terça-feira, 16 de junho de 2015

LIÇÃO Nº 11 - 2º TRIMESTRE DE 2015

A FÉ HEROICA DE MOISÉS

Hb 11.1: “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem”.
Para melhor entendermos este versículo transcreverei segundo a versão de Grant: “Ora a fé é a certeza das coisas esperadas, e a convicção das coisas não vistas”.

SEGUNDO A BÍBLIA EXPLICADA HEBREUS 11 TRATA DA FÉ EM  3 PERÍODOS BÍBLICOS:
1)    A fé no período primordial (4-7) - Começa com Abel, e não com Adão (este não creu na Palavra de Deus, e deu ouvidos a sua mulher que, por sua vez, deu ouvidos à voz da Serpente); No caso de Abel sua fé era apresentada no sacrifício; no caso de Enoque, na comunhão com Deus; e no de Noé, era a fé que testifica (apesar de parecer loucura o mundo daquela época ser acabado por águas – dilúvio – e dentro da arca colocar-se espécies de animais, de par em par, Noé creu na Palavra de Deus  e construiu a arca).

2)    A fé no período dos patriarcas (8-22) :
a.    O escritor aos hebreus fala, primeiro, da fé e das coisas invisíveis (8-16) Abraão, pela fé, obedeceu a Deus indo para um lugar indicado por Ele o qual não conhecia; Sara alcançou a virtude ser mãe em velhice avançada.

b.    A fé nas coisas improváveis (17-22): Abraão ofereceu Isaque, de quem descenderia a nação prometida por Deus, crendo que o Senhor poderia ressuscitar os mortos; Isaque abençoou a Jacó, mesmo não sendo este o costume da época, e creu na bênção mesmo tendo sido enganado: “Será bendito!” (Gn 27.33); José, próximo à hora de sua morte, fez menção da saída dos israelitas do Egito, e os fiz jurar que levaria os seus ossos com eles.
3)    A fé durante o período israelita (23-40) – Vamos nos ater aqui, conforme apontou o estudo de A bíblia Explicada, especificamente, no caso de Moisés, cuja fé foi sempre a”visão do invisível”. Por causa dessa fé ele recusou:
a.    V.24- as vantagens do mundo;
b.    V.25 – escolheu uma sorte aparentemente desprezível;
c.    V.26 – deu valor ao privilégio de sofrer com o povo de Deus;
d.    V.27 – enxergou o que o olho  natural não podia ver (não temeu, como quem vê o invisível).

A.   RECUSOU AS VANTAGENS DO MUNDO ( DO EGITO):
Como filho da filha de Faraó ele tornou-se príncipe, e de acordo com alguns estudiosos da Bíblia, esse Faraó não tinha filho varão de sorte que, possivelmente, Moisés fosse o sucessor do trono.
Estevão afirmou que Moisés fora educado em toda a ciência do Egito, e era poderoso em palavras e em obras – At 7.22.
Mesmo tendo todas as vantagens em ficar do lado de Faraó, Moisés preferiu lutar pelo seu povo de origem, que vivia nos arredores do palácio servindo  como escravos..

Em Fp 3.8 o apóstolo Paulo considera tudo o que deixou por Cristo como esterco (fezes). Mas Paulo  não era um homem qualquer para a sociedade na qual vivia. Ele era um nobre, estudara com Gamaliel, o melhor professor de sua região, presidia execuções, tinha poder para prender ou matar aqueles a quem perseguia, sob a acusação de hereges, falava várias línguas (hebraico, grego, latim e aramaico), etc. Leia At 8.1; 21,37; 22.1-3.

v.25 - Moisés sabia que seria por sua mão que Deus libertaria os israelitas das mãos dos egípcios, pois, de acordo com a mensagem de Estevão, ele esperava que os seus compatriotas entendessem que ele os livraria da escravidão (At 7.25).
Crendo na promessa, que, provavelmente, ouvira de seus pais biológicos, ele usou sua posição para tentar fazer a vontade de Deus.

EXEMPLOS DE PESSOAS QUE USARAM SUA POSIÇÃO PARA EXECUTAR OS PLANOS DE DEUS:
Ester tornou-se rainha, e ao saber que Hamã (um ministro do rei Assurero) tramava matar os judeus, ela usou sua posição para tentar persuadir o rei de não fazer isso. Para tanto, proclamou um jejum, por intermédio de seu tio Mordecai e foi a recâmera do rei (ao quarto) sabendo que podia ser morta por isso, já que o rei não a requisitara.
Neemias passou um grande susto quando o rei a quem servia (era copeiro do rei) percebeu que ele estava triste na sua presença, mas ao ser indagado pelo monarca o motivo de sua triste, mesmo correndo o risco de ser punido pediu-lhe para reconstruir os muros da cidade de seus pais (é provável que ele houvesse nascido no cativeiro). Ao ser autorizado, pediu ao rei que enviasse cartas aos governadores para que o deixassem passar até Judá, e ao guarda da floresta que lhe desse madeira, e o rei ainda lhe enviou capitães do exército e cavaleiros – Nee 2. 7-9.

MOISÉS NÃO SE APEGOU A NOBREZA, NEM ÀS RIQUEZAS, ELE OLHAVA MUITO ALÉM
Os heróis da fé foram homens e mulheres que negaram sua vida em troca de viver a vontade de Deus, mas hoje vemos o contrário: pessoas que vão em busca de Deus para que eles viva a seu bel prazer, servindo-lhes e fazendo-lhes as vontades.

Lição Prática: Deus é visto por muitos cristãos hodiernos como um gênio da lâmpada, de maneira que basta-nos esfregar a lâmpada (oração) e ele se curva às nossas vontades.
Jesus disse: Segue-me, e não o contrário – Mt 8;22; 19.21; At 19.11 etc.

Observação: Parafraseando Charles Colso, em seu livro “O que significa amar a Deus”, podemos dizer que ao ler a Bíblia devemos fazê-lo não com a intenção de ver o que Deus tem a nos oferecer, mas com o propósito de descobrir o que ela tem a nos dizer, sobre o que devemos fazer para Ele. Jó e Abraão são exemplos de dois homens ricos, que abriram mão de suas riquezas e estabilidades e se aventuraram a crer e a obedecer a Deus.

MOISÉS RESISTIU A PRINCÍPIO, MAS DEPOIS CEDEU A VONTADE DIVINA

Ter fé não é não ter medo, mas vencer o medo pela confiança que o Senhor é o nosso pastor e nada nos faltará (Sl 23.1).
Embora Moisés não quisesse ir libertar o povo, finalmente ele cedeu e pela obediência foi aprendendo a confiar em Deus. Deus nos promete crer par ver, não o contrário (Jo 11.40).
Jesus disse que a fé é como um grão de mostarda, no entanto, como qualquer semente o grão só mostra vida quando plantado. Se ficar guardado, poderá morrer, mas se for crescerá, e se for regado florescerá. Assim é a fé: tem de ser colocada em prática, regada pela Palavra de Deus, e assim ela produzirá muito fruto (Ef 5.26; Gl 5.22).
Exemplos de fé na vontadede de Deus
 Jesus disse ao Pai que sua vontade era desistir, mas deixou a decisão com Deus – Lc 22.42; Jo 12. 27,28.
O apóstolo Paulo insistiu para Deus retirar dele o “espinho na carne” – 2 Co 12.8-10.

Observação: A fé se rende, enquanto que a dúvida resiste.

B) vv 25,26 -  Preferiu sofrer com o povo de Deus; Deixou as riquezas do mundo pela recompensa.
Embora o feito de Moisés fora por obediência a Deus, ele obedeceu porque cria que seria recompensado. Não é errado pensarmos em receber recompensas por nossos atos em obediência ao Senhor, o erro está em querermos que as bênçãos de Deus se equipara a nossa vontade, independente da vontade dele.
O próprio Jesus suportou o sofrimento da cruz “em troca de uma alegria que lhe estava proposta” – Hb 12.2. Isto é, Jesus foi para a cruz em obediência a Deus, mas consolou-se no que receberia além da cruz.
Embora é certo que sofreremos ao fazer a vontade de Deus, pois isso é sinônimo de desafiarmos o adversário, é certo também que teremos alegria. Conforme bem explicou um determinado escritor, alegria não é diversão, mas o salmista afirmou que “na presença do Senhor há fartura de alegria” – Sl 16.11.
Há diversos versículos bíblicos que confirmam a autenticidade de que podemos esperar recompensas futuras e presentes ao depositarmos nossa fé em Deus – Mt 6.4; Jr. 51.56. Hb 11.6; Sl 18.20; Pv 11. 18; Mc 10.30; Mt 5.12 etc.

A FÉ DE MOISÉS ESTAVA FIRMADA NA PALAVRA DE DEUS
V. 27 –Enxergou o que o olho natural não podia ver.
Pela visão humana Moisés deixou a elite por escravos, a estabilidade do palácio pela insegurança do deserto, a liderança de uma das maiores potencias políticas e culturais da época pela liderança de um bando de escravos, rudes, ingratos e sem perspectiva de futuro (só viviam olhando para trás).
Pela fé ele se via liderando um povo especial, diferente de todos os outros povos, uma nação grande e poderosa, cujo monarca era o próprio Deus. Ele tinha consciência que com Deus ele faria a diferença – Ex 15.16.
Pela visão humana Moisés era um desertor qualquer, sem perspectiva de futuro: um derrotado.
Pela fé ele se via como o escolhido por Deus para ser o libertador dos escravos de uma nação poderosa, e que a partir da saída dos israelitas ele os guiaria rumo a uma terra onde eles se tornariam um povo forte, porque eram o povo de Deus, e não de Faraó.
                                                                                                               
O APÓSTOLO PAULO DISSE QUE VIVEMOS POR FÉ, E NÃO POR VISTA – 2 co 5.7
Ao alertar os israelitas a não fazerem imagens de Deus para adorar, Moisés deu como explicação que lá no monte Horebe, no meio da sarcça (do  mato), ninguém viu o seu rosto. Deus era um deus invisível.

Observação: Este era um dos grandes problemas que Israel não sabia lidar: No Egito eles viam vários deuses, o próprio Faraó era reconhecido pelos egípcios como o rei-deus.
Em Jó 9.11, falou das grandezas de Deus, e  em seguida ponderou: “Ele passa por mim e não o vejo, nem o sinto”. No entanto, ele nunca duvidou da existência de Deus, antes afirmou: “Eu sei que o meu redentor vive, e por fim se levantará sobre a Terra” – Jo 19.25.
também afirmou que guardava os seus mandamentos mesmo que não via a Deus, no entanto, ele sabia que Deus cumpriria suas promessas – Jó 23.8-11,14.
Isaias disse: “Verdadeiramente Deus é um Deus que se esconde”. (45.15).
Habacuque cria tanto na fidelidade de Deus a ponto de dizer que ainda que nada desse certo (a fiqueira não floresça, não haja fruto na vide etc), ele se alegria em Deus, pois ele lhe daria forças para prosseguir (3.17-19).
Josué e Calebe, foram os únicos da geração que pereceu no deserto que Deus permitiu que entrassem na Terra Prometida porque ambos não duvidaram das promessas de Deus, apesar de terem visto as mesmas dificuldades que os outros dez espias. No entanto, eles não se prenderam ao problema humano, mas visaram a solução divina – Nm 14. 6-10.

Observação 1: Josué também era chamado de Oseias. Veja Nm 13.8.
Moisés confiava tanto na Palavra de Deus que celebrou a Páscoa (festa que comemora a saída do povo de Israel do Egito), antes mesmo de saírem de lá. – Ex 12.21-30.

Observação 2: A palavra páscoa vem do hebraico e significa “passagem”.
No Sl 46.1 o salmista revela que mesmo que tudo pareça sem saída ele ter certeza que “O Senhor dos exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio”.
Paulo declara a Timóteo que “ainda que sejamos infiéis ele continua fiel”. (2 Tm 2.13).

A FÉ É INABALÁVEL, POIS ELA NÃO ABANDONA SUAS CRENÇAS
Daniel ficou sabendo que o rei Dario havia assinado um edito o qual proibia de que, durante 30 dias, alguém fizesse qualquer petição a outra pessoa ou deuses, além dele. Ao chegar ao conhecimento de Daniel o tal edito, ele foi justamente falar com Deus em oração, adorando-o como de costume. Isto porque a verdadeira fé é inabalável, e não se rende mesmo diante das ameaças.

Lição Prática: Talvez para nós esse edito não fosse problema porque temos o hábito de contar nossos problemas a todo mundo, e se sobrar tempo, então contamos a Deus. Mas Daniel, primeiro falava com Deus, e sob sua orientação tomava as próximas decisões.
Moisés fugiu do palácio, mas na primeira oportunidade de voltar para lá, fez exatamente o que há 40 anos atrás tentou fazer. Bastou Deus ordenar e prometer estar com ele, e Moisés tornou-se um gigante na fé. Ele só tinha uma objeção: Que Deus não o abandonasse – Ex 33.15.

O apóstolo Paulo disse aos irmãos de Corinto que “os judeus pedem sinal e os gregos buscam sabedoria”, mas eles pregariam a Cristo, mesmo sabendo que isto era escândalo para os judeus (Jesus foi crucificado – Dt 21.23), e loucura para os gregos – 1 Co 1.22,23.
Pedro e João foram presos e advertidos a não mais falar no nome de Jesus, ao que responderam: “Mais importa obedecer a Deus que aos homens”. Em seguida foram para suas casas, contaram o ocorrido aos irmãos e juntos oraram pedindo a Deus para dar-lhes ousadia e continuar operando por meio deles – At 4.18-19,24,29,30. Nada mudou por causa da perseguição, porque a fé é o firme fundamento (Hb 11.1).
Fica para nossa reflexão as palavras de Jesus, descritas em Lc 18.8: “Quando vier o Filho do Homem, porventura achará fé na Terra?”

Por Leila Castanha

sábado, 13 de junho de 2015

CARACTERÍSTICAS DOS GRUPOS DE IDADE






Professor, leia ao menos a parte referente à idade de seus alunos, pois conhecê-los é fundamental para a prática educativa.







Para ensinar crianças com eficiência e sucesso, o professor precisa conhecer as características, necessidades e interesses peculiares a cada faixa etária. (...).
A Psicologia Educacional estuda as leis que governam o crescimento, desenvolvimento e comportamento do indivíduo. Estuda o aluno quanto aos aspectos físico, mental, social e espiritual. Estudaremos agora, portanto, as características, as tendências, aspirações, predileções e interesses de cada grupo de idade e com isso também as necessidades de cada um dels, nos eu relacionamento com o aprendizado. Isso, em forma resumida. (...).


1.            BERÇÁRIO E JARDIM DA INFÂNCIA (1-5 ANOS)

Palavra descritiva da idade: Receptividade e Plasticidade.




a.            Físico.
Rápido crescimento, inquietação, movimento, sentimento, dependência.
As quatro principais atividades da criança nessa idade são: comer, dormir, brincar, perguntar. Os sentidos funcionam com toda carga. Eles são nessa época de suprema importância na aprendizagem. O ensino ilustrado é de toda importância nessa fase. Crianças gostam de todo tipo de barulho, especialmente aqueles que resultam em ritmo. Por essa razão, rimas e movimentos ritmados nos hinos, poesias e exercícios de expressão agradam, impressionam o sistema nervoso e este tranformam as sensações em movimento.

b.           Mental.
Aprendizagem pelos sentidos, Curiosidade. Imaginação. Credulidade. A alma da criança é como massa de modelagem: a forma que se der, essa fica; o que for ensinado é aceito e crido sem discussão, o que não se dá com jovens e adultos, que tendo a faculdade da razão em pleno funcionamento, concordam ou discordam, conforme seu senso de valores, julgamento e conhecimento. A visão é por demais ativa e a criança aprende mais pela visão do que por qualquer outro sentido.  (...). A imaginação é por demais fértil. Nessa idade a criança não distingue entre o real e o imaginário. (...). Devido a esta forte imaginação, elas inventam histórias as mais incríveis, sendo por isso tidas por mentirosas. Quanto à curiosidade, a criança normal parece mais um ponto de interrogação! Seu período de atenção não vai além de 3 minutos.

c.            Social.
A criança até aos 5 anos é notadamente egoísta, vindo com isso, a imitação. Ela é o centro do seu próprio mundo. Só pensa em termos de “eu”. Tudo é “meu”. (...). Se vê outras criança brincando quer tomar os seus brinquedos. (...). É teimosa e quer fazer aquilo que lhe vem à mente. São afetuosas. Gostam de música e canto. Sua tendência para imitar os outros, influi no caráter, assim  como a curiosidade influi no conhecimento. Essa é a época áurea da formação dos hábitos como oração, obediência, frequência aos cultos, contribuição, assistência caritativa e filantrópica, etc. A vida é uma série de hábitos bons e maus. Os que moldarão a vida são formados na primeira infância, até aos 4 anos. (...).

d.           Espiritual.
Credulidade e confiança tranquila. A vida cristã no lar, num ambiente de oração e fé em Deus, fará a criança compreender a Deus como o Pai amoroso. A atividade dos sentidos ajudá-lo-á a aprender as lições da natureza. A criança crê em tudo que lhe é dito. Deus deve ser apresentado como o Papai do céu...


2.           OS PRIMÁRIOS (6-8 anos).

Palavra descritiva da idade: Atividade.



a.            Físico.
Ativo e irrequieto, mas melhor controlado. As características são as mesmas da idade 4-5 anos, com ligeiras diferenças. O crescimento é mais lento. O ingresso na escola pública põe a criança sob disciplina e a expõe a alguns perigos. Começa a brincar em grupo; o egoísmo está diminuindo. As avalanches de energia precisam ser dispendidas sob orientação. Se seu tempo for ocupado encontrarão muito o que fazer...

b.           Mental.
Nessa idade, o aluno é observador e curioso. Prefere mais fazer, do que prestar atenção. Tem memória sem igual. Aprende com facilidade sem entender o que memoriza.É preciso cuidado quanto ao ensino nesse particular. São impacientes; o que querem, querem agora! Começam a distinguir entre o real e o imaginário, entre fato e fantasia. Lembre-se disto, professor! As histórias e fatos contados ficam gravados. Dessas histórias, a criança obtém preciosas noções de honram, justiça, bondade, compaixão. Na Bíblia, a maior fonte de histórias é o Antigo Testamento; mas em o Novo Testamento encontramos muitas também, especialmente nos Evangelhos e Atos dos Apóstolos. O egoísmo dá lugar ao instinto de coleção. (...). As crianças nessa idade aprendem fácil, mas é preciso explicação do material memorizado. Se isto não for feito, elas guardam a história na memória, mas esquecem a lição nela contida. (...).

c.            Social.
A imitação continua forte, bem como a tendência para representação. A criança nessa idade gosta do grupo, mas do mesmo sexo. O menino aborrece qualquer associação com as meninas, quer nos brinquedos, quer nas ruas. Eles implicam com elas e as expulsam do seu meio. Elas se desforram usando apelidos e títulos de desprezo... Pode haver intimidade quando há perversão dos costumes e má influência do meio. É preciso vigilância, por isso. Na imitação, o menino brinca de médico, de motorista, de vendedor, e... enche os ouvidos dos pais em casa. As meninas brincam de bonecas, cozinhando, etc. Os hábitos estão se formando, para o bem ou para o mal. Que responsabilidade tem o professor aqui!!!
Nessa idade a criança é muito sensível. Qualquer coisa que lhe digamos em tom áspero a magoará e não esquecerá com facilidade. Entretanto, não guarda rancor. Perdoa com facilidade e logo mais está em seu normal.

d.           Espiritual.
Confia sem duvidar, a menos que sofra decepções. Uma criança facilmente confia em Deus. Nessa idade ela começa a comparar o certo e o errado, e é ágil, viva em descobrir as falhas nos adultos. (...). Se o professor não estiver devidamente preparado para a aula, a criança notará facilmente seus apertos. Deus deve ser apresentado como o Grande Amigo.




           3.   OS JUNIORES (9-11 ANOS)



Palavra descritiva da idade: energia

extraído de: http://ensinoinfantilnumclique.com.br/aula-biblica-juniores-27-por-que-devemos-louvar-ao-senhor/



a.    Físico.
Saúde e energia em excesso. Espírito de competição e investigação. Não há fadiga. As classes devem ser separadas, porque o que interessa a meninos, não interessa a meninas. Gostam do ar-live e excursões. Adoram coisas arriscadas, como subir em árvores, rochedos e equilibrismo. O instinto de coleção aumenta mais. Agora é selo, moeda, figuras, revistas infantis etc. O espírito de competição muitas vezes termina em lutas. Dois garotos começam a argumentar e logo chegam a conclusão que a única maneira de decidir as coisas é à base da luta e lá se vão... Deus deve ser apresentado como Deus Forte e Amoroso.

b.    Mental
Sede pelo saber. Começo das dúvidas. A criança passa a investigar o porquê das coisas. A memória continua ativa. O que for agora memorizado, ficará retido e acompanhará o aluno pelo resto da vida. A criança lê muito nessa idade. É a época de pôr em suas mãos a literatura ideal, porém, graduada. A criança memoriza sem compreender o conteúdo da lição. O professor deve estar ciente disso. Quase todas as crianças dessa idade acham tolas as ideias dos adultos.,, Esta é a época ideal para fixar hábitos e costumes corretos como: leitura da Bíblia, localização de passagens, freqüência aos cultos, estudos da lição da Escola Dominical, contribuição financeira, graças pelo alimento, oração em geral etc.

c.    Social
Interesse no grupo, associações, organizações. O menino quer “pertencer”. O meninos acham que as meninas não deviam existir... Irmãos, vez por outra, “brigam” nessa época. Não se trata de crueldade. Isso surge mesmo nessa idade. O sentimento de lealdade é muito forte. Necessitam grandemente de tratamento simpático. O espírito de grupo deve ser orientado e guiado em vez de sufocado ou criticado. Há pela consciência do sexo, mas toda atividade dele está adormecida, de modo que repetem-se como na idade anterior. Esta é a idade ideal para a orientação sexual, porém deve ser ministrada pelos pais.

d.    Espiritual
Sendo crente, nessa idade a criança gosta muito de adorar a Deis. Ama a Jesus como seu Salvador, Amigo e Herói. É a época da plasticidade espiritual.






4.   OS INTERMEDIÁRIOS (12-14 ANOS)

Palavra descritiva da idade: Transição




a.            Físico.
Crescimento rápido outra vez. Mudanças profundas físicas e mentais, isto devido a ação de certas glândulas até então inativas, mas agora, em obediência às leis do Criador, são ativas e respondem pelas transformações físicas e psíquicas da criança. Há agora muito vigor e muita atividade. O coração do adolescente cresce e palpita com mais rapidez, o que dá a omenino energia, tornando-o barulhento. Bate a porta com força, assobia e grita com força total (...). Meninos e meninas começam a demorar-se diante do espelho e do perfume... As meninas crescem mais rápido, mas param mais cedo; os meninos demoram um pouco mais e continuam crescendo. Devido as novas forças desenvolvidas e desassossego do físico, grandes perigos rondam esta idade.
Os adolescentes são desajeitados; esbarram em tudo e como quebram as coisas em casa!!! Isso porque mãos, pernas e pés estão em rápido crescimento, juntamente com forças até então inativas, e o cálculo e a firmeza sofrem prejuízos. Também costumam aprender e inventar cacoetes os mais diversos, mas sendo observados com simpatia, os abandonam pouco depois automaticamente. (...).
Deus deve ser apresentado aos adolescentes como o nosso verdadeiro alvo.

a.            Mental.
Expansão. Abandono das coisas de criança. Surge a razão, a mais alta das faculdades humanas, e o rapaz está sempre a perguntar o porquê e o como das coisas. (Falamos de razão no sentido de raciocínio, e não noutro.) é a idade das dúvidas (...). Concentra-se no que faz. Surgem as emoções. Perguntas bíblicas difíceis. Impera o reino da fantasia. Há constantes sonhos quiméricos de coisas irrealizáveis, que costumamos chamar de “castelos de areia”. As emoções oscilam de um extremo ao outro. Hoje a mocinha está alegre, irrequieta, sonhadora. Amanhã estará muda, triste e não gosta mais de ninguém... O rapazinho adquire ares de teimosia, rebeldia, argumentação.  Tudo isso faz parte dessa idade. Tudo deve ser canalizado e orientado para o bem.
A oração constante a Deus e a confiança em Suas promessas segundo a Sua palavra, por parte dos pais, é fator de primeira ordem para o equilíbrio, controle e vitória, tanto no lar como nas vidas dos adolescentes.
É ainda nessa idade que a mente atinge o mais elevado período intelectual, na fronteira dos 15 anos.

b.           Social.
Desejo de companhia. Aumenta o sentimento de grupo. Os pais enfrentam o problema de companheiros apropriados para os filhos. Impulsos de independência. Detestam a rotina; querem variedade. Emoções intensas. A disposição e a força devem ser dirigidos contra o mal, o erro. O amor profundo que surge nessa época deve ter verdadeiro alvo em Deus e no próximo, com o qual convivemos aqui na terra até à morte. O estudo de relações humanas por parte dos pais é muito útil nessa fase.
O sentimento de justiça é muito forte, o que exige cuidado dos pais quanto a aplicação de disciplina.

c.            Espiritual.
É época ideal para serem conduzidos a  Cristo. Precisam de apoio constante e orientação, isso num ambiente apropriado de espiritualidade profunda, atividades cristãs e programas próprios para a juventude.



5. OS SECUNDÁRIOS (15-17 anos)

Palavra descritiva da idade: Aspiração.




                                                   



As características físicas, mentais, sociais e espirituais, são praticamente as mesmas da idade anterior, porém, mais acentuadas.
A vida sentimental continua em desenvolvimento. Muitas vezes, há romances nesse ponto, os quais exigem tato, controle, paciência, ação, confiança e observação por parte dos pais. Prossegue o espírito de competição.


6. OS JOVENS (18-24 anos)

Palavra descritiva da idade: Independência.
a.           Físico.
Vitalidade limitada. O físico atinge o máximo. As energias físicas e mentais devem ser dirigidas de modo a fazer do jovem (rapaz ou moça) um cooperador na obra de Deus.

b.           Mental.
Os sentimentos estão desenvolvidos ao máximo. Patriotismo. Paixão por ideais. O jovem gosta de aparecer. Tem prazer em exibir uniformes, distintivos, etc. Gloria-se no sacrifício e na prática do bem ao próximo, fazendo para isso seus maiores esforços. Tem forte imaginação construtiva. Jovens nessa idade têm planejado e inventado muitas máquinas e aparelhos.

c.           Social.
Nessa idade o jovem escolhe o seu modo de vida definido. Essa idade repele a monotonia. É a idade de ouro da juventude. Antes disso, o jovem aspira alguma coisa, agora ele parte para a independência. A Escola Dominical pode influir grandemente na solução dos problemas do moço e da moça, como: conversão, dedicação a Cristo, vida espiritual profunda, namoro, casamento, etc. Os professores precisam ser bons conselheiros nessa fase. A Escola deve procurar ter professores à altura, e para isso tomar todas as providências, inclusive diante de Deus em oração e súplicas.

d.           Espiritual.

Nessa idade os jovens têm convicções firmes, definidas. Uma vez tendo requisitos, serem muito bem nas atividades da Escola Dominical, campanhas diversas, projetos e trabalhos em geral da igreja local. Com a assistência e orientação necessárias, o trabalho da mocidade produz abundantemente. A liderança desenvolvida através dos anos tem agora o seu auge.    


7. IDADE DE 25-60 ANOS




Daremos apenas um resumo, com as palavras descritivas de cada idade e ligeiras observações. Não é que essas faixas de idade tenham pouca importância para o professor. Não! É devido às estreitas limitações do espaço e tempo deste curso.

a.   25-34 anos. Palavra descritiva da idade: Aplicação. A prudência entra em ação.

b.   35-60 anos. Palavra descritiva da idade: Realização. A constância é uma realidade nessa idade. É o meio-dia da vida. É como se alguém subisse a uma montanha e chegasse no topo.

c.   60 anos para cima. Palavra descritiva da idade: Reflexão. Aqui começa a descida da montanha da vida... É o inverso da subida na infância. Nessa idade, o homem e a mulher necessitam de apoio, simpatia, compreensão e paciência. É o início da velhice. São muito observadores. Se não tiverem o Espírito de Cristo e uma sólida formação, tenderão:

·        Ao pessimismo
·        À crítica
·        À murmuração
·        À maledicência
·        A maus hábitos

Conclusão: O ensino para ser eficiente deve ser graduado, de modo  a atender as necessidades dessas diferentes idades, segundo suas características, necessidades e  interesses que acabamos de ver. Fica, pois bem claro que o professor para ser eficiente precisa não somente conhecer a matéria que vai ensinar (a Palavra de Deus) e ser espiritual; mas também conhecer o aluno, não apenas no sentido pessoal, mas sua psicologia. Oremos e busquemos o Senhor para que Ele levante um poderoso  ministério de ensino entre nós.


(Texto extraído de “Manual da escola dominical”, de autoria de Antonio Gilberto).