igreja que se reunia em sua residência fosse uma das congregações de Colossos (Cl 4.9, 15). Filemom era Companheiro de Paulo (17); Era um excelente cooperador, um homem com quem o apóstolo Paulo podia contar sempre (8, 9, 21).

Filemom e a Igreja de Colossos: Parece haver uma ligação entre Filemom e os irmãos colossenses. Vejamos:
1- Os autores são os mesmos (Cl 1.1; Fm 1)
2- Epafras, Aristarco, Marcos e Lucas, dentre os que estavam presos com Paulo, foram citado na saudação aos colossenses (Cl4. 10-12; Fm 23,24);
3- Tíquico foi enviado junto com Onésimo para apresentá-lo a Igreja, por meio da carta do apóstolo (Cl 4.7-9).
4- Note a preocupação de Paulo em ensinar que os senhores devem ser justos com os seus servos, lembrando-se que também são servos de Cristo (Cl 1.1).

Paulo era sábio: Esta carta é um rio de sabedoria, mediada por estratégia e diplomacia. Paulo tinha um grande problema em mãos:
a) Segundo a lei romana, o escravo fujão tinha dono: Pertencia, legalmente, a Filomom, logo, não era correto Paulo tomá-lo para si, mesmo que para protegê-lo.
b) Seria uma afronta para seu cooperador se Paulo não entregasse o seu escravo, pois desrespeitaria a autoridade dele diante do servo;
c) Segundo a lei, o dono podia infligir severo castigo ao escravo rebelde, mas Paulo sabia que isso não condizia com os ensinamentos de Cristo, que diziam para perdoar os que nos ofendem, e ele mesmo ensinou isso à Igreja, que, provavelmente se reunia  ou já se reuniu em sua casa   (Cl 3.13).

A estratégia de Paulo:
A-Ele envia o escravo com uma carta para o seu dono;
B- Envia, juntamente Tíquico com outra carta para a Igreja, onde também apresenta Onésimo como um dos seus cooperadores;
C-Ele começa a carta evidenciando as virtudes de Filemom que o faz ser reconhecido como cristão pela Igreja, e, particularmente, por ele mesmo (5-10).
D- Começa a carta enaltecendo Filemom, seu amor que tem abençoado a muitos irmãos, e com isso vai preparando  o terreno para falar de Onésimo.
E- Coloca Onésimo como seu filho na fé, não como escravo de Filemom (peço por meu filho Onésimo, que gerei nas minhas prisões (ele agora é um cristão)) Deixa evidente que o próprio Filemom lhe deve respeito porque também é seu pai na fé (8-10,19).
F-Deixa claro a Filemom que tem ciência de que, antes, ele não tinha valor algum para ele (era um escravo que o roubou), que ele estava errado (v 11, 18), mas mostra que ele está mudado (Cl4.9).
G- Deixa evidente de que está ciente que o escravo lhe pertence; Depois usa uma tática formidável: Ele poderia até me servir em teu lugar (teu escravo, servindo a Deus, em teu lugar (sempre liga o escravo ao dono).
H- Ao falar do erro de Onésimo ele escolhe bem as palavras: ao invés de dizer “fugido por algum tempo”, ele diz “separado por algum tempo” ( v 15).
I- Humilha-se ao interceder por Onésimo. Ao invés de impor, humilha-se: Mesmo sabendo que, em Cristo, posso te mandar o que convém (Paulo era o pai na fé de Filemon, e podia exigir dele, como cristão, a perdoar Onésimo), no entanto, ao invés de dizer "ordeno-te", ele usa a expressão  “peço-te”; Sou Paulo o velho, e agora, prisioneiro de Cristo (8-10)
J – Esclarece que apesar de Onésimo ter-lhe sido muito útil, deixa a decisão para Filemom  permitir-lhe  ter o seu escravo como seu cooperador.
K- Mostra o outro lado da moeda (15,16), o fato do escravo ter feito o que fez resultou em bênção, pois, depois de ter cometido o ato errado, Onésimo conheceu a Jesus e foi transformado, tornando-se, não apenas seu escravo, mas seu irmão e cooperador.
L-Termina a carta pedindo a Filemom que lhe prepare pousada para quando for solto (ou seja, ele iria, pessoalmente, ver como estava o escravo).

O apóstolo Paulo sempre teve preocupação com as palavras: Cl 4.6; Ef 4.29.

Paulo esclarece à Igreja que as leis humanas não podem sobrepujar a divina: Cl 2.12-15; 3. 9-14.  

A escravatura e o cristianismo: Segundo S.E.McNair (A Bíblia Explicada), esta epístola tem sido usada para justificar a escravatura, no entanto, indaga ele, “a escravatura continuaria se os versículos 16, 17 fossem postos em prática?”.

O exercício da misericórdia: Um dos fruto do Espírito é a longanimidade. Longanimidade significa "paciência para suportar grandes ofensas". O cristão é convocado a perdoar, pois, de acordo com a oração de Jesus, somos perdoados a medida que perdoamos (Mt 6.12, 14,15); "O juízo será sem misericórdia para os que não exercem misericórdia". (Tg 2.13).

Analogia da redenção: Paulo tipifica Cristo, que resgata o homem mesmo das prisões do pecado e serve de intercessor entre o homem e Deus (1 Tm 2.5). O homem sempre pertenceu a Deu, o pecado o fez afastar-se dele (Is 59.2). Paulo se propôs a pagar a dívida de Onésimo para que Filemon o tratasse com misericórdia, e para garantir isso envia-lhe com uma carta onde Paulo lhe admoesta a dá-lhe nova chance (Cl 2.14). Agora Onésimo volta para seu dono não como escravo, mas com honra (“Receba-o como a mim mesmo – 17), da mesma forma somos co-herdeiros com Cristo (Rm 8.17). Paulo não pede nada em troca, assim como Cristo nos deu a salvação pela graça (Ef 2.8).


Por Leila Castanha


sexta-feira, 23 de outubro de 2015

JOGRAL PARA DIA DE NATAL

O PRESENTE QUE JESUS QUER



1º Personagem:
Hoje comemora-se o dia de Natal. Este dia nos recorda o nascimento de Jesus Cristo. Algumas pessoas comemoram o Natal com pratos diferentes e diversas bebidas. Outros comemoram-no enfeitando suas casas com uma linda árvore, e depositam nela os seus presentes.

2º Personagem:
E, certamente, você também tem sua maneira de comemorar esse dia tão especial. Porém, junto com as emoções do Natal,  existe uma conhecida indagação: "O que daremos para Jesus neste dia?"
Alguns acham que seu esforço para angariar riquezas é o que agradaria a Jesus,no entanto, isso é um engano, já que ele é  dono do ouro e da prata.

3º Personagem:
Todavia, a Bíblia  mostra, qual é o presente que Jesus sempre se agrada de ganhar de nós, seres humanos.  Em Provérbios 23.26, o sábio Salomão, declara a vontade de Deus, dizendo: "Filho meu, dá-me o teu coração". Eis aí o presente que Jesus quer: o teu coração, ou seja, a tua vida.

1º Personagem:
Mesmo que você pense que a sua vida não tem valor nenhum, ainda assim ele a deseja, pois aquilo que precisa ser consertado ele pode fazê-lo, pois o próprio Jesus afirmou certa vez: "Certas coisas podem ser difíceis para o homem, mas para Deus, todas as coisas são possíveis". 

2º Personagem:
Por isso, caro amigo. Dê o teu coração a Jesus como um valioso presente de Natal, nesse memorável dia!

3º Personagem:
E no final, é você quem será presenteado, pois quando Cristo entra no coração do homem ele o enche de paz e de alegria. Entrega o teu caminho ao Senhor, e tenha, de fato, um Feliz Natal!


O coro canta um hino (dica: Hino 481 da HC)

(Para ver mais poesias, peças e jograis sobre Natal clique aqui)



POESIA DE NATAL

FELIZ NATAL



Nosso lar é como o porto
Onde se pode abrigar,
com o calor e o conforto
das intempéries do mar

Na estrada que se palmilha,
como infinito tesouro,
nosso lar, nossa família,
são filigramas, são ouro,

Por fazer  mais estimar
de forma toda especial, 
amigos, família e lar,
bendito seja o natal!

Porque Jesus  nos visita, 
com sua graça divinal,
seja a família bendita
e a todos: Feliz Natal!


Autoria: Vera Marques

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

COMENTÁRIO DA LIÇÃO Nº 4 - REVISTA CPAD - 4º TRIMESTRE/2015

A QUEDA DA RAÇA HUMANA



A ATITUDE DE DEUS EM RELAÇÃO AO PECADO
Ao tratarmos  sobre o pecado original (na sua origem) devemos entender que Deus não foi pego de surpresa, mas ele já tinha um plano para resgatar o homem, antes mesmo dos nossos primeiros  pais pecarem (Gn 3.15; Rm 8.28-30; Ef 14-7; 2 Ts 2.13; 2 Tm 1.9,10;  Ap 13.8).

O LUGAR ONDE MORAVA O PRIMEIRO CASAL
Deus havia colocado suas primeiras criaturas num lugar maravilhoso, em um Paraíso. Havia um rio que nascia no Éden e o regava, e se dividia em quatro braços. Além de sua exuberante beleza essa região era riquíssima, abundante em ouro (Gn 2.11,12).

*Observação: Éden no hb significa deleite, e segundo a tradução da Septuaginta, paraíso.

A MISSÃO DE ADÃO NO ÉDEN
Diferente do que alguns ensinam sobre o trabalho, desde o início Deus dera ao homem tarefas para executar. O trabalho em si não é uma maldição de Deus, mas quando o casal pecou Deus amaldiçoou a terra de maneira que ela produziria espinhos e cardos (planta considerada praga das lavouras) para dificultar o trabalho do homem (Gn 3.17-19; Rm 8.20,21).
Desde o princípio o homem foi dotado de capacidade para trabalhar, para que pelo seu trabalho pudesse criar e preservar (Ex31.1-11). O que diferencia o ser humano dos outros animais é a sua capacidade de organização (reorganização) por meio do trabalho.Ao invés de seguirmos os instintos, como os outros animais, somos capazes de criar, de modificar o mundo a nossa volta, e o veículo que nos leva a esta criação é o trabalho.
O próprio Deus trabalha (Jo 5.17). Neemias também entendia que, embora fosse a vontade de Deus que os muros de Jerusalém fossem reconstruídos, era necessário pôr mãos à obra, de maneira que orou: “Agora, pois, ó Deus, fortalece as minhas mãos” (Nee 6.9).
Antes do homem pecar Deus havia deixado o Jardim do Éden sob os cuidados de Adão para lavrar e guardá-lo.
O sábio Salomão também falou bem do ato de trabalhar (Ec 2.24).

A MISSÃO DO SER HUMANO HOJE
A atitude de Deus em relação ao homem e o trabalho não é diferente da época de Adão e Eva. Deus capacita o ser humano e ordena que ele aja. Ele faz a sua obra usando cooperadores humanos (1 Co 3.9). A lei da semeadura é um exemplo claro disso: “Aquilo que o homem semear, isto também ceifará” (Gl 6.7) . Salomão adverte aos preguiçosos a aprender com a formiga, e indica a atitude do pequeno animal como sábia (Pv 6.6).
Na vida espiritual, que está totalmente associada com a natural, pois devemos servir a Deus com nosso corpo, alma e espírito (1 Ts 5.23), a Bíblia nos instrui que as virtudes cristãs devem ser buscadas, ou seja, exige-se trabalho para cumprir-se a vontade de Deus (Mt 11.12; Lc 13.24; Hb 12.14). Ociosidade não é qualidade de quem serve a Deus  (Mq 2.10).

O PRIMEIRO CASAL FOI VÍTIMA DA CONCUPISCÊNCIA DA CARNE, DOS OLHOS, E DA SOBERBA DA VIDA (1 Jo 2.16):

A CONCUPISCÊNCIA DA CARNE: Concupiscência é um desejo carnal desenfreado, cobiça. Em Gn 3.6 a lemos: “E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer”. O seu apetite falou mais alto do que a sua razão. Eva sabia que pagaria um alto preço se desobedecesse a Deus, no entanto não resistiu a tentação ao ver aquela árvore “boa para comer” . O problema daquele casal foi o fato de dar mais  ouvidos  ao Diabo do que a Deus. Deus utilizou a razão deles ao lhes dar a ordem, o Diabo, no entanto, usou os seus instintos. O Inimigo é covarde, ele usa artimanhas  e estratégias para nos induzir ao erro, e entre elas está o torcer a Palavra de Deus. Ele é tão astuto que conseguiu fazer Eva também alterar a ordem divina, pois ao ser indagada sobre o que Deus lhe falara ela disse: “Do fruto das árvores que estão no meio do jardim comeremos, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis, nem tocareis nela.” (Compare com Gn 2.17). A mentira é de procedência maligna, não importa quão ingênua pareça (Mt 5.37).

Observação: Conversar com demônios, mandando-os se manifestar, é antibíblico. A Bíblia diz que o diabo é mentiroso e pai da mentira, de maneira que não há verdade nele (Jo 8.44).  O apóstolo Paulo diz que o diabo é astuto (2 Co 2. 10,11; 11.14).

A CONCUPISCÊNCIA DOS OLHOS: Gn 3. 6 a: “E viu a mulher que aquela árvore era boa, e agradável aos olhos”. Segundo a Bíblia, nossos olhos são a candeia do corpo, se forem bons todo o corpo é bom, mas se forem maus, todo o corpo será corrompido (Mt 6. 22,23). Para Jesus o fato de um homem olhar para uma mulher e cobiçá-la sexualmente,  já implicaria em adultério, pois o ato em si começa pela cobiça dos olhos (Mt 5.27-29).  Nossos olhos são tão perigosos para nos levar ao pecado que o escritor aos hebreus recomenda que para não nos embaraçarmos com as coisas dessa vida devemos fixar os nossos olhos em Jesus (Hb 12. 1,2).

A SOBERBA DA VIDA:  Gn 3. 6 a: “E viu a mulher que aquela árvore era desejável para dar entendimento”. A serpente despertou o interesse do casal ao prometer-lhes que se comessem do fruto proibido seriam iguais a Deus. O orgulho ou soberba é ainda hoje o meio utilizado por ele para derrotar muitos cristãos. O ser humano gosta de ser exaltado, e Jesus sabendo disso ensinou o seguinte: “Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração” (Mt 11.28). No sermão do monte ele ensinou a mesma verdade: “Bem-aventurado os pobres de espírito...” (Mt 5.3). No Salmo 51. 17, o salmista  mostra o tipo de pessoa que toca o coração de Deus (aquele que tem um coração quebrantado e um espírito contrito), ou seja,  o salmista “desenha” a figura de uma pessoa humilde de coração.

*Pequena Enciclopédia Bíblica, Armando Chaves Cohen

Por Leila Castanha







POESIA DE NATAL

NATAL DA REDENÇÃO

imagem extraída de https://www.ftsa.edu.br/


Badalo do sino a tocar
Prenunciando o Natal.
O menino Jesus nasceu
Na terra  a luz fulgurar.

Em mim nasceu a esperança
De um novo dia raiar
Cheio de paz e amor
Salvação veio nos dar.

Jesus Cristo veio ao mundo
Numa manjedoura tão simples
O menino de Belém
De humildade cobriu-se.

Natal do grande e do pequeno
Não tem raça, etnia,nem religião
Veio a este mundo o Deus Trino
Trazer-nos a libertação.

Natal cheio de luz...
De vozes uníssonas a cantar
Enaltecendo o menino rei
Paz ao mundo veio ofertar


Autoria: Liliane Castanha

(Extraído do blog "Multíplice Ser")

terça-feira, 20 de outubro de 2015

POESIA DE NATAL

FELIZ NATAL



Foi em Belém, naquele dia,
Que uma estrela apareceu
Que, em cumprimento à profecia,
Jesus nasceu!

Tudo era tão viva poesia,
E anjos cantavam pelo céu,
Como a dizer com alegria:
Jesus nasceu!

E ele, na pobre estrebaria,
Olhando em torno o povo seu,
Qual novo sol resplandecia!
Jesus nasceu!

Feliz natal o desse dia,
Quando uma estrela apareceu
E disse ao mundo, entre alegria:
Jesus nasceu!

Autoria: Jonathas Braga