Texto para
leitura: Gl
6.2; Hb 13.3; Fl 2.3-8; Jo 13.34,35
Objetivo: Expor as realidades que
pressupõem um sentimento de inveja e seus males contra a vítima e o invejoso. Compreender a inveja como um
reflexo de baixa autoestima.
Material: Conto “Cinderela”, Bíblia, figuras sobre o conto.
Conte a estória de Cinderela. Pontue aos alunos que ela era uma
menina meiga, boa e vivia feliz com o pai. Fale sobre o novo casamento do pai,
de modo a lhes incutir na mente que a separação e a viuvez dele não era culpa de
Cinderela, assim como a separação dos pais não é culpa da criança (trabalhe bem
esse tema - leia o que puder para ter um bom argumento, pois as crianças são
muito espertas). Ainda nesse tópico fale sobre o erro de se achar que toda
madrasta ou padrasto são maus, ensine-lhes que, embora algumas pessoas sejam más,
há muita gente boa, inclusive madrastas e padrastos muito amáveis.
Explique-lhes que o ponto central desse conto não é falar mal de
madrastas, mas apontar um comportamento humano muito feio: a inveja (pergunte-lhes
se sabem explicar o que é inveja – provavelmente darão exemplos de atitudes de
inveja, reconheça como resposta correta).
Esclareça-lhes que a inveja da madrasta era porque ela achava
Cinderela mais bonita do que ela e suas filhas. Pergunte-lhes se conhecem algum
exemplo de alguém que sofreu por causa de inveja. Leve a questão para o outro lado: fale um pouco
sobre pessoas que gostam de humilhar o outro porque se sentem inferiores (deixe-os falar o que pensam a respeito
de tais atitudes).
Fale sobre o que é baixa autoestima, explique-lhes que a inveja leva as pessoas a se sentirem mal com o que os outros possuem, porque o invejoso vive se comparando aos demais.
Explique-lhes o que é inveja. Faça bastante separação entre inveja
e desejo, pois a primeira quer o que o outro tem por uma concorrência. Se
ninguém ligasse para aquilo que é alvo da inveja de alguém, não haveria, na
cabeça do invejoso, motivo para querê-lo. O invejoso é sempre um competidor que
quer sempre ter mais do que o outro. Isso faz a vítima da inveja sofrer, e também o próprio invejoso, que sempre se sente humilhado e infeliz.
Depois de dar-lhes um momento para refletirem sobre as implicações
referentes ao conto, leia Gl 5.16-24 e diga-lhes que a Bíblia chama a inveja de
“obras da carne”, que é o contrário do fruto do Espírito. Fale sobre o mal causado
pela inveja, citando o exemplo bíblico de Caim, que matou Abel, e o caso de José, que foi
vendido pelos próprios irmãos por esse motivo.
Leve-os a entender que podemos “matar” ou “vender” as pessoas de
uma maneira diferente. Matamos alguém quando agimos como se elas não existissem
para nós, e o invejoso pode desprezar as pessoas sem motivo algum, só porque se
sente incomodado em ver a alegria do outro ou por não aceitar que ela possua
algo que ele não tem.
“Vendemos” as pessoas quando damos mais valor às coisas materiais
do que a própria pessoa. Por exemplo: quando uma criança deixa de brincar com o
antigo amiguinho para poder ficar com outro colega que tem um jogo legal,
ela está trocando essa pessoa por algo que o seu dinheiro ou o do antigo amigo não
pode comprar. Isso também tem um nome: traição.
Explique-lhes que traição é a quebra de lealdade, de confiança, e que foi isso que Judas fez com Jesus: entregou-o em troca de uma soma
alta de dinheiro.
Deixe claro que o
problema do invejoso é que ele está sempre se comparando com os outros. Jesus
ensinou que devemos nos contentar com o que temos, ao invés de ficar pensando
em ter tudo (Cite textos como Jó 1.20; Rm 12.16; 1 Tm 6.7,8 etc).
Por fim, leia Fl 2. 3-8 e mostre-lhes que a inveja é um sentimento
contrário ao que o cristão deve ter, porque devemos amar o próximo como a nós mesmos e
desejar o melhor para ele. E isso o invejoso não consegue, pois sua
obsessão é conseguir o que o outro possui a qualquer custo, inclusive com o
sofrimento da pessoa que é vítima de sua inveja.
Leia Jo 13.34,35 e mostre-lhes que temos que amar a todos como
Jesus amou, isto é, ele deu o que possuía de mais importante, sua própria vida, ao invés de
pedir a nossa.
Assim devemos proceder: desejando ajudar o próximo com o que temos, mas jamais ficar de olho no que é dos outros, pois foi esse comportamento que fez da madrasta de Cinderela uma pessoa má.
Objetivo: Tratar sobre a confiança em Deus e nas pessoas em tempos de sofrimento. Fazer um link com o conto, que explicita a exploração doméstica, visando trabalhar esse aspecto, diferenciando exploração de obrigação. Abordar o tema exploração sexual infantil.
Material: Conto "Cinderela", Bíblia, figuras sobre a estória trabalhada e vídeos, desenhos ou fotos sobre exploração sexual infantil (por exemplo: a figura de menino e menina e sinalizadores de "pode" ou "não pode" tocar).
Conte a estória de Cinderela, chamando atenção aos maus tratos e exploração da madrasta em relação aos afazeres domésticos. Explique-lhes o que é exploração e o que não é (dê exemplos da ajuda que devem dar aos pais, como não exploração, mas obrigação). Pesquise sobre histórias de exploração infantil no contexto doméstico (Ouça essa história). Explique-lhes que para ser exploração, nem sempre tem que estar junto com maus tratos físicos, mas o sofrimento pode ser psicológico.
Deixe as crianças discutirem o assunto, mas é interessante que você conduza a discussão com perguntas, como por exemplo: você acha que Cinderela era explorada? Por quê? Qual a diferença do abuso sofrido por Cinderela e o que moça da história sofreu? O que você acha que Cinderela deveria fazer? E a moça da história? (E assim por diante), para que a discussão seja direcionada e organizada.
Após falar dessas coisas, leve as crianças ao texto bíblico do Sl 103.6, para lhes mostrar que Deus não concorda com o mal que as pessoas praticam e ele está do lado de quem sofre as injustiças. Conte-lhes histórias bíblicas como a de José do Egito que foi injustiçado, mas Deus o socorreu. Leia o Salmo 40.1 e fale sobre a providência divina para quem pede o socorro divino (em caso de comentarem sobre algum tipo de abuso, sofrido por elas ou por algum amiguinho, é importante fazer as crianças entenderem que isso é errado e que Deus não aprova essas atitudes).
Conte-lhes a história na qual os discípulos estavam tentando enxotar as crianças para não perturbarem Jesus (faça-lhes observar que os discípulos eram mais fortes porque eram adultos), mas Cristo os repreendeu dizendo: "Deixai vir a mim as criancinhas, e não as impeçais, porque das tais é o Reino dos Céus" - Mc 10.14. Reitere sempre o valor da criança para Deus e que ele não quer que ninguém as humilhe ou ignore seus sentimentos.
Depois, passe a lhes falar que há outros tipos de exploração, e, então, conte-lhes sobre a exploração sexual infantil (pergunte se alguém já ouviu falar sobre isso - é possível que sim, pois algumas escolas trabalham esse tema). Explique-lhes que pessoas más procuram as crianças porque elas são mais vulneráveis e precisam da proteção dos adultos, por isso, nunca devem sair sozinhas nem na companhia de alguém sem a permissão dos pais (mesmo com conhecidos).
Leia o Sl 43.1 para elas e as incentive a contar tudo para Deus e para os pais ou pessoas em quem confiam. Diga-lhes que Salomão, um homem que foi mais sábio do que todos os homens do mundo, escreveu em seu livro chamado Provérbios que existem amigos que são mais chegados do que um irmão (Pv. 18.24). Por isso, quando não confiamos em um parente, sempre tem alguém em quem podemos confiar, alguém que a gente sabe que nos quer muito bem. Fale a elas sobre o papel da Igreja em ajudar o outro com seus problemas (cite Gl 6.2-5; 1Jo 3.16-18).
Leve-as a compreender que a Igreja tem a missão dada por Jesus de ajudar a quem precisa e que estão em um ambiente seguro (claro que é importante auxiliá-los em sua ingenuidade, portanto, é fundamental lhes instruir que procure alguém em quem confiam, pois nem todos que se dizem cristãos o são de fato).
Explique-lhes que, apesar de Jesus ensinar a perdoar os que nos fazem mal, a Bíblia nos ensina que as autoridades foram eleitas para nos proteger, por isso precisamos denunciar para um adulto afim de que eles possam fazer o que é correto - Rm 13.1-6. Instrua-os a não temer as ameaças que essas pessoas más fazem, pois elas têm medo de que alguém descubra a coisa feia que estão fazendo, porque sabem que estão infringindo a lei, ou seja, desobedecendo a lei que protege as crianças.
Apresente-lhes o material que fala sobre os pontos do corpo que devem ou não devem ser tocados. Evite falar o nome das partes íntimas, visto que nem todas as igrejas estão prontas para uma abordagem mais direta. Para tanto, pode usar a palavra "aqui" ao se referir às partes íntimas. Veja o exemplo do vídeo 3 abaixo.
Observação: Se uma criança que estiver sofrendo abuso quiser contar tudo na frente das demais, com jeitinho, peça que ela espere um pouquinho para você contar o resto da história e diga-lhe que, assim que terminar a história, você a chamará para um lugar reservado onde ela poderá contar só para você.
Peça a Deus sabedoria do alto para você e o ministério onde você atua como professor de EBD, a fim de conduzir essa triste realidade de modo responsável. De nada adianta você adentrar nesse assunto e depois fazer como Tiago disse a respeito dos necessitados - dizer-lhes: "vá em paz", sem lhes providenciar o que precisam. Essas crianças precisam de proteção e cuidado psicológico e, claro, uma assistência espiritual madura e sábia.
Que Deus nos capacite a proteger os pequeninos.
Leila Castanha
2022
1. O vídeo abaixo ensina como fazer os bonecos e as bolinhas
Objetivo: Mostrar que somos todos iguais para Deus. Trabalhar o tema
"Bullying". Explicitar o que é empatia. Conceituar "maus
tratos".
Material: Bíblia, conto "O Patinho
Feio" e gravuras sobre o conto.
Conte
a estória do Patinho Feio. Depois leve as crianças a refletirem sobre as más
atitudes dos que desprezavam o patinho. Ajude-as a identificar as atitudes de
bullying explicitadas no texto (bullying é toda brincadeira que leva o outro ao
constrangimento e a sentir-se mal).
Explique que todos sabiam que aquelas
brincadeiras deixavam o Patinho triste, mas não respeitavam os sentimentos
dele. Leve as crianças a perceberem que os maus tratos, às vezes, começam dentro de
casa (dê exemplos de maus tratos, de modo que eles compreendam que não é só
coisas "terríveis" que são assim denominadas, mas tudo aquilo que faz
com que a pessoa se sinta humilhada e triste, por exemplo, referir-se a alguém dando-lhe apelidos constrangedores ou chamando-lhe por nomes feios, para
fazê-lo se sentir mal).
Oriente os pequeninos a pedirem ajuda a alguém de confiança, sempre que estiverem passando por qualquer
situação que as faça sofrer. Lembre a elas que Deus também está esperando
que cada um o procure para pedir ajuda (cite versículos como Jr 29, 13; Lc 11.9-13 etc.).
Diga-lhes que as pessoas que maltratam as outras não têm empatia (pergunte-lhes
se sabem o que é empatia. Caso não saibam, explique-lhes que empatia é a atitude de nos colocar no lugar do outro).
Após
discutirem um pouco sobre o conto, peça às crianças que abram a Bíblia em 1 Sm
16.7 (ajude os menos familiarizados com a Bíblia). Explique-lhes que, naquele
tempo, para assumir um lugar de destaque como o de um rei, era importante ser
um homem bonito e forte. No entanto, Deus escolheu um rapazinho, que, embora
fosse bonito, não se comparava aos seus irmãos pois, além de formosos, eram
treinados em guerra (leia 1 Sm 16.11,12).
Conte-lhes o desprezo dos irmãos de Davi quando ele foi levar mantimentos para eles (Leia 1 Sm 17.12-23 para
saber contar-lhes a história - não peça para as crianças ler tudo, textos grandes você leia em casa e cite para eles). Explique-lhes também que Davi era o caçula, e
naquela sociedade o comum era que o primogênito assumisse os melhores postos,
além de que Davi não tinha preparo em guerra, e isso era importante para um rei.
Deus
escolheu a Davi mesmo ele não tendo nada que a cultura de seu país exigia, para
mostrar que ele não se interessa por aparência física, afinal, foi Ele mesmo
quem criou todas as pessoas e lhes deu as aparências que possuem. Também não precisa ser rico para agradar-lhe, pois Deus não precisa de nada, visto que é dono de tudo que existe.
O
importante para Ele é que a pessoa tenha um coração bonito. Pergunte às
crianças: Você sabe o que significa ter um coração bonito? (Deixe-as responderem). Depois continue a narrativa, pedindo que leiam Mc 12. 30 a 33 - ou leia/narre para eles - e
lhes mostre que Jesus quer que amemos os outros da mesma maneira que amamos a
nós mesmos. Conclua com algumas perguntas, tais como: Vocês acham que os irmãos e amigos do Patinho Feio o amaram como a eles mesmos? Por quê? (permita que respondam). E o Patinho era um patinho feio mesmo? (a resposta deverá ser que ele era um lindo cisne). Pois bem, lembre-se que, para Deus, todos nós somos lindos como cisnes, mesmos que, às vezes, alguém tente nos fazer acreditar que não passamos de patinhos feios.
Leila Castanha
2022
No final da aula cante com eles a música da Ana Paula Valadão: "Aos olhos do Pai"