terça-feira, 28 de abril de 2015

ESBOÇO DE ESTUDO BÍBLICO PARA DISCIPULADO - AULA Nº 4


FUNDAMENTOS DA FÉ

TEMA: QUEM SÃO OS PREDESTINADOS?


SOTERIOLOGIA é a "ciência teológica que se refere à salvação da humanidade, de sua redenção" (Larousse Cultural).

ASSUNTO: Predestinação X Livre arbítrio
TEXTO BASE: Rm 8. 29

1. A) JOÃO CALVINO – (1500-1560) Teólogo francês e propagador da doutrina da Predestinação. Os defensores desta doutrina são denominados “calvinistas”. Os calvinistas creem que algumas pessoas já foram predestinada por Deus para a salvação, enquanto as demais já foram predestinadas à condenação..

B) JACOB ARMINIUS – (1560-1609) Teólogo holandês e propagador da doutrina do Livre arbítrio. Os defensores desta doutrina são denominados “arminianos”. Os arminianos creem que Deus permite ao homem o livre arbítrio, isto é, ele pode aceitar a chamada à salvação, que é um ato da graça de Deus, e ser salvo,  ou rejeitá-la, e  receber a condenação.

Observação: Segundo a doutrina de Calvino, algumas pessoas são predestinadas por Deus para a salvação e outras para a condenação.

2. PREDESTINAR significa destinar antecipadamente, prever o futuro.

3. CREMOS NA PREDESTINAÇÃO DA SEGUINTE MANEIRA:
a. O plano de Deus era reconciliar consigo o mundo  desde a eternidade - 2 Co 5.18-21;
b .Jesus é o Cristo, o eleito de Deus para a redenção do homem – Mt 12.18-21; Is 42.1; 1 Pe 2.4-6;
c. O sangue de Jesus seria o preço pelo resgate da humanidade caída – Ef 1.7;Cl 1.19,20;
d. Deus havia predestinado para si um povo santificado  - Ef 1.4-7; 1Pe 1.1; 2.9.

4. Romanos 8.29a: “Os que dantes conheceu, a estes também predestinou”. Neste versículo, 1conhecer de antemão (dantes conheceu), é equivalente a “amar de antemão”, e é usado no sentido de “optar por amar desde a eternidade”, - Veja Ex 2.25; Sl 1.6; Od 13.5; Mt 7. 22,23; 1 Co 8.3; Gl 4.9; 1 Jo 3.1 (versão Almeida e Corrigida).

5. (V. 30): “E aos que chamou a estes também justificou, e aos que justificou a estes também glorificou”. Mostra também a presciência de Deus  (Deus  é onipotente, onisciente, onipresente e presciente) – Rm 11.1; At 2.23; 1Pe 1.18-20; Veja também 1 Co 8.3; 1 Tm 2.19.

6. QUANDO PAULO FALA DE PREDESTINAÇÃO ELE REFERE-SE NO PLURAL: Perceba que o apóstolo não se refere a predestinação no singular (como a indivíduos particulares), mas no plural, como a um conjunto de indivíduos, ou grupo de pessoas. Isto porque ao tratar da predestinação, o apóstolo aos gentios refere-se sempre à Igreja de Cristo (que é predestinada a salvação, por ser esta a noiva do Cordeiro) – Veja Ef 1.5,22,23 (a carta era para a Igreja de Éfeso, isto é, ao conjunto de fiéis pertencentes àquela Igreja); Ef 4.12 (Paulo diz que escreve para “o aperfeiçoamento dos santos, para a edificação do corpo) ; 1 Pe 2.9; Ap 21.9 também trata da Igreja, não de indivíduos particulares.


Por Leila Castanha


1Bíblia Explicada – editora CPAD. Nota sobre o texto Rm 8.29



Observação: Para entender melhor a doutrina (ensinamento) a respeito do livre arbítrio consulte os links abaixo:

 http://teologiaarminiana.blogspot.com.br/).

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ESBOÇO DE ESTUDO BÍBLICO PARA DISCIPULADO - AULA Nº 5

FUNDAMENTOS DA FÉ 


TEMA: QUEM SÃO OS CHAMADOS À SALVAÇÃO?

ASSUNTO: Predestinação X Livre arbítrio

TEXTO BASE: João 6.37

1. PREDESTINAR: destinar antecipadamente, prever o futuro.

2. Rm 8.30b: “E aos que chamou a estes também justificou”:
 a. Jesus veio fazer a vontade do Pai, e ambos são um (em unidade) –Jo 6.38; 10.30;
b.  A  quem Deus chamou: Jo 10.30Mt 9.30 (os cansados e oprimidos); Lc 19.10 (os que se havia perdido); Rm 3.21-24 (a todos os que pecaram); Tt 2.11 (todos os homens); Jo 1.10-12 ( a todos quantos receberam a Jesus); 1Tm 2.1-5 ( a todos, por isso devemos interceder pela graça de Deus por todos); 1Jo 2.1,2 (todo o mundo); Jo 3.16,17 (a humanidade); * Jo 6.37 (todo o que Ele der ao Filho).

Observação: Deprecações é súplicas; pedido em favor de obtenção de graça.

3. Jo 5.37a: “Todo o que o Pai e dá virá a mim” – Os defensores da Predestinação Fatalista usam este texto como prova de que Deus escolheu algumas pessoas para a salvação, de acordo com sua soberania (fato de Deus fazer o que desejar, sem ter de dar satisfação ao ser humano).

4. A QUEM O PAI LEVA A JESUS (V. 46) – “Está escrito nos profetas: E serão todos ensinados por Deus. Portanto todo aquele que do Pai ouviu e aprendeu vem a mim”.  (grifo meu). Entendemos, pois, que Deus deu a seu Filho todo aquele que o ouviu e aprendeu dele. Leia Jo 14.23,24 (“se alguém me ama guardará a minha palavra”). No entanto, a palavra que Jesus ensinava, ele mesmo afirmou que não era dele, mas provinha do Pai, que o mandou anunciar (Jo 12.49,50). Logo, se a palavra de Deus era a mesma palavra que Jesus pregava, todo aquele que vem a Jesus são os que dão atenção à sua palavra, isto é, aqueles que não são ouvintes esquecidos (Tg 1.22).

5. SÓ VEM AO PAI QUEM PASSA PRIMEIRO POR JESUS: Jo 12.32,33 diz que na cruz, Jesus atraiu todos para ele. A Bíblia diz que só chega ao Pai aquele que passar primeiro por Cristo (Jo 14.6). Daí entendemos que se Jesus é o caminho, e ninguém pode vir ao Pai senão por Ele, o Pai lhe dá todos quantos os receberam (Leia Jo 1.12).

6. DEUS SUJEITOU TUDO A JESUS: Rm 11.36. Tudo foi feito por ele e para ele- Fp 2.8-11. Assim sendo, compreendemos que todos quantos se sujeitam ao Filho o Pai lhe dá. Foi esse foi o plano desde o início , antes da fundação do mundo, que tudo seria sujeito a Ele, pois tudo foi feito por ele  e  para ele, inclusive o ser humano, que foi criado para ser segundo a sua imagem – 1 Co  1.16; Cl 1.20; Ef 1.20,22). Tudo pertence a Cristo, e aqueles que querem se chegar a Deus, Deus aponta o seu Filho como único e suficiente Salvador, o único caminho que leva o homem a reconciliar-se consigo. Tudo foi sujeito a Jesus, inclusive a Igreja, e quem pertencer a ela, pertence a Cristo, que é a cabeça, e de quem  ela é o corpo - Ef 1.22,23.

7. SE PAULO FOSSE DEFENSOR DA PREDESTINAÇÃO FATALISTA, ELE DARIA GARANTIA DE SUA PRÓPRIA SALVAÇÃO:  No entanto não é isso que observamos nos versículos a seguir:  Fp 3.9-14 (compare com Mt 10.22; Ap 2.10); 1 Co 4.1-5; 1Tm 5.12-14.

8. A IGREJA É COMPRADA À ISRAEL – No Antigo Testamento, apesar de Deus eleger para si mesmo a nação israelita, se qualquer pessoa desobedecesse às suas leis seria amaldiçoada – Dt 29.18-21; 2Rs 21.14. Assim é o seu novo pacto (com a Igreja), todo o que não permanecer nele será condenado – Mt 10.22; Ap 2.10 etc.

Por Leila Castanha


Observação: Para entender melhor a doutrina (ensinamento) a respeito do livre arbítrio consulte o blog http://teologiaarminiana.blogspot.com.br/).

ESBOÇO DE ESTUDO BÍBLICO PARA DISCIPULADO - Aula nº 6


FUNDAMENTOS DA FÉ
Imagem extraída de easternlightninggodship.altervista.org


TEMA: UMA VEZ SALVO, SALVO PARA SEMPRE?

ASSUNTO: Predestinação X Livre arbítrio

Texto Base: Ap 17.8b

1.                  A INCLUSÃO DO NOME NO LIVRO DA VIDA (Ap 17.8b):

a.                  O que é o livro da vida? É o local onde está registrado o nome dos salvos, e quem não estiver com seu nome inscrito será condenado à perdição eterna (Ap 20.15; 21.27; Ap 20.12).

2.                  DESDE QUANDO OS SALVOS SÃO INSCRITOS NO LIVRO DA VIDA?
O verbo apo em Ap 17.8 significa “a partir de” e não “antes de”. Isto significa que os nomes dos salvos foram escritos no livro da vida “desde a fundação do mundo”, isto é, desde que o homem foi colocado na Terra, criada por Deus. Mas isso não significa que os nomes dos salvos já foram previamente inscritos.

3.                  TEM QUE NASCER DE NOVO (Jo 3.3,5) - De acordo com esse texto (só pode ver o Reino de Deus quem nascer de novo), subtende-se que, a partir do novo nascimento, os nomes são inseridos. Não cremos que haja uma lista previamente pronta, antes de o mundo existir, porque como não se pode registrar alguém que ainda não nasceu.

4.                  O CORDEIRO MORTO, DESDE A FUNDAÇÃO DO MUNDO (Ap 13.8): Uma vez que entendemos que todos os cordeiros sacrificados para a expiação do pecado do povo apontavam para o sacrifício expiatório do Cordeiro de Deus (Jo 1.29), servindo de antítipo para o que havia de vir (o Messias), conforme o plano preestabelecido por Deus antes da fundação do mundo (Gn 3.15; 1 Pe 1.18, 20).

5.                  UMA VEZ SALVO, SALVO PARA SEMPRE? Paulo disse que seus cooperadores estavam escritos no livro da vida (Fp 4.3). Isto não significa que já estavam previamente inscritos, pois o próprio Paulo exorta aos irmãos de Filipos a permanecerem firmes no Senhor (v 1).

6.                   O CORDEIRO MORTO, DESDE A FUNDAÇÃO DO MUNDO (Ap 13.8): Uma vez que entendemos que todos os cordeiros sacrificados para a expiação do pecado do povo apontavam para o sacrifício expiatório do Cordeiro de Deus (Jo 1.29), servindo de antítipo para o que havia de vir (o Messias), conforme o plano preestabelecido por Deus antes da fundação do mundo (Gn 3.15; 1 Pe 1.18-20).

Observação: Antítipo: Tipo ou figura que representa outra.  O cordeiro sacrifical (do sacrifício, no Antigo Testamento) era a figura de Cristo, o Cordeiro de Deus, que havia de vir ao mundo em sacrifício pelos nossos pecados,

7.                  A SALVAÇÃO É GARANTIDA PARA:

a.                  Quem desejá-la (a graça não é irresistível) – Mt 7.13;Ap 3.8 (foram elogiados porque não negaram o nome do Senhor; 3. 20 (se abrir...); Jo 14. 23, 24; 3.5 (o nome será riscado); Jo 10.28 (ninguém pode tirar, mas você pode recusar.O termo arrebatará,no grego harpazo significa: pegar, levar pela força- Rm 8.35 “Quem nos separará do amor de Cristo?” nós podemos rejeitá-lo e voltar atrás- 1Co 10.8); Tg 5,19,20.

b.                 Para quem se esforçar por alcançá-laMt 7.21,23; 18.8,9; 5.29; Mt 19.16-19; Jo 15.1-6 (não é uma vez na videira, sempre na videira); Gl 5,22 (o fruto do Espírito); 1 Co 10. 1. 2,11,12; 1 Jo 2.28,29; 3.3.


c.                  Quem for fiel até o fimAp 3. 3-5 (Jo 15.6); Ap 2. 10, 13-17; 2.26; 3.21; 21.7.


d.                  Os que ficarem firmes (“uma vez salvo, salvo para sempre?”) – Mt 25.13; 2 PE 2.20, 21; 1Jo 2.28; Gl 5.4; 1Jo 2.28; Hb 3.14;  6.11,12; 10.21-26.

Por Leila Castanha

segunda-feira, 27 de abril de 2015

ESBOÇO DE ESTUDO BÍBLICO PARA DISCIPULADO - AULA Nº 7

FUNDAMENTOS DA FÉ

                  
                                                                  
TEMA: QUAL A IMPORTÂNCIA DO BATISMO NAS ÁGUAS

SOTERIOLOGIA é a "ciência teológica que se refere à salvação da humanidade, à sua redenção" a salvação (Larousse Cultural).  Em palavras mais simples, Soteriologia é o estudo acerca da salvação.


TEMA BASE: Mc 16.16           
  
1.    Soteriologia é a “ciência teológica que se refere à salvação da  humanidade, de sua redenção.” (Larousse Cultural).

2.    A palavra batismo vem do grego (baptismos) e significa imersão ou mergulho.

3.    O batismo era prática comum antes de Cristo: João não introduziu nenhum costume novo ao batizar seus discípulos, na verdade, esta já era uma prática entre os judeus que imergiam todo o corpo em água corrente como meio de purificar toda a impureza (Is 1.16).
Além do cerimonial da lavagem do corpo, os judeus também tinham por prática batizar os convertidos ao Judaísmo, e o batismo de prosélitos (novos convertidos ao judaísmo) era prática comum, visto que eles tinham os gentios como impuros.

4.    Não houve surpresa entre os judeus o fato de João batizar: Jo 1.25. Nesse texto o que deixava o povo confuso era João batizar não sendo o Cristo (Ungido), nem nenhum homem de autoridade conhecida por eles do Antigo Testamento. Observe que não questionaram sobre o novo ritual, mas sobre quem batizada.
5.     
6.    De que forma era realizado o batismo bíblico: Como já demonstra o nome, que de acordo com muitos eruditos da Bíblia significa imersão, era esta a forma.

7.    Textos que comprovam o batismo imersão: Mt 3.16 “E sendo Jesus batizado saiu logo da água” ; Jo 3.24 “Ora, João também batizava em Edom, junto a Salim, porque havia ali muitas águas; e vinham ali, e eram batizados. (Porque a necessidade de muitas águas se a ideia era aspergir?); At 8.38-39 “E mandou parar o carro, e desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e o batizou. E quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou a Filipe....”.

8.    Refutação dos que são contra o batismo por imersão e suas explicações: Os opositores do batismo por imersão alegam que no Jordão não havia água suficiente para imergir o corpo de uma pessoa. No entanto, segundo a Bíblia , para passar, Josué abriu as águas desse rio em montões (Js 3.14-16), (Não haveria necessidade de abrir as águas se lá havia pouco volume).  Elias também abriu as águas do Jordão com sua capa (2 Rs 2.8); Naamã mergulhou sete vezes nesse rio (2 Rs 5.14).

9.    O que significa o batismo nas águas:
a) É uma ordenança de Jesus aos que creem Nele (Mt 28.19; Mc 16.16). Os apóstolos batizavam os convertidos (At 2.38; 10.45-48; At 16.14,15)

b) É um símbolo da morte, sepultamento e ressurreição Rm 6.3,4, 6,11 (considerai-vos mortos para o pecado). Ao imergir o convertido nas águas batismais é como se a pessoa morresse e fosse sepultada para o velho homem (sua velha maneira de viver), e o ato de levantá-la de volta faz alusão à ressurreição (para uma nova vida – em Cristo); Gl 3.27; Cl 2.12.

Exemplo: O Pr. Argentino Juan Carlos Ortiz disse que para fazer os irmãos compreenderem melhor o ato do batismo ele batiza usando as seguintes palavras:
“Eu te mato para você renascer para Cristo, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. No ato simbólico do batismo, sepulta-se a velha criatura, e ressurge o novo homem em Cristo.

c) É um ato público de fé: Uma vez que a ordem de Cristo é “Quem crer e for batizado será salvo”, subentende-se que o batismo nas águas é o ato simbólico exterior de um ato real interior (creio, logo, sou batizado).
Uma vez crendo na obra de Jesus, devemos agora estar nele, isto é, viver segundo ele andou (1 Jo 2.6). Como a Ceia, o batismo é um ato simbólico, pessoal e público, de nossa fé (1 Co 11.25,26)

10.  O que não significa o batismo nas águas:
Não é salvação. Para algumas igrejas o batismo é um Sacramento, isto é, um ato que tem por finalidade a santificação, para dar ou aumentar a graça (salvação). Ou, conforme diz o dicionário, Sacramento é um sinal sagrado, instituído por Jesus que dá a santificação divina. A Igreja Católica, por exemplo, possui sete sacramentos: o batismo, a confirmação (crisma, a partir dos 12 anos), a eucaristia, a penitência, a unção dos enfermos, a ordem e o matrimônio.
         Não cremos que o batismo purifica ninguém, pois o único capaz de purificar o homem do                    pecado é Jesus, por meio do seu sangue (1 Jo 1.7).

Por Leila Castanha




PARA LER MAIS SOBRE O BATISMO NAS ÁGUAS CLIQUE NO LINK A SEGUIR:

 http://leilacast.blogspot.com.br/2013/02/a-importancia-do-batismo-nas-aguas.html



ESBOÇO DE ESTUDO BÍBLICO PARA DISCIPULADO - AULA Nº 8

FUNDAMENTOS DA FÉ


TEMA: O QUE É O BATISMO NAS ÁGUAS

TEXTO BASE: Mc 16.16

1. A palavra batismo vem do grego (baptismos) e significa imersão ou mergulho.

2. João Batista era primo de Jesus e seis meses mais velho (Lc 1.5, 34-36). Sua mãe Isabel era prima de Maria, a mãe de Jesus. Maria ficou na casa de Isabel três meses, isto é, até a sua prima dar a luz – (v.39, 56, 57). 

3. Para ser válido, o batismo deve ser precedido de arrependimento -  At 2.38: “E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo”.

4. O batismo que João executava era “Batismo de arrependimento” -  Mt 3.1,2, 5.  Os judeus conheciam o batismo como rito de iniciação e purificação, por exemplo, quando um gentio convertia-se ao judaísmo, eles o circuncidava e o batizava, visto que os gentios eram considerados impuros.  Os fariseus não compreendiam aquele tipo de batismo, visto que sendo judeus, já se consideravam puros, e João os exortava a se arrepender de seus pecados, e serem batizados (v.7,8).

5. O batismo era uma demonstração exterior do que havia acontecido no interior do homem (Mt 3.5-8,11). Batizar para o arrependimento, não significava que o batismo produzia arrependimento, mas comprovava que os batizandos haviam se arrependido dos pecados (Mt 3.2; At 2.38; At 16.14,15. Mc 16.16).

6. O batismo é uma comprovação formal do nosso compromisso com Cristo – Assim como o casamento que sela o compromisso de um homem com uma mulher, diante da sociedade e de Deus, o batismo nas águas tem o mesmo valor simbólico. No casamento existem direitos e deveres, que devem ser respeitados por ambos, do mesmo modo que na comunhão com Cristo, temos direitos, mas temos o dever de ser santos. Rm 6.3,4; Gl 3.27; Cl 2.7.

7. O batismo não salva, ele é a comprovação de que aceitamos a salvação – A Igreja Católica Romana tem 7 sacramentos, dentro os quais estão o batismo e a Santa Ceia (os sacramentos são sinais sagradas, instituídos por Jesus, da dá santificação divina). O que salva o homem é a fé no sacrifício expiatório de Cristo, reconhecendo-o como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.35).
 
 Exemplo: o ladrão que morreu na cruz, não havia sido batizado, no entanto, creu nele e Jesus garantiu-lhe que ele iria ser salvo (Lc 323.39-43).

1 Pe 3.21 – Deixa claro que o batismo não salva, no tocante a purificação do pecado, mas quando o cristão tem consciência do significado do ato batismal: Morremos para o mundo e revivemos para Deus

8. Quem crer e for batizado será salvo (Mc 16.16) – O que salva é a sua fé, e o batismo é consequência dela. Em Tg 2.20-22 observamos que Abraão foi justificado por causa de sua fé, comprovada por sua obra (atitude de obediência).

 Ao carcereiro Paulo o exortou a crer no Senhor Jesus Cristo “e serás salvo, tu e a tua casa”. Então, após crerem em Cristo e o aceitarem Paulo os batizou At 16.30, 31-33. O batismo foi confirmação de sua crença (ele e sua casa agora pertenciam a família de Cristo).

9. Quem purifica o homem:
a.       O sangue de Jesus : 1 Jo 1.7 (o fato de Jesus ter morrido por nós é que nos torna puros diante de Deus);
b.       A Palavra de Deus (Sl 119.9; Jo 17.17); É observando a Palavra de Deus que nos purificamos (nos tornamos santos) Sl 119.10 “Escondi a tua Palavra no meu coração, para eu nãopecar contra ti”.

10. A conversão X Santificação – A conversão se dá com a nossa crença em Jesus, aceitando-o como nosso Senhor e Salvador. Converter é mudar de direção (eu me servia ao pecado, e agora me submeto ao senhorio de Cristo, então me converti). Santificação é um processo que se dá após a conversão e é gradual, e deve ser buscada (seguida) -  Hb 12.14.

Observação:Santificar significa separar.

11.  O batismo é iniciação para os novos membros da família cristã -  Observamos que todos os que criam em Jesus e se arrependiam do pecado eram, em seguida, batizados. Daí então surge as seguintes perguntas:
a.       Quem deve ser batizado: Todo aquele que crer (Mc 16.16; At 8.36-38).

b.      Quem tem compreensão acerca do Evangelho:  Quando Filipe se aproximou do eunuco, a primeira coisa que perguntou foi: “Entendes tu o que lês?” (At 8.30). Por isso não concordamos com o batismo de crianças.

12. Batismo infantil à luz da Bíblia: O fato de Jesus dizer que das crianças é o Reino dos Céus não é motivo suficiente para se justificar o batismo infantil, pois a criança não compreende o significado do ato (com exceção da criança que já tem idade para entender).
Ao apontarem o batismo da família de Lídia, também não é argumento contundente para a defesa do batismo infantil, pois a Bíblia não diz a idade dos filhos dela.
Em relação a circuncisão que era feito nos meninos, com apenas 8 dias de vida, não também não é explicação para o batismo infantil, visto que o simbolismo de um não é idêntico ao do outro (a circuncisão era feito só nos meninos e era sinal de pertencimento a nação israelita), enquanto que o batismo é para todo o que crer em Jesus e é sinal de pertencimento à Igreja de Jesus, composta por todas as raças, tribos, nações e línguas)


Por Leila Castanha












ESBOÇO DE ESTUDO BÍBLICO PARA DISCIPULADO - AULA Nº 9

HERMENÊUTICA BÍBLICA


TEMA:  LINGUAGEM LITERAL E FIGURADA.

NOÇÕES BÁSICAS



HERMENÊUTICA é uma palavra grega que significa “Arte ou técnica de explicar ou interpretar um texto ou um discurso”,
A hermenêutica traça alguns princípios e normas que conduzem a interpretação da Bíblia, como, por exemplo, a compreensão de que os textos bíblicos são apresentados em dois sentidos: literal e figurado.

SENIDO LITERAL: O significado do texto está claro, é explícito. “No princípio criou Deus o céu e a Terra” – Gn 1.1 (Aqui, céu é céu mesmo, e Terra é literalmente Terra). Sl 32.9 – “Não sejais como o cavalo ou a mula....”.

SENTIDO FIGURADO: O significado está escondido, é implícito. Ele pode estar escondido nas palavras do próprio texto ou no contexto (é tudo o que fala sobre o texto – anterior ou posterior ao texto referido).  Usa figuras de linguagem. Para entender esses textos precisa-se conhecer o contexto.

EXEMPLO DE CONTEXTO – 1- fulana não chegou, mas tá chovendo (em SP nos dias de chuva há enchentes = trânsito); 2- Fulana foi pagar as contas e já saiu há 5 horas. Mas hoje é dia 15 (dia de pagamento = fila grande). 3- Fulana morreu de raiva (dois sentidos);  3- Jo 6.48-50, 58  - “Eu sou  o pão vivo que desceu do céu”.

ERRO DE INTERPRETAÇÃO por falta de conhecimento contextual bíblico e histórico: Pastor não é só para corrigir; para mandar; para bater na ovelha, etc. (Jo 10.11; Lc 15.3-7)
O que é símile ou comparação: É a figura de linguagem que consiste na aproximação de dois seres, em função de semelhança entre eles. Entre a coisa comparada e a comparação há o uso de conectivos: Os termos usados são: com, como, parece, tal qual, assim, quanto.

EXEMPLO PRÁTICO DE COMPARAÇÃO OU SÍMILE: José nunca aprende. Ele é parece burro.  José é tal qual um burro; José é como um barro, Etc.

EXEMPLOS BÍBLICOS DE COMPRAÇÃO AO SÍMILE: 1- Sl 1.3,4 – “Os ímpios são como a moinha que o vento espalha”. (a conjunção “como” identifica esta figura de linguagem como símile ou comparação).  2- 1 P2e 1,24 – “Toda a carne é como a erva. E toda a glória do homem é como a flor da erva.Secou-se a erva e caiu a sua flor.”

O QUE É METÁFORA: É uma comparação implícita. Ela é subentendida. Exemplo: José nunca aprende. Ele é um burro. (Na metáfora é como se eu vestisse o objeto comparado com a imagem ou a figura daquilo na qual eu quero compará-lo, caracterizando-o).
Exemplo de metáforas na Bíblia: “Eu sou a porta” – Jo 10.9; “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” – “Eu sou a porta” – Jo 10.9; “Debaixo da sua asa estarás seguro” – Sl 91.4 (Deus é um pássaro?);  “Deus é um fogo consumidor” – Hb 12.29; “Vós sois o sal da Terra”- Mt 5.13; “Eu sou o pão da vida”- Jo 6.48 50 (Jesus era um pão literalmente falando? Os seus discípulos deveriam comê-lo, de fato?); 

Sl 84.11 “O senhor Deus é meu sol e escudo”; gn 3.19: “Do suor do teu rosto comerás o pão”;  Jo 3.3:”Quem não nascer de novo não pode ver o reino de deus”,


Por Leila Castanha


domingo, 26 de abril de 2015

ESBOÇO DE ESTUDO BÍBLICO PARA DISCIPULADO - AULA Nº 10

FUNDAMENTOS DA FÉ


TEMA: A DOUTRINA DA TRANSUBSTANCIAÇÃO À LUZ DA BÍBLIA.

A TRANSUBSTANCIAÇÃO é uma doutrina católica cujo ensinamento defende que após ser consagrado os elementos da santa ceia (o pão e o cálice), embora no catolicismo só se utiliza a hóstia (o pão), estes sofrem alteração da substância, de forma que o pão transforma-se, literalmente, no corpo de Jesus, e o vinho em seu sangue.

NEM TODAS AS AUTORIDADES CATÓLICAS CONCORDAVAM COM ESTA DOUTRINA como é o caso de Gelásio I, Gelásio II, São Clemente e Santo Agostinho, todos respeitados representantes do catolicismo.

A BASE DA DOUTRINA DA TRANSUBSTANCIAÇÃO é João 6.51-55.

REFUTAÇÃO A ESSA DOUTRINA: 
a) Se na frase "isto é o meu corpo" o pão se transforma, literalmente, no corpo de Cristo, então, ao dizer "Eu sou o pão" (Jo 6.48, 51) Jesus estava afirmando que, naquele momento ele havia se transformado em pão. É claro que ninguém em sã consciência pensaria isso. O que mostra o absurdo da interpretação da transubstanciação.

b) Esta passagem não tem nada a ver com a Santa Ceia: Se esta passagem se refere à Santa Ceia (eucaristia), devemos aceitar a ideia de que os elementos sagrados (pão e vinho) podem salvar (Leia o vers. 51). No entanto, a luz de 1 Co 11.28 quem participa da eucaristia (ou Santa Ceia) pode participar para a própria condenação. Outro problema apontado pela afirmativa de que Jo 6.51-55 trata da Santa Ceia é que o pão (que Jesus afirma ser ele mesmo) salva a quem dele comer, então, como é que o ladrão da cruz recebeu garantia de salvação ("Hoje mesmo estarás comigo no Paraíso") se ele não participou da ceia? E o que seria dos doentes que morrem sem tempo de cear?

SE FORMOS ANALISAR JO 6, DENTRO DO CONTEXTO observaremos que nos versículos 22-27 antes de Jesus dizer a frase "Eu sou o pão", ele inicia a conversa dizendo aos seus ouvintes que o povo só o procurava porque queria pão (material). Então Jesus lhes adverte a buscarem a comida que não perece: Ele próprio.

O POVO QUE OUVIA JESUS LEVOU SUAS PALAVRAS NA LITERALIDADE o que Jesus dizia, de forma que lhe disseram: "Senhor, dá-nos desse pão!" (v.34). Então Jesus lhes explica o que queria dizer: "Eu sou o pão da vida; e o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim, jamais terá sede". Observe: O que vem a mim, e o crê que em mim, e não o que come a minha carne ou me bebe o meu sangue, o que seria um absurdo, dizer isso de forma literal. Seria um pedido de assassinato, ou uma ideia suicida da parte de Cristo.

c) Jesus havia repreendido a multidão por só pensar nas coisas materiais por isso apresentou uma verdade espiritual, isto é, algo que se discerne espiritualmente, não de forma carnal. Em primeiro lugar, ele explicou ao povo que a vontade de Deus era que cressem nele (não que lhes buscasse por comida que perece - v. 29), e depois de uma longa explicação ele encerra sua analogia dizendo-lhes: "O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que vos tenho dito são espírito e vida." (v. 63). Ou seja, sendo espírito, deveria ser entendidas espiritualmente, não de forma carnal (1 Co 2.14).

A SANTA CEIA É UMA CELEBRAÇÃO SIMBÓLICA DE UM NOVO PERÍODO, conforme lemos em Lc 22. 20: "Este é o novo testamento no meu sangue". Testamento é acordo, concerto, pacto. O antigo testamento era selado com o sangue de animais que, uma vez derramado, servia para encobrir o pecado do ofertante. O novo testamento (novo pacto) que Deus fazia com a humanidade era selado com o sacrifício de seu filho, cujo sangue  remiria o ser humano dos seus pecados. 
Lembremo-nos de que Jesus instituiu a Santa Ceia quando ele e seus discípulos estavam comemorando a Páscoa (celebração judaica que lembrava a saída dos israelitas da escravidão no Egito). Agora, Jesus anuncia-lhes que os seus discípulos tinha algo maior para se lembrar: A sua morte e ressurreição que os redimiria da escravidão do pecado, e os levaria de volta a ter comunhão com Deus. 
É por isso que o apóstolo Paulo, em 1 Co 5.7, diz que Cristo é a nossa Páscoa (naquele momento, com seus discípulos, Jesus encerrou um período (velho testamento) e iniciou outro (o novo testamento no seu sangue).

Observação: Remir ou redimir significa resgatar (trazer de volta).

d) A Santa Ceia é um ato simbólico, porque Jesus disse que deveria ser feita em memória (em lembrança) dele (do mesmo modo que  a páscoa era feita em memória da escravidão do Egito). Foi uma troca de simbolismos, com uma nova significação, mas a celebração continuava a mesma: Simbólica, como memória, isto é, assim como os elementos pascal tinham um simbolismo, agora Jesus dá outra significação, apresentando a Santa Ceia, cujos elementos (pão e vinho), embora continuem a ser pão e vinho, possuem um simbolismos, que leva-nos a lembrar de Cristo, com sua carne rasgada e seu sangue derramado por nossos pecados

e) Os pães continuavam pães, e o vinho, não foi alterado, porque, mesmo depois de o apóstolo Paulo repetir as palavras de Cristo, "Este é o meu corpo", e, "Isto é o meu sangue"  (1  Co 11.24,25), ele continua chamando o pão de pão e o vinho (cálice) de vinho (vv.26.27, 28). Se, literalmente, após as palavras ritualísticas ditas nos versículos 24 e 25, o pão houvesse se transformado, de fato, no corpo e o vinho, no sangue de Cristo, Paulo não mais podia chamá-los de pão e de vinho

f) Assim como a Páscoa era uma forma de os judeus lembram-se, e também lembrar a sua descendência da libertação do Egito, a Santa Ceia é um meio de anunciar  que Cristo morreu para libertar a humanidade da opressão do pecado (1 Co 11.26).

g) O corpo e o sangue de Cristo, não estão presentes, na literalidade, porque Jesus disse que esse ritual devia ser preservado até que ele venha. Se ele ainda vem, isto quer dizer que não está lá de forma física, como sugere a doutrina da transubstanciação.
O texto de Jesus(Mt 28.20) não pode ser usado como pretexto para esta afirmação porque lá Jesus está dizendo que estaria com seus discípulos em espírito, não em forma física.

h) O apóstolo aos gentios (Paulo) disse que "quem come indignamente, come para sua própria condenação. Não discernindo o corpo do Senhor.". Observe: Não é quem come sem ser digno, pois nenhum de nós somos dignos, pois conforme S. João (1 Jo 1.8,10) todos nós pecamos, mesmo depois de nos convertemos, por isso necessitamos nos arrepender diariamente e confessá-lo os nossos pecados (v.9). O problema está em participarmos da Ceia indignamente, isto é, sem compreendermos a sua importância (não a nossa), não discernindo o corpo do Senhor. Ou seja, não fazendo distinção entre qualquer celebração e a Santa Ceia. Esta é uma festa separada (por isso o nome "Santa"), ela tem um objetivo: lembrar da morte do Senhor e anunciá-la através da celebração, até que ele venha.

Por Leila Castanha



sábado, 25 de abril de 2015

ESBOÇO DE ESTUDO BÍBLICO PARA DISCIPULADO - AULA Nº 11

FUNDAMENTOS DA FÉ



TEMA: A FÉ E AS SUAS IMPLICAÇÕES

 Lc 22.31, 32: “Simão, Satanás pediu para cirandar contigo; Mas, eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e, quando te converteres, confirma (fortalece) teus irmãos”.

  SIMÃO – Jo 1.35-42 - ou Cefas (aramaico) ou Pedro (gr) – Jo 1.42; 1 Co 1.12; 15.5; Gl 2.9 - era pescador (Mt 4.18), irmão de André (Jo 1.4). Seu nome era Simão, e Jesus, ao encontrar-se com ele, pela primeira vez, mudou o seu nome para Pedro, ou Cefas (nome equivalente a Pedro, no aramaico), e ambos os nomes significam pedra ou rocha. (Mt 16.18). Era um dos doze apóstolos (Mt 10.2). Era casado (Mt 8.14); Jesus, geralmente se dirigia a ele chamando-o pelo nome original junto como nome que ele lhe dera (Simão Pedro) – Lc 22.31; Mc 14.37; Jo 21.15.

 A fé não pode ser instável, senão não é fé: Hb 11.1“Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem.” Rm 8.24 (a esperança que se vê...)

Na versão de Grant (pastor anglicano) o texto está assim – “Ora, a fé é a certeza das coisas esperadas, e a convicção das coisas ao vistas.”

 Pedro era um homem vacilante. O nome que Jesus lhe deu foi para indicar o tipo de homem que ele precisava ser (firme na fé). Na presença de Jesus, em segurança, jurou-lhe que iria preso com ele ou até morreria. No momento da prisão ele sacou a espada e arrancou a orelha de um soldado e seguiu Jesus de longe. (Mc 53.54). Em Lc 22. 54-62 – Negou a Jesus três vezes.

Exemplo 1 - Jesus sobre o mar: Pedro pediu para ir até ele andando nas águas, e Jesus permitiu. No meio do caminho, ao sentir o vento, ele teve medo e olhou para o mar, e foi afundando. Jesus lhe disse: “Por que duvidaste homem de pequena fé?”. Mt 14.25-31.

Exemplo 2 - (Lc 22.33; Mc 14.27-31). Mesmo depois de Cristo dizer que ele o negaria, continuou batendo o pé: “Ainda que precise morrer nunca te negarei. E o mesmo diziam os outros. Mas Jesus só falou com Pedro, porque ele precisava mudar (se converter).

 Antes de Deus trabalhar através de nós, ele primeiro trabalha em nós. E para isso precisa ficar em silêncio, as vezes. Precisamos passar por tribulações. (Rm 5. 1-5; Tg  1.3). 
Pedro era impaciente: Responder antes de ouvir é estultícia e vergonha (Pv 18.13).

Deus não nos deixa provar acima do que podemos – 1 Co 10.13; Rm 8.28.

A arrogância de Pedro era outro fator  que mostrava que ele precisava de mudança – Qdo agimos como se fossemos os únicos queridinhos de Deus e fazemos tudo conforme a nossa vontade, ou baseados em nossas experiências, provamos que não estamos convertidos.( Fp 2.3). A conversão nos a confessar como Paulo: “Não mais vivo eu, Cristo vive em mim” (Gl 2.20). Sermos guiados pelo Espírito Santo, e fazer o que ele nos ordena. (Rm 8.14).   

Exemplo Prático. Às vezes agimos como o general Patton (2 guerra- EUA). Amava a guerra pela guerra. Não mais importa a missão: defender seu país, salvar seu povo. Amamos a obra pela obra, e esquecemos de nossa missão: resgatar as vidas.

Palavras do Reverendo Enéas Tognini: Eu creio tanto na Bíblia que se ela dissesse que Jonas engoliu o peixe eu acreditaria. Ex: O menino no avião durante uma turbulência: O meu pai é o piloto. Ex: O menino atravessando a rua movimentada segurando a mão do pai e olha os prédios. Sl 37. 5,8-11.

Pedro só cria no que via, mas isso não é fé – Os demônios expulsos - Lc 10.17, 20, 21. Naquela mesma hora Jesus se alegrou no espírito (pq ele sabia que as coisas que o olho não viu é que são excelentes) –.  Paulo, apesar de ser um erudito, ele não estava preocupado com movimentos para atrair o povo, ele disse que pregou apenas a mensagem simples: Cristo crucificado, vergonha para os judeus e loucura para os gentios. 1 Co 1.22,23; 1 Co 2. 4- 9.

Deus é um Deus invisível e silenciosoJó 9.11;13.15;  23.8-11,14; Is 45.15; O rei Saul – queriam um rei visível – 1 Sam 8.6-8

Fé é crer quando não se vê 2 Co 5.7; Sl 46.1; HC 3.17. Elias “Você não é o único que me serve” 1 Rs 19.8-15. Deus desconhecidoAt 17.23.

O povo de Israel começou acreditando em Deus, e orou para serem libertados do cativeiro do Egito, mas na primeira dificuldade que surgiu duvidaram (Ex 5.1-3, 6,9, 19-21).

A viúva de Sarepta (1 Reis 17.8-16) é um exemplo do que é a fé: É crer para ver. Não tinha senão um punhado de farinha para ela e o filho, mas Elias mandou que ela fizesse um bolo primeiro para ele, pois não lhes faltaria.

Eliseu e a viúva (1 Reis 4.1-6)Só acabou o azeite quando acabou as vasilhas. Isto é, Deus usou os seus recursos, apoiado na sua fé em obedecer a sua ordem.

Davi ia lutar com as armas de Saul, mas Deus queria que ele lutasse com o que era seu por direito. Suas armas mais a fé em Deus. Davi sabia que o arco e a flecha não eram nada sem a mão de Deus (Sl 20.7) “Uns confiam em carros...”.
 
O BEZERRO DE OURO: Israel sempre quis um deus visível com sinais visíveis, até que na primeira sumida de Moisés eles fizeram o bezerro de ouro. No Egito havia o Faraó e os ídolos visíveis. Eles criam em Moisés, não em Deus (EX 16. 3; 17.3; 32.7,11; 33.1,13).

Deus se recusou continuar no meio do povo (Ex.32. 5-10). Somos o meio pelo qual Deus usa: Nossa fé tem que estar em Deus, não nos homens. Moisés era um medroso, no deserto, sua força veio de Deus (Ex 33.15, 16, 17). Moises nunca duvidou de Deus (Ex 14. 13.14).

Avadá Zará e Avadá Kedashá – Ouvi um vídeo no youtube que falava sobre esses dois termos hebraico. O primeiro significa Serviço estranho e outro quer dizer serviço reconhecido por Deus. Deus fala quando quer, e através de quem ele quer. Os filhos de Arão, Nadabe e Abiú, eram sacerdotes, mas mesmo assim ofereceram para Deus fogo estranho (que devia ser tirado do próprio altar). Lv 10.1-3. Ez 13.3. (comunhão – At 4.32-36).


Lc 18.8- Quando vir o Filho do homem, porventura achará fé na terra?


Por Leila Castanha