Materiais
em que a Bíblia foi escrita:
Originalmente foram dois,os principais: papiro e pergaminho.O papiro era
extraído da entrecasca de uma planta aquática que tinha esse nome. Seu uso teve
início no Egito cerca de 3000 *a.C. É mencionado na Bíblia, como por exemplo,
em Jó 8.11.
O pergaminho era pele de
animal, curtida e preparada para a escrita. É material superior ao papiro. Seu
uso generalizado teve início no século I da era cristã, apesar de já ser
conhecido antes. Seu nome vem da cidade de Pérgamo, na Ásia Menor, onde essa
indústria foi aperfeiçoada. É também mencionada na Bíblia, por exemplo em 2 Tm
4.13.
O papel dos tempos atuais é
de origem recente:século II *d.C.
Os
primeiros formatos da Bíblia: Foram dois: rolos e códices.
O rolo era mesmo um rolo feito de papiro ou pergaminho. Era preso a dois cabos
de madeira, para facilidade de manuseio. A largura ia a 30 cm. O comprimento
dependia do volume da escrita a ser feita. Cada livro da Bíblia constituía um
rolo separado. Naquele tempo ninguém podia conduzir a Bíblia como hoje. O que
torno possível foi a invenção do papel, datipografia
e o formato atual dos livros.
rolo
O códice é uma obra no
formato de um livrode grandes
proporções, feito de pergaminho, material com que surgiu. Suas folhas tinham em
média 65 m de largura.
códice ou códex
O
tipo de texto primitivo da Bíblia: Era manuscrito. Tudo era
feito pelos escribas de modo laborioso,
lento e onoroso. A multiplicação de cópias
com rapidez, e outras condições favoráveis , só teve início com o prelo, inventado em 1450, na Alemanha, por Johann
Gutenberg.
escriba
A
origem do nome “Bíblia”: Este
nome consta apenas na capa da Bíblia, mas não o vemos através do volume
sagrado. É de origem puramenteeclesiástica.
Foi primeiramente aplicada às Escrituras por João Crisóstomo. De398-404 d.C. O
vocábulo “Bíblia” significa etimologicamente “coleção de livros pequenos”, isto
porque os livros da Bíblia são pequenos,formando todos um volume não muito grande, como tão bem conhecemos.
A uma folha do papiro, os
gregos chamavam “biblos”; a um rolo pequeno de papiro chamava “bíblion”, cujo
plural é “bíblia”.
* a.C= antes de Cristo
* d.C-= depois de Cristo
(Texto extraído do livro “A
Bíblia: o livro, a história, a mensagem”, Antonio Gilberto).
SOTERIOLOGIA é a “ciência
teológica que se refere à salvação da humanidade, de sua redenção.” (Larousse
Cultural).
TEXTO DE REFERÊNCIA: “Ide por todo o
mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura. Quem crer e for batizado será
salvo, e quem não crer será condenado” Marcos 16.15,16.
ANTIGO E NOVO TESTAMENTO= Testamento significa pacto, aliança,
contrato. O Antigo Testamento é o antigo pacto de Deus com o povo de Israel
(Êxodo 19.3-6).
EVANGELHO= (grego) Significa boa nova, boa
notícia ou boa mensagem.
A MENSAGEM DO EVANGELHO é a Salvação da nossa
alma: Jesus morreu para que através do seu sacrifício o homem pudesse ser
religado a Deus (João 3.16-18).
RELIGIÃO é um termo que vem do latim
“Religare”, isto é, “Religar” ou “Ligar de novo”. No início da criação o homem
tinha comunhão com Deus - Gênesis 3.8.
O QUE É SALVAÇÃO? Significa livramento.
Outro termo usado pela Bíblia para falar sobre a salvação da humanidade é Remissão,
que significa “resgate”.
REMIR OU REDIMIR é o mesmo que
resgatar - Colossenses 1.14; Efésios 1.7.
DO QUE PRECISAMOS SER SALVOS? Do pecado - Isaias
59.1,2.
a.O que é pecado? no original significa
“errar o alvo”. Mas em palavras mais simples podemos dizer que pecado é tudo
aquilo que a pessoa faz desobedecendo a Deus, ou seja, pecado é “desobediência
às leis de Deus”.
b.Quem pecou?Todos - 3.23; Eclesiastes 7.20 COMO ACONTECE A NOSSA
SALVAÇÃO? Por
meio do sacrifício de Jesus.
a. Jesus se apresentou como homem - Fp
2.6-8 Ex.(As pessoas temiam a presença de Deus (Isaías –
Is 6.5; Maria Lc 1.29,30; Daniel (10.10-12); Gideão-
Jz 6.22.23; Deus disse para Moisés não se aproximar –
Ex3.1-5).
b.Somos comprados pelo sangue de Jesus - 1 Jo 1.7-9.
c.Somos justificados por Jesus - Rm 3.24; 5.1. Por Leila Castanha
Se posso encontrar a solução
para todas as dificuldades que se apresentam no processo educativo, mas não
tenho amor, todos os meus esforços são em vão.
Se posso explicar
perfeitamente todos os conteúdos da minha disciplina aos meus alunos, mas
excluo ou ignoro um deles, seria melhor falar a uma sala de carteiras vazias.
Se posso conseguir todo o apoio
material e financeiro para facilitar o trabalho educativo, fazendo inclusive
sacrifícios para isso, mas não tenho amor, estarei gastando mal o meu dinheiro (ou
dos outros...).
Parece exagero, mas o amor
verdadeiro é assim...
Ele é paciente, até mesmo
quando é preciso repetir a explicação várias vezes a um aluno em dificuldades.
O amor é bondoso, mesmo
quando é alvo de intrigas e injustiças que atingem a todos.
O amor não tem inveja, nem
se sente diminuído quando outro professor consegue melhores resultados com a
turma.
Amar também é não se deixar levar pela vaidade, quando
meus alunos conseguem significativos avanços. Amar é não ficar comparando-se a
outros e assim, não há o risco de sentir-se melhor ou pior que ninguém. Amar é sentir-se humano. É reconhecer-se um eterno aprendiz do ontem, do hoje, do
sempre...
Amar é estar disposto a
mudar o ritmo de trabalho e até dos próprios planos para se adaptar a um aluno
que precisa de um acompanhamento especial. Amar é ter tempo para ouvir alguém
em dificuldades. Quantas lições são ensinadas e aprendidas depois de encerrado
o horário de trabalho...
Amar é não revelar nem expor
os problemas e limitações do outro. Amar é respeitar cada um e suas histórias.
Amar é continuar
esforçando-se cada vez mais, mesmo quando algum aluno parece não entender a
diferença entre as coisas mais simples e as mais complexas.
O amor é perseverante...
Tudo espera, tudo suporta, tudo crê.
O amor verdadeiro é capaz de
tudo, até de perdoar e, olhando para frente, buscar mais.
Os métodos educativos, os
livros todo, o material didático e todos os recursos pedagógicos podem
tornar-se, com o tempo, ultrapassados e inúteis. O que hoje é novidade, amanhã será peça de museu.
Mas o amor permanece...
sempre!
A experiência da sala de
aula ensinou-me muitas coisas. No convívio com meus alunos e colegas de
magistério, aprendi a valorizar especialmente: a competência, a paciência, o
amor.
Mas, de tudo, o mais
importante, o que fica sempre, é o amor.
Por Eduardo Jorge Martins
Machado
(Extraído de um folheto da AMAE, sobre o dia do professor:
“AMAE educando”, outubro, 2001.Nº 303).
SOTERIOLOGIA é a “ciência teológica que se refere à
salvação da humanidade, de sua redenção” (Larousse Cultural).
TEXTO DE REFERÊNCIA: “Porque pela graça sois salvos, por meio
da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que
ninguém se glorie.” - Efésios 2.8,9.
Antigo e Novo Testamento: Trata-se do antigo e
do novo concerto de Deus. O primeiro (Antigo) era para a nação israelita, e o
último (o Novo) refere-se ao novo pacto de Deus, com todo aquele que crer em
Jesus, como o Filho de Deus, e aceitar o seu sacrifício expiatório. No Antigo
Testamento o concerto de Deus era estabelecido a partir do cumprindo das leis
que Deus dava aos israelitas, de forma que se não as obedecesse minuciosamente
seriam punidos (Dt 11.26-28). No novo Testamento, o contrato é entre Deus e todos os povos, e
baseia-se em que creiam em seu Filho, e recebam o seu sacrifício como meio de serem libertos do pecado e serem religados
com Deus (Lc 22.20; Rm 3.25; Hb 9. 11,13,19,20).
EXPIAÇÃO DO PECADO: Expiar é pagar por um crime
ou um erro. Jesus foi castigado e morto para pagar a pena (fazer expiação)
pelos pecados de todo a humanidade.
ASPECTOS QUE DIFERENCIAM OS DOIS CONCERTOS
(novo e velho testamento):
O Antigo Testamento é sombra do que havia
de vir no Novo Testamento. Ele aponta
para Cristo e seu sacrifício perfeito (Lc 16.16; Gl 3.24-26; Cl 2. 16,17; Hb 10.1).
A SERPENTE DE BRONZE: A serpente de bronze
no deserto apontava para Cristo, que seria pendurado no madeiro (na cruz).Assim
como todo condenado que olhasse para a serpente era salvo da morte, todo aquele
que olhar para Jesus, como a salvação enviada por Deus, será salvo da morte
eterna (condenação) (Nm 21 e Cl 2.16).
No Antigo Testamento o pacto que Deus fez
com o povo por meio de Moisés foi sacramentado (passou a vigorar) a partir do momento
que Moisés espalhou o sangue do animal sacrificado sobre o altar (representação
da presença de Deus), e sobre o povo. O sangue simbolizava a aliança entre Deus
e o homem que cumprisse suas leis – Ex 24.6-8.
No Novo Testamento o novo pacto de Deus passou
a vigorar a partir do sacrifício de Jesus que, ao derramar o seu sangue, cada
um que aceitar o seu sacrifício, terá, pela fé o sangue dele aspergido sobre si
– 1 Co 6.10,11; Hb 10.4-10; 9.11,13,15; 1Jo 1. 7,9.
No Antigo Testamento
a lei foi dada aos israelitas para manifestar o pecado, isto é, mostrar o que
já existia e não agradava a Deus – Rm 4.5; 7.6-24;8.1-4.
O SER HUMANO É PECADOR: Diferente do que
alguns acreditam, o homem não nasce puro. Não é o meio que leva o ser humano a
praticar o mau, mas o vício hereditário do pecado que o leva a manifestar os
seus instintos – Sl 51.5; Rm 7, 14-20.
No Antigo Testamento o homem precisava
merecer o perdão de Deus, seguindo as suas ordenanças (leis). Sua função é condenar, pois por meio dele o homem
percebe que ninguém pode ser justo pelos próprios esforços – Dt 22.21; Rm 3.10;
Gl 3.10.
FOMOS JUSTIFICADOS: O homem não pode ser justo por si mesmo
porque todos pecaram e carregam em si a semente do pecado que o faz inclinar-se
ao mal – Rm 3.23-26; 5.12. A Bíblia afirma que fomos justificados, isto é, nossa justificação vem de fora (de Cristo), e não de nós mesmos. Rm 3.24; 5.1; Gl 3.8,24 ; Tito 3,7.
Observamos que no Novo Testamento a salvação é dada como
dom (ou seja, é um presente) de Deus para
todos que nele crer – Gl 3.13; Jo 8.1-11; Lc 9.56; Jo 3.16.
No Antigo Testamento, o povo obtinha
comunhão com Deus pela observância das leis, e caso não consegue cumpri-la teria por consequência a morte. A
lei matava porque o homem não tinha capacidade de ser bom e justo o tempo
todo – Rm 6.23; 7.9-20; 2 Co 3.6.
No Novo Testamento o ser humano pode obter comunhão com Deus por meio da graça, através da fé no sacrifício de Jesus. A salvação pela graça dá
vida – Jo 10.10; Rm 5.10-18;
O QUE É GRAÇA:A palavra graça
significa favor imerecido. Ser salvo
pela graça exige do homem a compreensão de que não merecemos, mas que a salvação foi um favor de Deus em nosso benefício.
No Antigo Testamento, para ter comunhão com
Deus, por meio da lei, exigia-se esforço humano – Lv18.5; Lc 10.25-28; Tg 3.10.
No Novo Testamento (o novo pacto de Deus
com o homem), para termos comunhão com Ele precisamos aceitar a sua graça,
crendo que por meio do sacrifício de Jesus fomos justificados de nossos pecados –
Rm 10.4-13; Rm 3.28; Gl2.20,21.
O NOVO PACTO EXIGE SANTIFICAÇÃO: Apesar de a lei ter sido
anulada (o antigo concerto), isso não nos dá direito a pecar – Leia Cl 2.14;Rm
6.1-4, 8, 11-14,22; Gl 5.16,22-25; Ef 5.8,9.
SANTIFICAÇÃO: Separação do pecado.
No Antigo Testamento, o sangue dos animais
cobria o pecado do povo - Sl 51.9; Is 38.17; Mq 7.19. No Novo
Testamento o sangue de Jesus nos purifica de todo pecado. Ao aceitá-lo nos tornamos nova criatura, isto é, podemos começar do zero – 1 Jo 1.9; 2 Co 5.17;
SOTERIOLOGIA é a
“ciência teológica que se refere à salvação da humanidade, de sua redenção”
(Larousse Cultural).
ASSUNTO:
Predestinação
X Livre Arbítrio
TEXTO
DE REFERÊNCIA: Ef 1.4-7
PREDESTINAR
significa
destinar antecipadamente, determinar o futuro.
OPLANO DE DEUS JÁ FORA PREDESTINADO: Ele
já havia planejado salvar a humanidade por meio de Jesus, a fim de reconciliar
consigo o mundo – 2 Co 5.18, 19. Esse plano era anterior ao pecado original,
isto é, antes da fundação do mundo – Ef 1.4; 2 Tm 1.9, 10.
OS
ÍMPIOS TAMBÉM ESTÃO PREDESTINADOS À CONDENAÇÃO: Isto
é, seu destino já foi proferido: “Quem não crer será condenado” – Mc 16.16; Sl
1.6.
ÉRAMOS
AMALDIÇOADOS, E CRISTO SE FEZ MALDIÇÃO POR NÓS – A cruz,
entre os judeus, era sinal de maldição – Gl 3.8-13.
A
VINDA DE JESUS AO MUNDO FAZIA PARTE DO PLANO DE DEUS – Jesus
havia sido predestinado a ser o Salvador do mundo – Jo 12.49, 50; 6. 38-40.
OBJETIVO
DE SUA VINDA – Reconciliar o mundo com Deus, para tanto ele
pregava o evangelho, e morreu como expiação pelos nossos pecados. O sangue foi
o preço: Moisés aspergiu o sangue sobre o altar e o povo, e hoje é o sangue de
Jesus quem nos justifica diante de Deus – Ex 24.6-8; Hb 9.11-15,19; 10.1,9; 1
Jo 1.9; 2.3.
POR
QUEM JESUS MORREU: Há algumas igrejas que ensinam que a
salvação é para os predestinados (aqueles que já foram anteriormente chamados à
salvação). Baseiam suas doutrinas em textos como estes: Rm 8.28,29; Jo 15,16;
Jr 1.5; At 13.48; Ef 1.4,5 etc.
JEREMIAS
1.5 é
citado pelos que creem na predestinação fatalista como prova de que algumas
pessoas são escolhidas para a salvação desde o ventre. O texto diz: “Antes que
te formasse no ventre eu te conheci; e antes que saísses da madre te santifiquei,
e às nações te dei por profeta”. Deus escolhera Jeremias para ser profeta, não
para a salvação,assim como escolheu Davi para rei, Samuel para profeta, Moisés
para ser o guia de Israel, etc Ainda hoje Deus, por meio do Espírito Santo,
escolhe algumas pessoas para o ministério – Ef
4. Outro texto apontado como apoio
para a doutrina da predestinação é At 13.14.
NOSSA
SALVAÇÃO FOI PREDESTINADA, ISTO É, SERIA ALCANÇADA POR MEIO DE CRISTO: Ef 1.4,5: “Nos
elegeu nele para que fossemos santos, e nos predestinou para filhos de adoção
por Jesus Cristo, segundo o beneplácito da sua vontade”. Esse era o plano (o
eterno propósito dele), e não a eleição de alguns, e a condenação dos demais. Em
Ef. 3. 10,11 observamos que a Igreja foi escolhida por Deus, pelo eterno
propósito que fez em Cristo Jesus. No
versículo 4 lemos que Deus nos elegeu nele (em Cristo), antes da fundação
do mundo. Desde o início o plano de Deus era que o mundo fosse reconciliado com
ele, por meio do sacrifício de seu Filho Jesus, “no qual temos ousadia pela
nossa fé nele”.
Textos
que apoiam a crença no livre arbítrio- Jo 3.16; Lc 19.10; Rm
3.21-25; Mc 16.15; Rm 11.32; 1Jo 2.1,2; Hb 2.9; Tt 2.11 etc. Por Leila Castanha
Observação: Para maior entendimento sobre a doutrina do livre arbítrio clique nos links abaixo:
Apesar do tremendo fanatismo religioso existente no Afeganistão,
pelo menos num ponto a milícia islâmica é mais coerente que os escribas e
fariseus do tempo de Jesus.
Em caso de adultério, oTalibã pune o homem e a mulher, que são
amarrados a uma cama e apedrejados, primeiro pelo juiz, e depois, pelo povo,
numa cerimônia que pode durar até duas horas. Já os escribas, estranhamente,
trouxeram a Jesus apenas a mulher apanhada em flagrante adultério.
Por que não trouxeram o
parceiro da mulher, já que a lei na qual se baseavam para justificar o
apedrejamento "Se um homem adulterar com a mulher do seu próximo, será
morto o adúltero e a adúltera" (Lv 20.10) previa a morte de ambos?
Foi por causa dessa
hipocrisia que Jesus lhes ordenou: "Aquele que dentre vós estiver sem
pecado que lhe atire a pedra". O vexame foi enorme porque, "acusados
pela própria consciência, foram se retirando um por um, a começar pelos mais
velhos até aos últimos" (Jo 8.3-11).
Murmurar: 1.
Pronunciar em voz baixa. – 2. Contar em segredo. – 3. Criticar. (Larousse
Cultural).
A
MURMURAÇÃO DE MIRIÃ E ARÃO: (NM 12.1-8)
A murmuração pode
apresentar-se como calúnia quando ela se baseia em falso testemunho (mentira) ou em forma de fofoca
(mexerico) quando o boato que se espalha for verdadeiro. Independente de qual
seja o tipo da murmuração, o murmurador costuma escolher um bode expiatório
para ter coragem de fazer os seus comentários. Alguém o qual usará para tirar a
culpa de sobre si mesmo.
Exemplos de murmuração
1)“Eu
nem queria falar isso, mas estão falando por aí que o seu marido tem outra”. (ninguém sabe quem disse "estão falando", mas o
fofoqueiro já tirou o corpo fora). 2) "Você a roupa de Fulana, que brega né?" (Se a Fulana souber e for tirar satisfação, normalmente o fofoqueiro mostrará que ele não é o único que pensa assim, ou que disse isso para dar a paga por algo que o outro lhe fez de mal. Ou seja, o fofoqueiro, que é um tipo de murmurador, também é covarde.)
3) “Eu não me importo de orar todos os dias, na
verdade até gosto, mas eu acho que fica muito cansativo para os novos
convertidos”. (Veja: O problema não é ele, mas os novos convertidos).
Observe que Deus enviou
Moisés para libertar os israelitas da escravidão do Egito porque eles pediram,
no entanto, eles culpavam Moisés, o tempo todo por terem saído de lá: “Por que
nos tirastes de lá para morrermos aqui?” (Ex 14.10; 16.3, etc).
Miriã
e Arão puseram a mulher de Moisés como pivô da discussão: Moisés havia se casado com uma mulher cuxita,
isto é, ela era estrangeira. Os cuxitas eram descendentes de Cuxe, filho de Cam
(Cam era um dos filhos de Noé.
Observação: Os
cuxitas habitavam na terra de Cuxe, na África Oriental, hoje conhecida como
Etiópia. O nome Cam significa “queimado pelo sol”, indicando a cor de sua pele.
CARACTERÍSTICAS
DOS ETÍOPES:
1.Eram povos fortes, guerreiros – (Is 18.1,2,7)
.
O profeta Isaías ao descrever os militares que Deus
enviaria em auxílio do rei Zedequias descreveu os cuxitas (etíopes) como sendo
um povo poderoso;
a.Em Isaias
45.14, observamos as seguintes características dos etíopes:
b.Eram fortes, pois ao falar das nações poderosas
que Deus entregaria aos israelitas, eles foram citados;
c. Eram excelentes
comerciantes;
d.Eram altos.
e.A pele deles era uma das características
citadas por Isaias (13.23).
DE
ONDE PROVINHA A MULHER DE MOISÉS:
A Bíblia não relata de onde ela provinha, no entanto, há
conjecturas (suposições) de que ela podia fazer parte do povo que acompanhou os
israelitas quando eles saíram do Egito, pois muitos povos os seguiram. Leia Ex
12.37,38).
No entanto, como foi dito acima, isso é uma suposição,
pois a Bíblia não diz nada a este respeito.
POR
QUE OS IRMÃOS DE MOISÉS IMPLICARAM COM O CASAMENTO DELE:
Em primeiro lugar nada se sabe sobre a primeira mulher de
Moisés (Zípora). Alguns afirmam que ambas eram a mesma mulher, no entanto, grande
parte dos entendidos alegam que geograficamente isso seria impossível, uma vez
que Midiã e a Etiópia tem localização bem diferente.
O que sabemos pela Bíblia é que o motivo da crítica contra
Moisés era o fato de a mulher ser uma cuxita. Alguns pensam que era uma questão
étnica, isto é, ela não pertencia ao povo israelita. Outros estudiosos, no
entanto, não aceitam esta defesa por conta de a primeira mulher de Moisés
também ser uma estrangeira (era midianita), todavia, Miriã e Arão não manifestaram
nenhum problema em relação a isso.
Logo, o que parece é que o problema mesmo estava em
Moisés ser usado por Deus para profetizar muito mais do que eles. Ou seja, a
questão aqui não era bem o que eles apresentaram: o casamento com a cuxita, mas
o sentimento de emulação que rondava os seus corações.
Observação: Emulação
é descrito em Gálatas 5. 22 como obra da carne, isto é, o inverso do agir do
Espírito. Emulação, segundo o dicionário, é o sentimento que leva o indivíduo a
igualar-se ou ser superior ao outro. É a famosa concorrência.
O agir dos servos de Deus
deve ser contrário a tal atitude, conforme admoesta o apóstolo Paulo: “Considerai
os outros superiores a si mesmos” Fp 2.3.
Observação: Perceba
que ao falar diretamente com Miriã e Arão Deus não tratou nenhuma vez sobre o
motivo que ela alegava, mas sobre sua cobiça de querer ser mais ou tão usada
por Deus como Moisés.
CARACTERÍSTICAS
DOS MURMURADORES:
Além de sempre jogar a culpa
para outro, ao invés de assumir suas queixas, os murmuradores vivem do passado.
É muito comum ouvirmos comentários como o seguinte:“Na minha época a escola dominical era muito boa, mas agora são
poucas pessoas que a frequentam.”, ou “há 40 anos a educação funcionava, hoje nada
mais funciona.”
É verdade que isso pode ser
verdade, mas há 40 anos e na época dessa pessoa havia gente que lutava para que
assim o fosse. Uma coisa é comentar no sentido de querer mudar a situação
atual, outra bem diferente é criticar pelo prazer de falar mal, que é o caso
dos murmurados.
Saudosismo infrutífero é
reprovado pelo sábio Salomão: Eclesiastes 7.10 - “Nunca
digas: Por que foram os dias passaram melhores do que estes? Porque não provém
da sabedoria esta pergunta.”
Por que não podemos pensar
assim? Por que tudo o que acontece ao cristão é necessário para
o seu proveito, conforme afirma Rm 8.28: “E sabemos que todas as coisas
contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são
chamados segundo o seu propósito.”
Em Rm 5. 1-5 o
apóstolo Paulo mostra aos romanos que a tribulação é proveitosa para produzir a
paciência, e com a paciência adquirimos experiência e depois de experientes não
temos mais dúvidas (a experiência não traz confusão). Quando devemos lembrar do passado? Quando precisamos observar o quanto Deus é poderoso e acreditarmos que Ele pode fazer nos dias atuais o mesmo que fez no passado. (Is 46.9).
O
CRISTÃO NÃO PODE SER MURMURADOR:
Quando Jesus veio ao mundo
ele veio apresentar o reino de Deus para o ser humano, ou seja, o modo de Deus
governar. No entanto, embora esse Reino esteja no mundo (está entre nós por
meio da Igreja), ele não é deste mundo (seus parâmetros são opostos aos do
mundo), isto é, às leis terrenas.
Ele afirmou isto em Jo
18.36: “O meu reino não é deste mundo”.
Tempos depois, o apóstolo Paulo advertiu aos irmãos de Roma dizendo-lhes: “Porque
o reino de Deus não consiste em palavras, mas em poder”, isto é, não é só teoria,
mas na capacidade de praticar as suas leis.
MURMURADORES
NÃO FAZEM PARTE DO REINO DE DEUS:
Para participar desse Reino
(governo) é necessário nascer de novo, isto é, ser uma criatura nova, diferente
daquela que servia ao Reino das Trevas, pois o Reino de Cristo é o Reino
oposto: O Reino da Luz, por isso temos que ser o exemplo. Leia Ef 5.8-11; Gl
5.19.
Dessa feita, tudo o que
pertence ao outro Reino não entra nesse: a murmuração é uma dessas coisas. Leia
1Co 6.9-11; Sl 15. 1-3.
A
LINGUAGEM DO REINO DE DEUS É O LOUVOR:
“Em tudo da graças, porque
esta é a vontade de Deus, em Cristo Jesus para convosco.” 1 Tessalonicenses
5.18.
Davi sempre advertia sobre a
importância de louvar (Sl 18; 136;150 etc). as vezes ele reclamava de alguma
situação que o perturbava, mas em seguida ele fazia sua reflexão, como por exemplo,
no salmo 42.5: “Por que estás abatida ó minha alma, espera em Deus, pois ainda
o louvarei.”
O crente não pode louvar e
ao mesmo tempo murmurar, porquanto Tiago afirma que da mesma fonte não pode
sair bênção e maldição (Tg 3. 9-11).
MOTIVOS
DA MURMURAÇÃO:
1.Falta de conversão:
Todos nós nascemos com a semente do pecado que nos leva a querer agir de forma
contrária à vontade divina. (Sl 51.5 e Rm 7.15, 17).
a)Como evitar ser murmurador: Ef
5.18-21: “E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas
enchei-vos do Espírito (...)”.
Observação: O
verbo é contínuo, isto é, dá a ideia de uma ação constante.
Por que precisamos nos
encher do Espírito?Paulo explica que só dessa maneira não
cumpriremos a vontade da carne (Gl 5. 16).
1.Falta de fé:Em hb 11.6 a Bíblia afirma que sem fé é impossível agradar a Deus.
a)Os
12 espias enviados a Jericó: Apesar de serem em 12, somente 2
trouxeram uma palavra de ânimo, enquanto os outros 10 só falaram mal do lugar e
levaram todo o povo a murmurar contra Moisés e Arão, levando o líder e seu auxiliar
caírem em prantos. (Nm 13.1-27; 14.1-11).
b)“Não vos enganeis: As más conversações
corrompem os bons costumes.” (1 Co 15.33).
COMO
DEUS AGIU PARA COM OS MURMURADORES:
a)Nm 12. 1 – 14 – Deus chamou os três, os
murmuradores e a vítima da murmuração, expôs o problema entre os envolvidos. Em
seguida Ele se retirou , pois Deus não permanece onde há pecado. Ao sair Arão
percebeu que Miriã estava com lepra (assim como a murmuração a lepra também é
contagiosa). Embora Deus puniu Miriã, sua situação atingiu também Arão, que
logo clamou a Moisés para que intercedesse pela vida dela. Observe que ele dirige-se
ao irmão chamando-lhe de “meu senhor”(v.11).
Ele reconhecia agora quem estava no comando.
b)Quanto ao povo, na história dos espias de
Jericó Deus não permitiu que eles entrassem na Terra prometida, pois ao invés
de crer nele, ficaram contra Moisés, murmurando contra ele. O Senhor os feriu de
morte, a todos de vinte anos para cima. (Nm 14.26-32)
c)Outro episódio no qual houve murmuração por
falta de fé se acha em 2 Rs 7, e o castigo foi o seguinte: O homem que murmurou
não participou da bênção, e enquanto os demais corriam para recebê-la ele
morreu atropelado pelos seus companheiros.
CONCLUSÃO:
Nós
temos duas escolhas quando algo nos incomoda: Tomar a decisão de Jó, que ao ser
confrontado por sua mulher respondeu-lhe “O senhor deu, o Senhor tomou. Bendito
seja o nome do Senhor.”
Ou tomar a decisão do povo de Israel, que todos os dias
achavam um motivo para falar mal de Moisés e de Deus.
Não podemos agir em relação a nossa vida como alguém que não
quer ver um filme porque acha que não vai gostar do final. Embora não podemos
ver todo o roteiro da nossa história, ele já foi profetizado: “Certamente que a
bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida”. Sl 23. 6 a.
Observação: Foi cantando que os
guerreiros de Israel, sob o governo de Jeosafá venceram uma grande multidão de
guerreiros inimigos.
A letra da canção era esta: “Louvai ao Senhor porque a
sua benignidade dura para sempre.” (2 Cr 20. 1-22).
Que
lindo o que Deus faz quando confiamos nele!!!
Por Leila Castanha Ouça o hino de louvor composto por Fanny Crosby, uma mulher cega cuja vida foi marcada por desastres, mas apesar disso ela se decidiu por louvar a Deus. Leia a biografia dela na internet.