quinta-feira, 28 de maio de 2015

HISTÓRICO E ESTRUTURA DA BÍBLIA



Imagem extraída de jmnoticia.com.br


   Materiais em que a Bíblia foi escrita: Originalmente foram dois,os principais: papiro e pergaminho.O papiro era extraído da entrecasca de uma planta aquática que tinha esse nome. Seu uso teve início no Egito cerca de 3000 *a.C. É mencionado na Bíblia, como por exemplo, em Jó 8.11.
O pergaminho era pele de animal, curtida e preparada para a escrita. É material superior ao papiro. Seu uso generalizado teve início no século I da era cristã, apesar de já ser conhecido antes. Seu nome vem da cidade de Pérgamo, na Ásia Menor, onde essa indústria foi aperfeiçoada. É também mencionada na Bíblia, por exemplo em 2 Tm 4.13.
O papel dos tempos atuais é de origem recente:século II *d.C.
 
   Os primeiros formatos da Bíblia: Foram dois: rolos e códices. O rolo era mesmo um rolo feito de papiro ou pergaminho. Era preso a dois cabos de madeira, para facilidade de manuseio. A largura ia a 30 cm. O comprimento dependia do volume da escrita a ser feita. Cada livro da Bíblia constituía um rolo separado. Naquele tempo ninguém podia conduzir a Bíblia como hoje. O que torno possível foi a invenção do papel, da tipografia e o formato atual dos livros.


rolo
 O códice é uma obra no formato de um livro  de grandes proporções, feito de pergaminho, material com que surgiu. Suas folhas tinham em  média 65 m de largura.


códice ou códex
   O tipo de texto primitivo da Bíblia: Era manuscrito. Tudo era feito pelos escribas de modo laborioso, lento e onoroso. A multiplicação de cópias com rapidez, e outras condições favoráveis , só teve início com o prelo, inventado em 1450, na Alemanha, por Johann Gutenberg.
 
escriba
   A origem do nome “Bíblia”:  Este nome consta apenas na capa da Bíblia, mas não o vemos através do volume sagrado. É de origem puramente eclesiástica. Foi primeiramente aplicada às Escrituras por João Crisóstomo. De398-404 d.C. O vocábulo “Bíblia” significa etimologicamente “coleção de livros pequenos”, isto porque os livros da Bíblia são pequenos,  formando todos um volume não muito grande, como tão bem conhecemos.
A uma folha do papiro, os gregos chamavam “biblos”; a um rolo pequeno de papiro chamava “bíblion”, cujo plural é “bíblia”.

* a.C= antes de Cristo
* d.C-= depois de Cristo

(Texto extraído do livro “A Bíblia: o livro, a história, a mensagem”, Antonio Gilberto).

CURIOSIDADES BÍBLICAS

VOCÊ SABIA? 
  1.  O versículo mais curto da Bíblia é Ex 20.13: “Não matarás”;   
  2. O versículo mais curto do Novo Testamento está em Jo 11. 35: “Jesus chorou”.
  3. O versículo mais longo da Bíblia é Ester 8.9;
  4. O capítulo mais longo é o Sl 119;
  5. O capítulo mais curto é o Sl 117;
  6. A Bíblia contém 1.189 capítulos e 31.102 versículos;
  7. O livro de Obadias é o único, no Antigo Testamento, que contém somente um capitulo
  8.  Nos livros de Cantares de Salomão e de Ester não aparece o nome Deus;
  9. Os salmos eram músicas, acompanhadas por instrumentos;
  10. Alguns estudiosos da Bíblia afirmam ser a expressão Selá, encontrada em alguns salmos, a indicação de uma pausa para reflexão.

ÍNDICE DOS ESBOÇOS DAS AULAS PARA DISCIPULADO




Para ver as aulas basta clicar no título:


Aula nº 01: O que é salvação?

ESBOÇO DE ESTUDO BÍBLICO PARA DISCIPULADO - AULA Nº 1

FUNDAMENTOS DA FÉ


TEMA: O QUE É SALVAÇÃO?

SOTERIOLOGIA é a “ciência teológica que se refere à salvação da humanidade, de sua redenção.” (Larousse Cultural).

TEXTO DE REFERÊNCIA: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura. Quem crer e for batizado será salvo, e quem não crer será condenado” Marcos 16.15,16.

ANTIGO E NOVO TESTAMENTO= Testamento significa pacto, aliança, contrato. O Antigo Testamento é o antigo pacto de Deus com o povo de Israel (Êxodo 19.3-6).

EVANGELHO= (grego) Significa boa nova, boa notícia ou boa mensagem.

A MENSAGEM DO EVANGELHO é a Salvação da nossa alma: Jesus morreu para que através do seu sacrifício o homem pudesse ser religado a Deus (João 3.16-18).

RELIGIÃO é um termo que vem do latim “Religare”, isto é, “Religar” ou “Ligar de novo”. No início da criação o homem tinha comunhão com Deus - Gênesis 3.8.

O QUE É SALVAÇÃO? Significa livramento. Outro termo usado pela Bíblia para falar sobre a salvação da humanidade é Remissão, que significa “resgate.

REMIR OU REDIMIR é o mesmo que resgatar - Colossenses 1.14; Efésios 1.7.

DO QUE PRECISAMOS SER SALVOS? Do pecado - Isaias 59.1,2.
a.           O que é pecado? no original significa “errar o alvo”. Mas em palavras mais simples podemos dizer que pecado é tudo aquilo que a pessoa faz desobedecendo a Deus, ou seja, pecado é “desobediência às leis de Deus”.
b.          Quem pecou? Todos - 3.23; Eclesiastes 7.20

COMO ACONTECE A NOSSA SALVAÇÃO? Por meio do sacrifício de Jesus. 
a. Jesus se apresentou como homem - Fp 2.6-8 Ex. (As pessoas temiam a presença de Deus (Isaías – Is 6.5; Maria Lc 1.29,30; Daniel (10.10-12); Gideão- Jz 6.22.23; Deus disse para Moisés não se aproximar – Ex3.1-5).
b.           Somos comprados pelo sangue de Jesus - 1 Jo 1.7-9.
c.           Somos justificados por Jesus - Rm 3.24;  5.1.


Por Leila Castanha


Mensagem da Fundação AMAE aos professores

SE NÃO TENHO AMOR
 (insprado na 1ª carta de São Paulo aos coríntios)

Se posso encontrar a solução para todas as dificuldades que se apresentam no processo educativo, mas não tenho amor, todos os meus esforços são em vão.
Se posso explicar perfeitamente todos os conteúdos da minha disciplina aos meus alunos, mas excluo ou ignoro um deles, seria melhor falar a uma sala de carteiras vazias.
Se posso conseguir todo o apoio material e financeiro para facilitar o trabalho educativo, fazendo inclusive sacrifícios para isso, mas não tenho amor, estarei gastando mal o meu dinheiro (ou dos outros...).
Parece exagero, mas o amor verdadeiro é assim...
Ele é paciente, até mesmo quando é preciso repetir a explicação várias vezes a um aluno em dificuldades.
O amor é bondoso, mesmo quando é alvo de intrigas e injustiças que atingem a todos.
O amor não tem inveja, nem se sente diminuído quando outro professor consegue melhores resultados com a turma.
Amar também é  não se deixar levar pela vaidade, quando meus alunos conseguem significativos avanços. Amar é não ficar comparando-se a outros e assim, não há o risco de sentir-se melhor ou pior que ninguém. Amar é sentir-se humano. É reconhecer-se um eterno aprendiz do ontem, do hoje, do sempre...
Amar é estar disposto a mudar o ritmo de trabalho e até dos próprios planos para se adaptar a um aluno que precisa de um acompanhamento especial. Amar é ter tempo para ouvir alguém em dificuldades. Quantas lições são ensinadas e aprendidas depois de encerrado o horário de trabalho...
Amar é não revelar nem expor os problemas e limitações do outro. Amar é respeitar cada um e suas histórias.
Amar é continuar esforçando-se cada vez mais, mesmo quando algum aluno parece não entender a diferença entre as coisas mais simples e as mais complexas.
O amor é perseverante... Tudo espera, tudo suporta, tudo crê.
O amor verdadeiro é capaz de tudo, até de perdoar e,  olhando para frente, buscar mais.
Os métodos educativos, os livros todo, o material didático e todos os recursos pedagógicos podem tornar-se, com o tempo, ultrapassados e inúteis. O que  hoje é novidade, amanhã será peça de museu.
Mas o amor permanece... sempre!
A experiência da sala de aula ensinou-me muitas coisas. No convívio com meus alunos e colegas de magistério, aprendi a valorizar especialmente: a competência, a paciência, o amor.
Mas, de tudo, o mais importante, o que fica sempre, é o amor.

Por Eduardo Jorge Martins Machado

(Extraído de um folheto da AMAE, sobre o dia do professor: “AMAE educando”, outubro, 2001.Nº 303). 

ESBOÇO DE ESTUDO BÍBLICO PARA DISCIPULADO - AULA nº 2

FUNDAMENTOS DA FÉ


TEMA- SALVAÇÃO: UM ATO DA GRAÇA DE DEUS

SOTERIOLOGIA é a “ciência teológica que se refere à salvação da humanidade, de sua redenção” (Larousse Cultural).

TEXTO DE REFERÊNCIA: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie.” - Efésios 2.8,9.

Antigo e Novo Testamento: Trata-se do antigo e do novo concerto de Deus. O primeiro (Antigo) era para a nação israelita, e o último (o Novo) refere-se ao novo pacto de Deus, com todo aquele que crer em Jesus, como o Filho de Deus, e aceitar o seu sacrifício expiatório. No Antigo Testamento o concerto de Deus era estabelecido a partir do cumprindo das leis que Deus dava aos israelitas, de forma que se não as obedecesse minuciosamente seriam punidos (Dt 11.26-28). No novo Testamento, o contrato é entre Deus e todos os povos, e baseia-se em que creiam em seu Filho, e recebam o seu sacrifício como meio  de serem libertos do pecado e serem religados com Deus (Lc 22.20; Rm 3.25; Hb 9. 11,13,19,20).

EXPIAÇÃO DO PECADO: Expiar é pagar por um crime ou um erro. Jesus foi castigado e morto para pagar a pena (fazer expiação) pelos pecados de todo a humanidade.

ASPECTOS QUE DIFERENCIAM OS DOIS CONCERTOS (novo e velho testamento):

O Antigo Testamento é sombra do que havia de vir no Novo Testamento. Ele aponta para Cristo e seu sacrifício perfeito (Lc 16.16; Gl 3.24-26; Cl 2. 16,17; Hb 10.1).

A SERPENTE DE BRONZE: A serpente de bronze no deserto apontava para Cristo, que seria pendurado no madeiro (na cruz).Assim como todo condenado que olhasse para a serpente era salvo da morte, todo aquele que olhar para Jesus, como a salvação enviada por Deus, será salvo da morte eterna (condenação) (Nm 21 e Cl 2.16).
No Antigo Testamento o pacto que Deus fez com o povo por meio de Moisés foi sacramentado (passou a vigorar) a partir do momento que Moisés espalhou o sangue do animal sacrificado sobre o altar (representação da presença de Deus), e sobre o povo. O sangue simbolizava a aliança entre Deus e o homem que cumprisse suas leis – Ex 24.6-8.
No Novo Testamento o novo pacto de Deus passou a vigorar a partir do sacrifício de Jesus que, ao derramar o seu sangue, cada um que aceitar o seu sacrifício, terá, pela fé o sangue dele aspergido sobre si – 1 Co 6.10,11; Hb 10.4-10; 9.11,13,15; 1Jo 1. 7,9.
No Antigo Testamento a lei foi dada aos israelitas para manifestar o pecado, isto é, mostrar o que já existia e não agradava a Deus – Rm 4.5; 7.6-24;8.1-4.

O SER HUMANO É PECADOR: Diferente do que alguns acreditam, o homem não nasce puro. Não é o meio que leva o ser humano a praticar o mau, mas o vício hereditário do pecado que o leva a manifestar os seus instintos – Sl 51.5; Rm 7, 14-20.
No Antigo Testamento o homem precisava merecer o perdão de Deus, seguindo as suas ordenanças (leis). Sua função é condenar, pois por meio dele o homem percebe que ninguém pode ser justo pelos próprios esforços – Dt 22.21; Rm 3.10; Gl 3.10.

FOMOS JUSTIFICADOS:  O homem não pode ser justo por si mesmo porque todos pecaram e carregam em si a semente do pecado que o faz inclinar-se ao mal – Rm 3.23-26; 5.12. A Bíblia afirma que fomos justificados, isto é, nossa justificação vem de fora (de Cristo), e não de nós mesmos. Rm 3.24; 5.1; Gl 3.8,24 ; Tito 3,7.
Observamos que no Novo Testamento a salvação é dada como dom (ou seja, é um presente) de Deus para todos que nele crer – Gl 3.13; Jo 8.1-11; Lc 9.56; Jo 3.16.

No Antigo Testamento, o povo obtinha comunhão com Deus pela observância das leis,  e caso não consegue cumpri-la teria por consequência a morte. A lei matava porque o homem não tinha capacidade de ser bom e justo o tempo todo – Rm 6.23; 7.9-20; 2 Co 3.6.
No Novo Testamento o ser humano pode obter comunhão com Deus por meio da graça, através da fé no sacrifício de Jesus. A salvação pela graça dá vida – Jo 10.10; Rm 5.10-18;

O QUE É GRAÇA: A palavra graça significa favor imerecido. Ser salvo pela graça exige do homem a compreensão de que não merecemos, mas que a salvação foi um favor de Deus em nosso benefício.
No Antigo Testamento, para ter comunhão com Deus, por meio da lei, exigia-se esforço humano – Lv18.5; Lc 10.25-28; Tg 3.10.
No Novo Testamento (o novo pacto de Deus com o homem), para termos comunhão com Ele precisamos aceitar a sua graça, crendo que por meio do sacrifício de Jesus fomos justificados de nossos pecados – Rm 10.4-13; Rm 3.28; Gl2.20,21.

O NOVO PACTO EXIGE SANTIFICAÇÃO: Apesar de a lei ter sido anulada (o antigo concerto), isso não nos dá direito a pecar – Leia Cl 2.14;Rm 6.1-4, 8, 11-14,22; Gl 5.16,22-25; Ef 5.8,9.

SANTIFICAÇÃO:  Separação do pecado.

No Antigo Testamento, o sangue dos animais cobria o pecado do povo - Sl 51.9; Is 38.17;  Mq 7.19.
No Novo Testamento o sangue de Jesus nos purifica de todo pecado. Ao aceitá-lo nos tornamos nova criatura, isto é, podemos começar do zero – 1 Jo 1.9; 2 Co 5.17; 


Por Leila Castanha


ESBOÇO DE ESTUDO BÍBLICO PARA DISCIPULADO - AULA Nº 3

FUNDAMENTOS DA FÉ



TEMA : A SALVAÇÃO É PARA TODOS

SOTERIOLOGIA é a “ciência teológica que se refere à salvação da humanidade, de sua redenção” (Larousse Cultural).

ASSUNTO: Predestinação X Livre Arbítrio

TEXTO DE REFERÊNCIA: Ef 1.4-7

PREDESTINAR significa destinar antecipadamente, determinar o futuro.

O PLANO DE DEUS JÁ FORA PREDESTINADO: Ele já havia planejado salvar a humanidade por meio de Jesus, a fim de reconciliar consigo o mundo – 2 Co 5.18, 19. Esse plano era anterior ao pecado original, isto é, antes da fundação do mundo – Ef 1.4; 2 Tm 1.9, 10.

OS ÍMPIOS TAMBÉM ESTÃO PREDESTINADOS À CONDENAÇÃO: Isto é, seu destino já foi proferido: “Quem não crer será condenado” – Mc 16.16; Sl 1.6.

ÉRAMOS AMALDIÇOADOS, E CRISTO SE FEZ MALDIÇÃO POR NÓS – A cruz, entre os judeus, era sinal de maldição – Gl 3.8-13.

A VINDA DE JESUS AO MUNDO FAZIA PARTE DO PLANO DE DEUS – Jesus havia sido predestinado a ser o Salvador do mundo – Jo 12.49, 50; 6. 38-40.

OBJETIVO DE SUA VINDA – Reconciliar o mundo com Deus, para tanto ele pregava o evangelho, e morreu como expiação pelos nossos pecados. O sangue foi o preço: Moisés aspergiu o sangue sobre o altar e o povo, e hoje é o sangue de Jesus quem nos justifica diante de Deus – Ex 24.6-8; Hb 9.11-15,19; 10.1,9; 1 Jo 1.9; 2.3.

POR QUEM JESUS MORREU: Há algumas igrejas que ensinam que a salvação é para os predestinados (aqueles que já foram anteriormente chamados à salvação). Baseiam suas doutrinas em textos como estes: Rm 8.28,29; Jo 15,16; Jr 1.5; At 13.48; Ef 1.4,5 etc.

JEREMIAS 1.5 é citado pelos que creem na predestinação fatalista como prova de que algumas pessoas são escolhidas para a salvação desde o ventre. O texto diz: “Antes que te formasse no ventre eu te conheci; e antes que saísses da madre te santifiquei, e às nações te dei por profeta”. Deus escolhera Jeremias para ser profeta, não para a salvação,assim como escolheu Davi para rei, Samuel para profeta, Moisés para ser o guia de Israel, etc Ainda hoje Deus, por meio do Espírito Santo, escolhe algumas pessoas para o ministério – Ef 4. Outro texto apontado  como apoio para a doutrina da predestinação é At 13.14.

NOSSA SALVAÇÃO FOI PREDESTINADA, ISTO É, SERIA ALCANÇADA POR MEIO DE CRISTO: Ef 1.4,5: “Nos elegeu nele para que fossemos santos, e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, segundo o beneplácito da sua vontade”. Esse era o plano (o eterno propósito dele), e não a eleição de alguns, e a condenação dos demais. Em Ef. 3. 10,11 observamos que a Igreja foi escolhida por Deus, pelo eterno propósito que fez em Cristo Jesus. No versículo 4 lemos que Deus nos elegeu nele (em Cristo), antes da fundação do mundo. Desde o início o plano de Deus era que o mundo fosse reconciliado com ele, por meio do sacrifício de seu Filho Jesus, “no qual temos ousadia pela nossa fé nele”.

Textos que apoiam a crença no livre arbítrio- Jo 3.16; Lc 19.10; Rm 3.21-25; Mc 16.15; Rm 11.32; 1Jo 2.1,2; Hb 2.9; Tt 2.11 etc.


Por Leila Castanha


Observação: Para maior entendimento sobre a doutrina do livre arbítrio clique nos links abaixo:
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A MULHER ADÚLTERA E A HIPOCRISIA DOS JUDEUS

VOCÊ SABIA?
imagem extraído do blog "Encontros"

Apesar do tremendo fanatismo religioso existente no Afeganistão, pelo menos num ponto a milícia islâmica é mais coerente que os escribas e fariseus do tempo de Jesus.
Em caso de adultério, o Talibã pune o homem e a mulher, que são amarrados a uma cama e apedrejados, primeiro pelo juiz, e depois, pelo povo, numa cerimônia que pode durar até duas horas. Já os escribas, estranhamente, trouxeram a Jesus apenas a mulher apanhada em flagrante adultério.
Por que não trouxeram o parceiro da mulher, já que a lei na qual se baseavam para justificar o apedrejamento "Se um homem adulterar com a mulher do seu próximo, será morto o adúltero e a adúltera" (Lv 20.10) previa a morte de ambos?
Foi por causa dessa hipocrisia que Jesus lhes ordenou: "Aquele que dentre vós estiver sem pecado que lhe atire a pedra". O vexame foi enorme porque, "acusados pela própria consciência, foram se retirando um por um, a começar pelos mais velhos até aos últimos" (Jo 8.3-11).
                                                        
(Extraído de Ultimato, Nov./Dez, 2000).


segunda-feira, 25 de maio de 2015

LIÇÃO 8 - 2º TRIMESTRE DE 2015


COMENTÁRIO ADICIONAL

        REVELANDO AS IMPUREZAS DA ALMA

Murmurar: 1. Pronunciar em voz baixa. – 2. Contar em segredo. – 3. Criticar. (Larousse Cultural).

A MURMURAÇÃO DE MIRIÃ E ARÃO: (NM 12.1-8)
A murmuração pode apresentar-se como calúnia quando ela se baseia em falso testemunho (mentira) ou em forma de fofoca (mexerico) quando o boato que se espalha for verdadeiro. Independente de qual seja o tipo da murmuração, o murmurador costuma escolher um bode expiatório para ter coragem de fazer os seus comentários. Alguém o qual usará para tirar a culpa de sobre si mesmo.

Exemplos de murmuração
1)    “Eu nem queria falar isso, mas estão falando por aí que o seu marido tem outra”. (ninguém sabe quem disse "estão falando", mas o fofoqueiro já tirou o corpo fora).
2) "Você a roupa de Fulana, que brega né?" (Se a Fulana souber e for tirar satisfação, normalmente o fofoqueiro mostrará que ele não é o único que pensa assim, ou que disse isso para dar a paga por algo que o outro lhe fez de mal. Ou seja, o fofoqueiro, que é um tipo de murmurador, também é covarde.)
3)     “Eu não me importo de orar todos os dias, na verdade até gosto, mas eu acho que fica muito cansativo para os novos convertidos”. (Veja: O problema não é ele, mas os novos convertidos).
Observe que Deus enviou Moisés para libertar os israelitas da escravidão do Egito porque eles pediram, no entanto, eles culpavam Moisés, o tempo todo por terem saído de lá: “Por que nos tirastes de lá para morrermos aqui?” (Ex 14.10; 16.3, etc).

Miriã e Arão puseram a mulher de Moisés como pivô da discussão:  Moisés havia se casado com uma mulher cuxita, isto é, ela era estrangeira. Os cuxitas eram descendentes de Cuxe, filho de Cam (Cam era um dos filhos de Noé.
Observação: Os cuxitas habitavam na terra de Cuxe, na África Oriental, hoje conhecida como Etiópia. O nome Cam significa “queimado pelo sol”, indicando a cor de sua pele.

CARACTERÍSTICAS DOS ETÍOPES:
1.            Eram povos fortes, guerreiros – (Is 18.1,2,7) .
O profeta Isaías ao descrever os militares que Deus enviaria em auxílio do rei Zedequias descreveu os cuxitas (etíopes) como sendo um povo poderoso;
a.            Em Isaias 45.14, observamos as seguintes características dos etíopes:
b.            Eram fortes, pois ao falar das nações poderosas que Deus entregaria aos israelitas, eles foram citados;
c.             Eram excelentes comerciantes;
d.            Eram altos.
e.            A pele deles era uma das características citadas por Isaias (13.23).

DE ONDE PROVINHA A MULHER DE MOISÉS:
A Bíblia não relata de onde ela provinha, no entanto, há conjecturas (suposições) de que ela podia fazer parte do povo que acompanhou os israelitas quando eles saíram do Egito, pois muitos povos os seguiram. Leia Ex 12.37,38).
No entanto, como foi dito acima, isso é uma suposição, pois a Bíblia não diz nada a este respeito.

POR QUE OS IRMÃOS DE MOISÉS IMPLICARAM COM O  CASAMENTO DELE:
Em primeiro lugar nada se sabe sobre a primeira mulher de Moisés (Zípora). Alguns afirmam que ambas eram a mesma mulher, no entanto, grande parte dos entendidos alegam que geograficamente isso seria impossível, uma vez que Midiã e a Etiópia tem localização bem diferente.
O que sabemos pela Bíblia é que o motivo da crítica contra Moisés era o fato de a mulher ser uma cuxita. Alguns pensam que era uma questão étnica, isto é, ela não pertencia ao povo israelita. Outros estudiosos, no entanto, não aceitam esta defesa por conta de a primeira mulher de Moisés também ser uma estrangeira (era midianita), todavia, Miriã e Arão não manifestaram nenhum problema em relação a isso.
Logo, o que parece é que o problema mesmo estava em Moisés ser usado por Deus para profetizar muito mais do que eles. Ou seja, a questão aqui não era bem o que eles apresentaram: o casamento com a cuxita, mas o sentimento de emulação que rondava os seus corações.

Observação: Emulação é descrito em Gálatas 5. 22 como obra da carne, isto é, o inverso do agir do Espírito. Emulação, segundo o dicionário, é o sentimento que leva o indivíduo a igualar-se ou ser superior ao outro. É a famosa concorrência.
O agir dos servos de Deus deve ser contrário a tal atitude, conforme admoesta o apóstolo Paulo: “Considerai os outros superiores a si mesmos” Fp 2.3.

Observação: Perceba que ao falar diretamente com Miriã e Arão Deus não tratou nenhuma vez sobre o motivo que ela alegava, mas sobre sua cobiça de querer ser mais ou tão usada por Deus como Moisés.

CARACTERÍSTICAS DOS MURMURADORES:
Além de sempre jogar a culpa para outro, ao invés de assumir suas queixas, os murmuradores vivem do passado. É muito comum ouvirmos comentários como o seguinte: “Na minha época a escola dominical era muito boa, mas agora são poucas pessoas que a frequentam.”, ou “há 40 anos a educação funcionava, hoje nada mais funciona.”
É verdade que isso pode ser verdade, mas há 40 anos e na época dessa pessoa havia gente que lutava para que assim o fosse. Uma coisa é comentar no sentido de querer mudar a situação atual, outra bem diferente é criticar pelo prazer de falar mal, que é o caso dos murmurados.

Saudosismo infrutífero é reprovado pelo sábio Salomão: Eclesiastes 7.10 - “Nunca digas: Por que foram os dias passaram melhores do que estes? Porque não provém da sabedoria esta pergunta.”

Por que não podemos pensar assim? Por que tudo o que acontece ao cristão é necessário para o seu proveito, conforme afirma Rm 8.28: “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.”

Em Rm 5. 1-5 o apóstolo Paulo mostra aos romanos que a tribulação é proveitosa para produzir a paciência, e com a paciência adquirimos experiência e depois de experientes não temos mais dúvidas (a experiência não traz confusão).

Quando devemos lembrar do passado? Quando precisamos observar o quanto Deus é poderoso e acreditarmos que Ele pode fazer nos dias atuais o mesmo que fez no passado. (Is 46.9).

O CRISTÃO NÃO PODE SER MURMURADOR:
Quando Jesus veio ao mundo ele veio apresentar o reino de Deus para o ser humano, ou seja, o modo de Deus governar. No entanto, embora esse Reino esteja no mundo (está entre nós por meio da Igreja), ele não é deste mundo (seus parâmetros são opostos aos do mundo), isto é, às leis terrenas.
Ele afirmou isto em Jo 18.36: “O meu reino  não é deste mundo”. Tempos depois, o apóstolo Paulo advertiu aos irmãos de Roma dizendo-lhes: “Porque o reino de Deus não consiste em palavras, mas em poder”, isto é, não é só teoria, mas na capacidade de praticar as suas leis.

MURMURADORES NÃO FAZEM PARTE DO REINO DE DEUS:
Para participar desse Reino (governo) é necessário nascer de novo, isto é, ser uma criatura nova, diferente daquela que servia ao Reino das Trevas, pois o Reino de Cristo é o Reino oposto: O Reino da Luz, por isso temos que ser o exemplo. Leia Ef 5.8-11; Gl 5.19.
Dessa feita, tudo o que pertence ao outro Reino não entra nesse: a murmuração é uma dessas coisas. Leia 1Co 6.9-11; Sl 15. 1-3.

A LINGUAGEM DO REINO DE DEUS É O LOUVOR:
“Em tudo da graças, porque esta é a vontade de Deus, em Cristo Jesus para convosco.” 1 Tessalonicenses 5.18.
Davi sempre advertia sobre a importância de louvar (Sl 18; 136;150 etc). as vezes ele reclamava de alguma situação que o perturbava, mas em seguida ele fazia sua reflexão, como por exemplo, no salmo 42.5: “Por que estás abatida ó minha alma, espera em Deus, pois ainda o louvarei.”
O crente não pode louvar e ao mesmo tempo murmurar, porquanto Tiago afirma que da mesma fonte não pode sair bênção e maldição (Tg 3. 9-11).

MOTIVOS DA MURMURAÇÃO:
1.            Falta de conversão: Todos nós nascemos com a semente do pecado que nos leva a querer agir de forma contrária à vontade divina. (Sl 51.5 e Rm 7.15, 17).

a)           Como evitar ser murmuradorEf 5.18-21: “E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito (...)”.

Observação: O verbo é contínuo, isto é, dá a ideia de uma ação constante.

Por que precisamos nos encher do Espírito? Paulo explica que só dessa maneira não cumpriremos a vontade da carne (Gl 5. 16).

1.            Falta de fé: Em hb 11.6 a Bíblia afirma que sem fé é impossível agradar a Deus.
a)            Os 12 espias enviados a Jericó: Apesar de serem em 12, somente 2 trouxeram uma palavra de ânimo, enquanto os outros 10 só falaram mal do lugar e levaram todo o povo a murmurar contra Moisés e Arão, levando o líder e seu auxiliar caírem em prantos. (Nm 13.1-27; 14.1-11).
b)            “Não vos enganeis: As más conversações corrompem os bons costumes.” (1 Co 15.33).

COMO DEUS AGIU PARA COM OS MURMURADORES:
a)           Nm 12. 1 – 14 – Deus chamou os três, os murmuradores e a vítima da murmuração, expôs o problema entre os envolvidos. Em seguida Ele se retirou , pois Deus não permanece onde há pecado. Ao sair Arão percebeu que Miriã estava com lepra (assim como a murmuração a lepra também é contagiosa). Embora Deus puniu Miriã, sua situação atingiu também Arão, que logo clamou a Moisés para que intercedesse pela vida dela. Observe que ele dirige-se ao irmão chamando-lhe de “meu senhor”(v.11).  Ele reconhecia agora quem estava no comando.
b)           Quanto ao povo, na história dos espias de Jericó Deus não permitiu que eles entrassem na Terra prometida, pois ao invés de crer nele, ficaram contra Moisés, murmurando contra ele. O Senhor os feriu de morte, a todos de vinte anos para cima. (Nm 14.26-32)
c)            Outro episódio no qual houve murmuração por falta de fé se acha em 2 Rs 7, e o castigo foi o seguinte: O homem que murmurou não participou da bênção, e enquanto os demais corriam para recebê-la ele morreu atropelado pelos seus companheiros.

CONCLUSÃO:
Nós temos duas escolhas quando algo nos incomoda: Tomar a decisão de Jó, que ao ser confrontado por sua mulher respondeu-lhe “O senhor deu, o Senhor tomou. Bendito seja o nome do Senhor.”
Ou tomar a decisão do povo de Israel, que todos os dias achavam um motivo para falar mal de Moisés e de Deus.

Não podemos agir em relação a nossa vida como alguém que não quer ver um filme porque acha que não vai gostar do final. Embora não podemos ver todo o roteiro da nossa história, ele já foi profetizado: “Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida”. Sl 23. 6 a.

Observação: Foi cantando que os guerreiros de Israel, sob o governo de Jeosafá venceram uma grande multidão de guerreiros inimigos.
A letra da canção era esta: “Louvai ao Senhor porque a sua benignidade dura para sempre.” (2 Cr 20. 1-22).

Que lindo o que Deus faz quando confiamos nele!!!

Por Leila Castanha

                                            
Ouça o hino de louvor composto por Fanny Crosby, uma mulher cega cuja vida foi marcada por desastres, mas apesar disso ela se decidiu por louvar a Deus. Leia a biografia dela na internet.